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Com participação do Governo do Estado, 15º Fórum da Internet no Brasil debate ética digital, inteligência artificial e inclusão


Com participação do Governo do Estado, 15º Fórum da Internet no Brasil debate ética digital, inteligência artificial e inclusão
Com participação do Governo do Estado, 15º Fórum da Internet no Brasil debate ética digital, inteligência artificial e inclusão

Foto: Matheus Landim/GOVBA

O uso e o desenvolvimento da internet no Brasil serão discutidos, entre esta segunda (26) e a sexta-feira (30), em Salvador, durante o principal evento nacional sobre governança digital — o 15º Fórum da Internet no Brasil (FIB15). Organizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), criado através de uma portaria interministerial, em parceria com o Fórum de Governança da Internet (IGF) e participação do Governo do Estado, o encontro deve receber mais de mil participantes nos 27 workshops, ao longo desses cinco dias.

O governador Jerônimo Rodrigues participou da sessão solene de abertura, acompanhado do ministro das comunicações, Frederico de Siqueira Filho e do secretário-executivo do CGI.br, Hartmut Glaser. O chefe do executivo baiano destacou a importância do debate sobre o ambiente digital em rede e seus impactos no país.

“Agradecemos ao movimento nacional por trazer para a Bahia um fórum tão importante. Temos a necessidade, primeiro, de garantir que a internet usada no Brasil respeite as regras de convivência, do bem-estar e que as fake news sejam combatidas e enfrentadas. A internet deve ser usada para o desenvolvimento e fortalecimento do desenvolvimento econômico, cultural e pautada na verdade”, pontuou o governador.

Jerônimo também destacou os projetos exitosos do Governo da Bahia que se consolidaram no estado, de ampliação e democratização do acesso à internet, como a plataforma de serviços BA.GOV.BR, o Bahia Mais Digital, Conecta Bahia e o Bahia Contra o Fake.

De forma colaborativa, os workshops foram selecionados a partir de propostas enviadas por representantes de diferentes setores, abordando temas essenciais para o presente e o futuro da rede. Entre os destaques estão: Infodemia e letramento digital; Ética e riscos da inteligência artificial; Discurso de ódio e moderação de conteúdo; Proteção de dados e segurança online; Direitos de crianças, adolescentes e grupos minoritários; Inclusão digital, conectividade e bem-estar digital.

Durante discurso, o ministro das comunicações, Frederico de Siqueira Filho disse acreditar em políticas públicas que promovam a participação ativa, o foco social e a responsabilidade no acesso à conectividade. “Ter acesso à internet hoje é, na prática, o que garante o direito de estudar, trabalhar, buscar a cidadania. Estamos levando internet de qualidade para mais de 38 milhões de estudantes, das 138 mil escolas públicas do país, com um investimento superior a R$ 6,5 bilhões, garantido pelo novo governo. A conectividade que estamos construindo vai além da infraestrutura, ela representa a inclusão, geração de oportunidades e soberania digital”.

O estudante de ciências sociais da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Jorge Meirelles, 24, faz parte de um programa de capacitação de jovens sobre governança na internet e decidiu participar do fórum para debater o letramento digital. “É o momento de pensar em políticas que promovam acesso igualitário à internet e que essas pessoas estejam bem informadas para utilizá-la. Precisamos de uma sociedade que esteja dentro das universidades, no centro dos debates”, comentou.

Este ano, a FIB15 conta com um dia adicional de atividades e painéis em comemoração aos 30 anos do CGI.br. O secretário-executivo do Comitê, Hartmut Glaser, ressaltou como o modelo pioneiro de governança tem contribuído para a expansão de uma internet mais democrática no Brasil. “A nossa ideia é realmente envolver cada vez mais a sociedade brasileira, e não só quem administra a rede, mas quem a utiliza. No Brasil, ainda temos muitas pessoas excluídas, sem acesso técnico, sem rede em casa, por não ter poder aquisitivo, porque ainda é caro. Meu grande sonho é ver 220 milhões de brasileiros usando a internet como meio positivo e seguro de inclusão digital”, afirmou.

As  inscrições são gratuitas e ainda estão abertas, através do site cursoseventos.nic.br.

Soluções para o Jornalismo Negro

Na ocasião, a SEI foi anunciada oficialmente pela Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), como executora da Incubadora de Soluções para o Jornalismo Negro, Periférico e Independente, uma política pública inédita do Governo Federal, de fortalecimento de micro, pequenas e médias iniciativas jornalísticas – com foco em mídias negras.

A incubadora é parte do programa “Política com Ciência”, que busca construir políticas públicas baseadas em pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico. “Fomos escolhidos através de edital lançado pela Secom Federal, em uma disputa com estados de todo o país, capazes de desenvolver estudos diagnósticos e pesquisa científica capaz de auxiliar as chamadas mídias negras, periféricas e outras mídias que são de menor porte. É uma visão do Governo Federal de desenvolvimento, de não deixar ninguém para trás. E a SEI foi a vencedora. Serão R$ 15 milhões para desenvolvermos políticas públicas capazes de levar informação e servir a sociedade de forma democrática”, garantiu o diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira.

A SEI será responsável pela coordenação do projeto, que inclui pesquisas, análises e recomendações de políticas públicas para desenvolvimento e oferta de tecnologias, modelos de negócio, conhecimento e infraestrutura para pequenas e médias iniciavas jornalísticas e seus fornecedores nacionais.

A articulação para a instalação da incubadora na Bahia foi realizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e  Inovação (Secti). “Quando soubemos do projeto enviamos a proposta para a SEI, que é quem cuida de diagnósticos aqui no estado e está preparado em termos tecnológicos e de equipe para fazer esse estudo inicial, um diagnóstico dessas mídias independentes negras no interior do estado da Bahia, que é o primeiro passo do projeto. Começar na Bahia era muito importante, porque é um estado com fundo racial na sua história”, disse André Joazeiro, secretário da pasta.

A incubadora é coordenada pela Secom-PR, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), como parte do Plano de Comunicação pela Igualdade Racial.

Repórter: Simônica Capistrano/GOVBA


‘Operação Galardão’ é deflagrada contra grupo empresarial apontado por sonegar R$ 65 mi em impostos


‘Operação Galardão’ é deflagrada contra grupo empresarial apontado por sonegar R$ 65 mi em impostos
‘Operação Galardão’ é deflagrada contra grupo empresarial apontado por sonegar R$ 65 mi em impostos

Fonte: Ascom/Sefaz-BA

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão contra empresários do setor supermercadista e ordem de colocação de tornozeleiras eletrônicas em dois deles

A Força-Tarefa de combate à sonegação fiscal na Bahia deflagrou na manhã de hoje, dia 27, a ‘Operação Galardão’, que investiga grupo empresarial do setor supermercadista que teria sonegado ao Estado da Bahia cerca de R$ 65 milhões em impostos (ICMS). Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, nas cidades de Itabuna e Ilhéus, no sul do Estado. A Justiça determinou o bloqueio dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas, a fim de garantir a recuperação dos valores sonegados. Mais informações da operação serão prestadas durante coletiva de imprensa virtual a partir das 10h30.

Foi cumprida ainda ordem judicial de colocação de tornozeleiras eletrônicas em dois empresários, principais investigados da Operação. Conforme as apurações da Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), do Ministério Público e da Polícia Civil, na Bahia, as empresas do grupo praticaram fraudes tributárias por meio da omissão de registro de operações de vendas de mercadorias efetivadas sem emissão de nota fiscal, utilização indevida de créditos fiscais e prestação de informações falsas à administração tributária com o objetivo de reduzir o ICMS.

O esquema criminoso envolvia abandono de empresas com vultosos débitos tributários que eram sucedidas por outras, constituídas em nome de familiares e laranjas. Investigações recentes da Força-Tarefa do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) em Itabuna apontaram que os dois empresários teriam liquidado, nos últimos meses, uma das empresas sonegadoras e aberto uma nova no mesmo endereço em nome de familiar, com semelhante nome fantasia, mas com razão social diversa, em evidente sucessão empresarial fraudulenta, deixando débito de mais de R$ 65 milhões com o Estado da Bahia.

A operação contou na Bahia com a participação de seis promotores de Justiça, 11 delegados de Polícia, 33 policiais do Draco, oito servidores do Fisco Estadual, seis servidores do MPBA, e quatro policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz).

Força-Tarefa

A Força-Tarefa de combate à sonegação fiscal é composta pelo Grupo Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do MPBA, Inspetoria Fazendária de Inteligência e Pesquisa (Infip) da Sefaz e pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), da Polícia Civil da Bahia.


Colégio estadual de Barreiras é premiado com três projetos em encontro sobre educação empreendedora


Colégio estadual de Barreiras é premiado com três projetos em encontro sobre educação empreendedora
Colégio estadual de Barreiras é premiado com três projetos em encontro sobre educação empreendedora

Fotos: Andressa Carvalho

Três projetos do Colégio Estadual Duque de Caxias (CEDUC), em Barreiras, receberam prêmios no 5° Encontro de Educação Empreendedora, organizado pela Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). O evento reuniu escolas e universidades para incentivar inovação e empreendedorismo. Ao todo, a unidade escolar apresentou 20 projetos no evento.

O encontro trouxe como tema “Gestão da propriedade intelectual e sua importância para empresas”, visando fortalecer o uso estratégico do conhecimento no ambiente empresarial. Pela primeira vez, o evento contou com o workshop do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologia (BIC&T). Essa parceria abordou o tema “Inovação para a Sustentabilidade Global”, reforçando soluções criativas para desafios sociais e ambientais.

O primeiro lugar ficou com o projeto “Prato giratório anti-impacto para o transporte de bananas”. A equipe reuniu Gustavo Muniz de Carvalho, Erick Henrique do Nascimento de Souza e Laisla Ribeiro da Silva, todos com 17 anos, da 3ª serie do Wnsino Médio. Além do troféu, os estudantes ganharam três bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O segundo colocado foi o projeto “Cubículos acolchoados com folhas de bananeira”, criado por Kaua Moreira Soares e Alexandre Pamponet Guedes, ambos com 16 anos e da 2ª serie do Ensino Médio. Já o terceiro lugar ficou com o “Cocoban: utilização da fibra de coco suspensa para o transporte de bananas”, idealizado por Ana Clara Santos de Carvalho, 17 anos, Rayssa da Silva Santos, 18 anos, e Kétila Neris Andrade, 18 anos, todos da 3ª serie.

Orgulho e reconhecimento

A professora orientadora Andressa Carvalho comentou sobre o desempenho dos alunos. “Sinto uma sensação gratificante em poder contribuir para o protagonismo juvenil e criatividade em dois dias de competição. Isso reforça o potencial dos alunos do Ensino Médio público da Bahia”.

O estudante Gustavo Muniz expressou sua satisfação. “Foi uma experiência muito nova, diferente e muito boa participar. Tivemos a oportunidade de ampliar nossos conhecimentos e criatividade. Ganhar em primeiro lugar é uma honra e uma alegria imensa. Saber que fomos reconhecidos pela nossa ideia é gratificante”.
 


Fapesb oferece bolsas para professores coordenadores de Clubes de Ciências


Fapesb oferece bolsas para professores coordenadores de Clubes de Ciências
Fapesb oferece bolsas para professores coordenadores de Clubes de Ciências

Fotos: Gabriel Pinheiro- Ascom/Secti

Iniciativa investirá R$ 8 milhões em até 400 projetos voltados à educação científica em escolas estaduais

Estão abertas as inscrições para o Edital de Concessão de Bolsas a Coordenadores de Clubes de Ciências, no âmbito do programa Bahia Faz Ciência na Escola. A iniciativa vai contemplar até 400 professores da rede pública estadual, responsáveis pela coordenação de Clubes de Ciências em suas unidades escolares. O edital é promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), em parceria com a Secretaria da Educação (SEC) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). As inscrições vão até o dia 10 de julho e devem ser realizadas por meio do site da Fapesb.  

O objetivo da ação é incentivar a popularização da ciência e o fortalecimento da educação científica entre os estudantes da educação básica, por meio da criação e desenvolvimento de Clubes de Ciências nas escolas dos 27 Territórios de Identidade da Bahia. Cada projeto selecionado receberá uma bolsa na modalidade Professor Pesquisador, com duração de 24 meses.

Para a secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, o edital é uma instância de incentivo. “A gente não está falando da bolsa só pelo valor financeiro, a gente está falando pelo valor simbólico, você aguçar que o professor se envolva com os estudantes no processo de troca, porque o professor aprende muito, o estudante, ele curioso, ele vai produzir mais ciência através dos clubes e isso vai dialogar com os projetos das escolas e permitir que as escolas desenvolvam a sua função social, que é produzir também o conhecimento científico”, destacou.

A ação prevê um investimento total de R$ 8 milhões, com prioridade para a participação de professoras, que devem ocupar pelo menos 70% das bolsas ofertadas. As propostas devem ter como finalidade a implantação e implementação dos Clubes de Ciências, que visam promover o protagonismo estudantil e aproximar os alunos do pensamento científico, contribuindo para sua formação integral.

De acordo com Handerson Leite, diretor-geral da Fapesb, a proposta do edital é oferecer condições para que as escolas desenvolvam um ambiente fértil, capaz de estimular a curiosidade e o pensamento crítico dos estudantes. “A ideia é que, no futuro, os estudantes possam trilhar caminhos mais sólidos na educação e na ciência. Esse edital traz uma possibilidade concreta de aproximar a ciência do cotidiano escolar — e o professor tem um papel central nesse processo, atuando como mediador e incentivador desse despertar científico”.

Serão contempladas até 400 propostas, e a distribuição das vagas será dividida entre diferentes modalidades de ensino: 160 bolsas serão destinadas a escolas de tempo integral, 120 para unidades com oferta de educação profissional e tecnológica, e outras 120 para escolas que oferecem o ensino fundamental (segundo ciclo) e/ou o ensino médio em tempo parcial. Todos os detalhes do edital estão disponíveis no site da Fapesb.

Trilha da Inovação

Dentro dos Clubes, será implementada a Trilha da Inovação, uma adaptação para os colégios de uma metodologia já aplicada no Parque Tecnológico da Bahia. A trilha, que será executada pela Secti e contará com parcerias como o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), SEBRAE, SESI e outras instituições, conduzirá os estudantes por quatro etapas do processo de inovação: cultura de patente, incubação, aceleração e valorização das patentes ou investimentos através do INOVATEC. A proposta é que os Clubes de Ciência atuem com foco no potencial de seus respectivos territórios, dialogando diretamente com o setor produtivo.

“O primeiro passo é ensinar o jovem a patentear sua ideia. Em segundo lugar, é incubar essa ideia e dar mentorias, sobre, por exemplo, como montar uma empresa, com noções jurídicas, financeiras e contábeis básicas, para que esse aluno possa desenvolver o plano de negócios dele. Em seguida tem a aceleração do projeto, que já é uma mentoria um pouco mais aprofundada, contando com a experiência de um profissional atuante no setor produtivo predominante no território, porque essa política é interiorizada. E, por último, ele pode escolher entre empreender, desenvolver o produto ou  vender a sua patente”, explica André Joazeiro.
 


Sistema de esgotamento sanitário de Salvador ganha destaque com visita de comitiva internacional


Sistema de esgotamento sanitário de Salvador ganha destaque com visita de comitiva internacional
Sistema de esgotamento sanitário de Salvador ganha destaque com visita de comitiva internacional

Foto: Ascom/Embasa

A infraestrutura do sistema de esgotamento sanitário de Salvador e da Região Metropolitana (RMS), construída e operada pela Embasa, tem sido reconhecida internacionalmente como um exemplo de engenharia adaptada a contextos urbanos e de relevo complexos. Esse reconhecimento foi reforçado durante visita técnica, na última quinta-feira (22), de uma comitiva composta por autoridades e técnicos do Ministério da Energia e Águas de Angola, Governo Provincial de Benguela e da Agência Nacional das Águas Benguela, que vieram ao Brasil conhecer de perto as soluções desenvolvidas pela empresa baiana.

Salvador, a primeira capital do Brasil, apresenta desafios únicos para a implantação de infraestrutura sanitária, devido à sua formação sobre uma falha geológica que a divide em cidade alta e cidade baixa, além de grandes áreas de ocupação informal e topografia acidentada. Apesar disso, a Embasa conseguiu expandir a cobertura de coleta e tratamento de esgoto de 26%, na década de 1990, para quase 90% atualmente — uma das maiores entre as capitais brasileiras —, com 626 mil ligações de esgoto que possibilitam o acesso de 2,3 milhões de pessoas ao sistema de esgotamento sanitário.

De acordo com o vice-governador da Província de Benguela para os Serviços Técnicos e Infraestrutura, Adilson Gonçalves, a visita foi um grande diferencial da comitiva para conhecer as experiências do setor de saneamento em locais de condições semelhantes às de Angola. “A partir do momento em que começamos a fazer investimentos significativos no setor de abastecimento de água, o investimento na área de esgotamento tornou-se uma exigência. Viemos aqui buscar o conhecimento da Embasa para formar profissionais angolanos que possam implantar e operar sistemas de esgotamento igualmente eficientes em nosso país”, explica.

Para a diretora de Operações de Salvador e RMS da Embasa, Joana Rolemberg, o interesse da comitiva angolana evidencia o papel da Embasa como referência internacional em soluções de saneamento urbano adaptadas a realidades desafiadoras. “Além disso, posiciona Salvador como uma cidade modelo no esforço global pela universalização do saneamento básico, destacando-se como benchmark no setor”, celebra.

Estratégia inovadora | O avanço na cobertura de atendimento em Salvador só foi possível graças à adoção de soluções inovadoras, como o sistema condominial de esgoto, que permite a instalação de redes mesmo em áreas densamente povoadas, com moradias irregulares e sem arruamento formal. O modelo já foi destaque na Research Encyclopedia of Global Public Health, da Universidade de Oxford, como exemplo replicável para cidades em países em desenvolvimento na América Latina, África e Ásia.

De acordo com o engenheiro Júlio Mota, assessor da Diretoria de Operações da Região Metropolitana da Embasa e um dos autores do artigo publicado, “o sistema condominial simplifica as soluções técnicas e viabiliza a universalização do serviço em áreas de difícil acesso, com redes mais rasas e de menor custo”.

Sobre a visita, Mota ressalta que a experiência da Embasa tem servido como modelo de capacitação internacional para gestores e técnicos de diversos países. ”É importante destacar que a Embasa está sempre disposta a compartilhar a experiência de mais de 50 anos em operação e manutenção de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, disseminando esse conhecimento para outros profissionais ao redor do planeta e contribuindo para melhorar a qualidade de vida da população, seja em que parte do mundo ela esteja”, finaliza.

Outro destaque da infraestrutura de Salvador são as captações em tempo seco, que atualmente somam 165 unidades em operação. Essas estações permitem interceptar e tratar o esgoto lançado de forma irregular nas redes de drenagem pluvial durante o período sem chuvas, ampliando significativamente o volume de esgoto tratado mesmo em regiões ainda não atendidas por redes coletoras convencionais.

Intercâmbio internacional | Durante a visita técnica, o grupo conheceu as instalações dos sistemas de disposição oceânica da cidade, localizados no Rio Vermelho e na Boca do Rio, onde todo o esgoto coletado pela Embasa na capital é condicionado e depois segue pelos emissários submarinos até o mar, para a destinação segura e controlada no meio ambiente.

A agenda incluiu também uma visita à estação de tratamento principal de água da Embasa, no município de Candeias. O projeto de intercâmbio técnico em Salvador foi desenvolvido pelo Senai Cimatec, em parceria com o Instituto Desenvolve Bahia, com o objetivo de apresentar experiências de referência em Salvador como subsídio no âmbito de um programa nacional para o setor em Angola.