Diego Ferreira dos Santos, “um dos grandes nomes do judô brasileiro”, deverá receber a Comenda 2 de Julho, honraria concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) a personalidades que muito contribuíram com o Estado. A proposição é do deputado Fabrício Falcão (PC do B) que, ao descrever a vida do homenageado, o considerou um verdadeiro símbolo de determinação e superação.
Natural de Jequié, a história do homenageado com o esporte começou ainda na infância quando, aos quatro anos de idade, participou de um projeto social. Entre treinos e descobertas, nasceu a paixão que guiaria toda a sua vida. Desde então, Diego trilhou um caminho de conquistas marcantes, resultado de esforço, disciplina e amor pelo que faz, contou Fabrício, lembrando que, ao longo de sua trajetória, o atleta colecionou títulos e reconhecimentos que o colocaram entre os melhores judocas do país, “sempre levando o nome de Jequié e da Bahia aos mais altos pódios do esporte nacional e internacional”.
De acordo com o parlamentar, mais do que um atleta vitorioso, Diego Santos representa o poder transformador do esporte. “Ele é exemplo de como o judô pode abrir portas, mudar destinos e inspirar jovens a acreditarem em seus sonhos”, disse, pontuando que esta trajetória demonstra que, com dedicação e oportunidade, é possível vencer as barreiras e transformar talento em legado.
“Com humildade e firmeza, Diego continua a inspirar novas gerações dentro e fora dos tatames”, prosseguiu Fabrício, destacando que a atuação do judoca vai além das competições, “ele é um defensor do esporte como ferramenta de inclusão social e formação cidadã, incentivando crianças e adolescentes a seguirem o mesmo caminho que o levou ao sucesso”.
No projeto de resolução onde propôs a homenagem, Fabrício Falcão considerou que Diego Santos é motivo de orgulho para Jequié, para a Bahia e para todo o Brasil, “um atleta que carrega no olhar a força do povo baiano, e no coração o compromisso de transformar vidas através do judô”.
INCLUSÃO
Em 2006, ainda na categoria juvenil, Diego fez história ao se tornar o primeiro judoca baiano campeão brasileiro sênior (categoria adulto), um feito inédito que o colocou no mapa nacional do judô. No ano seguinte, em 2007, juntamente com seu irmão Arlon Ferreira, fundou o Projeto Social Judô Ação, uma iniciativa que ao longo de 18 anos já beneficiou mais de mil crianças, adolescentes, jovens e adultos, promovendo inclusão, educação e transformação social por meio do esporte.
Buscando aprimoramento técnico e maiores desafios, Diego mudou-se para Salvador, onde integrou o clube FTC, continuando sua formação como atleta de alto nível. Em 2011, deu mais um importante passo na carreira ao ser convidado para integrar a tradicional equipe da Sogipa (RS), um dos clubes mais respeitados do judô nacional. No mesmo ano, passou a compor a Seleção Brasileira de Judô, iniciando sua jornada no circuito internacional em busca da classificação olímpica.
Ao longo de sua carreira internacional, Diego Santos conquistou medalhas em diversas competições de prestígio, como o Continental Open, Copa do Mundo, Pan-Americano Open, Campeonato Sul-Americano, Grand Prix, Grand Slam e no evento-teste dos Jogos Olímpicos Rio 2016, consolidando seu nome entre os grandes do judô nacional.
Em 2017, retornou à Jequié, onde fundou uma equipe de alto rendimento em judô. Sob sua liderança, a academia tornou-se uma potência no estado, conquistando o título de campeã baiana por equipes por 10 vezes consecutivas. Diego também escreveu seu nome na história do esporte ao conquistar 8 títulos de campeão brasileiro sênior, sendo o judoca com o maior número de títulos brasileiros da Bahia e um dos maiores do Brasil nessa categoria.
Além de sua trajetória esportiva, ele é um exemplo de dedicação aos estudos. É graduado em Enfermagem e Educação Física, possui pós-graduação, e concilia sua vida profissional com a pessoal: é casado e pai de duas filhas. “A história de Diego Santos é marcada pela superação, liderança e compromisso com o esporte e a transformação social. Um verdadeiro ícone do judô brasileiro e uma inspiração para as novas gerações”, concluiu Fabrício Falcão.
