Colegiado de Infraestrutura debate obras, BYD e retomada de estaleiro

Assuntos como o andamento das obras da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, na BR-101, em Itapebi; a inauguração da fábrica da BYD, em Camaçari; e o investimento anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a retomada do Estaleiro Enseada, em Maragojipe, pautaram a reunião da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da … Leia Mais



Bahia adere a programas nacionais de câmeras corporais e qualificação do uso da força e entrega novos equipamentos para os profissionais de segurança

Bahia adere a programas nacionais de câmeras corporais e qualificação do uso da força e entrega novos equipamentos para os profissionais de segurança Foto: Thuane Maria/GOVBA O Governo da Bahia oficializou, nesta quarta-feira (15), a adesão a dois programas nacionais de segurança coordenados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) — o Projeto Nacional … Leia Mais



Fabrício manifesta pesar pelo morte de Marcos A de Oliveira

O deputado Fabrício Falcão (PC do B) protocolou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma moção de pesar pelo falecimento de Marcos Andrade de Oliveira, professor e ex-presidente do PC do B de Vitória da Conquista. No documento, o parlamentar manifestou votos de pesar e de solidariedade à família do falecido. “Marcos Andrade parte, mas … Leia Mais


ALBA debate PEC 18 e unificação do sistema de segurança pública



A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) sediou, na manhã desta segunda-feira (13), um seminário estadual que apresentou e discutiu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 18, de autoria do Poder Executivo federal, que trata das competências federativas em matéria de segurança pública. Os debates, iniciados no Congresso Nacional, têm acontecido nos principais centros urbanos do país, com o objetivo de ouvir a sociedade sobre o tema.


O encontro na capital baiana foi conduzido pelo deputado federal Jorge Solla (PT), membro da comissão especial que analisa o assunto na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em seu pronunciamento, Solla defendeu a PEC 18, que visa instituir o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) na Constituição Federal de 1988. O parlamentar, contudo, ressaltou a importância do debate ampliado, que busca colher sugestões não apenas das forças policiais e órgãos de gestão, mas também da sociedade civil.


Segundo o petista, a PEC 18 segue o modelo bem-sucedido de unificação de sistemas já implementado na saúde (SUS) e na assistência social (Suas). Para Solla, inserir o sistema de segurança na Constituição deverá “fortalecer a atuação dos três entes federados, com divisão de responsabilidades e soma de esforços”. Ele acrescentou: “O enfrentamento à violência é uma prioridade nacional que exige uma atuação mais integrada e abrangente do Estado”.


Entre as principais medidas da PEC 18, destacam-se a ampliação do âmbito de atuação de forças como a Polícia Federal, que passaria a se debruçar também sobre crimes ambientais, e a criação de um fundo específico, estabelecido constitucionalmente, para financiar o conjunto das ações de segurança pública. Esse fundo, segundo o deputado, deverá ser blindado contra contingenciamentos e os limites do arcabouço fiscal, garantindo financiamento adequado. “Não há política pública que funcione sem financiamento adequado”, frisou.


ESPAÇO PARA DEBATE


Em rápida participação, o deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na ALBA, parabenizou os colegas pela realização do evento. O parlamentar estadual destacou que, embora a Assembleia Legislativa da Bahia não possa regulamentar diretamente as questões da área, oferece um espaço essencial para o debate sobre a organização da segurança pública no Brasil.


Ele defendeu a necessidade de uma política nacional de segurança e afirmou que a PEC 18 possibilita a construção de um processo unificado, com respeito às guardas municipais, e a criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública com nova formatação. “É necessário pensar a segurança pública de forma mais ampla. Aqui, a Assembleia está unida para garantir celeridade a qualquer ação, dentro desse escopo, que dependa de nós”, afirmou.


A deputada Maria del Carmen (PT) também enfatizou a importância do debate. Para a decana da ALBA, as discussões são urgentes e necessárias. Segundo ela, a segurança pública na Bahia vive um momento complexo, semelhante ao do restante do país. “É fundamental aprovar a PEC o mais rápido possível para que o país não lamente a oportunidade perdida. É importante também que mais deputados desta Casa acompanhem as discussões para ampliar o debate”, opinou.

TÓPICOS DA PROPOSTA


Representando o governo federal, o secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Jean Keiji Uema, explicou os principais tópicos da proposta. Uema destacou a relevância da PEC diante da crescente complexidade e organização da criminalidade, que atinge as esferas local, nacional e internacional.


O secretário resumiu a PEC em quatro eixos fundamentais: a criação do federalismo cooperativo na segurança pública, para estabelecer estratégias e diretrizes nacionais de enfrentamento ao crime organizado; a constitucionalização dos fundos nacionais de segurança pública, garantindo recursos previsíveis e não contingenciáveis; a criação de corregedorias e ouvidorias em nível constitucional, assegurando autonomia e voz à sociedade; e a atualização das funções da Polícia Federal, ampliando sua atuação em crimes ambientais de dimensão nacional, no crime organizado e contra milícias privadas.


Presente na mesa de honra, a deputada Lídice da Mata (PSB) ressaltou que a PEC representa um passo importante para a unificação da segurança pública. A socialista defendeu que o sistema deve promover a integração efetiva das esferas federal, estadual e municipal nas ações e na organização da política de segurança, pois, segundo ela, a desintegração é a causa de grande parte dos problemas atuais.


A PEC, por ser uma lei de organização, não resolverá sozinha a segurança pública, mas avançará muito ao permitir que os problemas sejam abordados de maneira correta. Será positiva a integração da Polícia Federal com as polícias estaduais e a troca efetiva de informações para o combate ao crime”, salientou Lídice.


O conteúdo da PEC, entretanto, não agradou ao deputado federal Capitão Alden (PL), que questionou a proposta quanto à efetividade no combate ao crime organizado. “Não há nenhuma vírgula tratando disso. Qual é a medida, qual é a ação concreta que visa o combate e enfrentamento ao crime organizado? Nada. O único ponto que entendemos que esta PEC traz é a tentativa de usurpar as competências dos governadores, transferindo para a União uma responsabilidade que é de todos”, criticou.



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Assembleia celebra surgimento do primeiro centro espírita do Brasil



A Assembleia Legislativa da Bahia sediou, nesta segunda-feira (13), no Auditório Jornalista Jorge Calmon, o ato comemorativo do surgimento do primeiro centro espírita do Brasil, o “Grupo Familiar de Espiritismo”, fundado em Salvador há 160 anos pelo jornalista e educador Luiz Olympio Telles de Menezes. O encontro, que reuniu dirigentes de diversos centros da capital e do interior, foi uma iniciativa da deputada Olívia Santana (PC do B), presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviços Públicos da ALBA.


Sou defensora do Estado laico, porque possibilita que todas as religiões possam existir dignamente. Esta é verdadeiramente a Casa do Povo, e o povo tem muitas vozes diferentes de pensar o sagrado. Assim como abrimos as portas para evangélicos, católicos e candomblecistas, recebemos, com reverência, os simpatizantes da doutrina espírita”, saudou. Olívia lembrou que desde menina teve formação na fé espírita e enviou um abraço afetuoso aos irmãos e irmãs da mãe, Maria Santana, de 91 anos, “uma espírita kardecista que não pôde comparecer por estar acamada”.

A proponente da sessão ressaltou a relação entre religião e política, afirmando que seu mandato busca construir pontes entre as pessoas. “Que possamos derrubar as redes de ódio e construir pontes de afeto. Acredito que o país pode distribuir melhor a riqueza, ser menos desigual e garantir salários decentes. O Brasil, coração do mundo e pátria do evangelho, precisa de transformação social. O Espiritismo abre as portas para quem quer chegar, e três milhões de brasileiros já escolheram esse caminho”, afirmou Olívia Santana.


O ato homenageou também o bicentenário de nascimento de Luiz Olympio Telles de Menezes, nascido na Freguesia de São Pedro Velho, em Salvador, em 27 de setembro de 1825. Uma série de banners no foyer do auditório apresentou a cronologia do pesquisador, que dedicou sua vida à divulgação da doutrina. Luiz Olympio morreu no Rio de Janeiro, em 1893, aos 68 anos.


Luciano Crispim, presidente da Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB), expressou gratidão pelo legado do jornalista e lembrou Allan Kardec, codificador do espiritismo. “Foi ele quem sistematizou e propagou a doutrina, integrando religião, ciência e filosofia. Kardec entrevistou os mortos e demonstrou que a vida continua”, pontuou.


PIONEIRISMO DA BAHIA


Edinólia Peixinho, coordenadora do Projeto Memórias da FEEB, destacou o pioneirismo da Bahia em marcos religiosos, políticos e sociais no Brasil. Ela mencionou Porto Seguro, os padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta, o Palácio dos Governadores e o primeiro poço de petróleo em Lobato, acrescentando que Salvador também sediou o lançamento das primeiras sementes da doutrina espírita, em 1865, estabelecendo as bases do “Grupo Familiar de Espiritismo” na formação kardequiana em terras brasileiras.

Marcos Machado, coordenador do Sistema de Integração da Federação Espírita, informou que atualmente existem 700 centros espíritas na Bahia, atuando na divulgação dos princípios da doutrina e em projetos de educação, saúde e assistência social. Representando a Federação Espírita da Suíça, Gorete Newton considerou o evento “um dia sagrado para o espiritismo mundial” e lembrou da história da freira Joana Angélica de Jesus, que lutou pela Independência da Bahia.

Após o pronunciamento de Mário Sérgio de Almeida, presidente da Mansão do Caminho, o ato foi encerrado com a palestra de Geraldo Campetti Sobrinho, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira. Ele ressaltou que a mensagem de Jesus se conecta à máxima de Kardec: “Fora da caridade não há salvação”, mostrando que a caridade representa a alma do espiritismo. “Neste dia especial, somos assistidos pela espiritualidade, que nos orienta a continuar, mesmo em tempos de crise, com a certeza de que a vitória do bem é certa”, concluiu.



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Oxe, Me Respeite – nas escolas: Cecília e o caminho da educação para igualdade de gênero


Oxe, Me Respeite – nas escolas: Cecília e o caminho da educação para igualdade de gênero
Oxe, Me Respeite – nas escolas: Cecília e o caminho da educação para igualdade de gênero

Foto: Luiza Olmedo – Ascom/UNFPA

No Dia Internacional da Menina, a história de Cecília, estudante de Feira de Santana (BA), mostra como projetos de educação com foco em igualdade de gênero ajudam a construir novas formas de convivência e respeito.

No Colégio da Polícia Militar Diva Portela, em Feira de Santana, na Bahia, a aluna Cecília Cardoso de Jesus, 15 anos, fala com clareza sobre o que aprendeu nos últimos meses. “A gente aprendeu que o corpo da mulher não é vitrine. Que ‘não’ é ‘não’ e que as pessoas precisam respeitar isso.”

Cecília participa do projeto Oxe, Me Respeite nas Escolas, parceria do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) com o Governo da Bahia. A iniciativa promove três meses de oficinas em escolas públicas do estado, com atividades que estimulam o pensamento crítico sobre temas como violência de gênero, racismo, saúde sexual e reprodutiva, dignidade menstrual e diversidade.

Mais de dois mil estudantes baianos já participaram das atividades — e a meta é chegar a quinze mil até 2026. O projeto foi idealizado pela Secretaria das Mulheres do estado, com apoio do UNFPA, da Secretaria da Educação e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Nas oficinas, Cecília e os colegas desenharam murais, assistiram a vídeos e debateram situações do cotidiano. O que parece simples — sentar no chão, pintar, conversar — foi o ponto de partida para questionar comportamentos naturalizados. “A gente fez um mural grande com frases tipo ‘minha roupa não é vitrine’. Todo mundo desenhou uma mulher e escreveu mensagens. Era pra lembrar que o ‘não’ precisa ser respeitado. E foi bom, porque a gente se escuta também”, conta.

Em outra atividade, o grupo assistiu a um curta-metragem em que um homem sonha que vive a rotina de uma mulher: cuidar da casa, do filho, do trabalho, e ainda lidar com o julgamento. “No final do sonho, ele ainda engravidava. Todo mundo achou engraçado, mas depois ficou pensando. Os meninos disseram: ‘não é possível que os homens tratem as mulheres assim’. Depois disso, pararam de fazer certas piadas”, diz Cecília. “Eles tinham mania de dizer: ‘vai varrer a casa’. Hoje não falam mais.”

A educação sexual também foi destaque nas oficinas. “Escola não é só sobre matemática, ciência. Não, tem que ter conscientização sobre esses temas”, defende Cecília. Ela reforça que aprender sobre corpo, direitos e respeito é essencial: “As pessoas acham que falar disso é errado, que vai incentivar os filhos [a fazer sexo], mas a gente precisa saber o que é certo, o que é respeitar o outro, o que é cuidar de si”, explica.

Os aprendizados não ficaram restritos à sala de aula. Filha única, Cecília conta que fala sobre todos esses assuntos com os pais. “Lá em casa, a gente conversa sobre tudo. Sobre respeito, sobre as coisas que acontecem na internet, sobre o que é certo e o que é errado.” Essa abertura em casa reflete uma experiência que seus pais não tiveram.

Nem o pai, Luciano, ou a mãe, Alexsandra, passaram da oitava série e nunca tiveram a oportunidade de debater esses temas com as famílias. Luciano explica: “Minha mãe teve 14 filhos. Ela não tinha muito tempo para conversar com os filhos.” Já Alexsandra se ressente de não ter estudado mais: “A gente tinha que trabalhar, e naquela época era ou trabalho ou estudo. Hoje eu quero o melhor para a minha filha, que ela estude e construa um futuro diferente”.

Segundo Francileide Araújo, coordenadora de Prevenção à Violência Baseada em Gênero e Raça da Secretaria das Mulheres da Bahia, Oxe, Me Respeite – nas Escolas nasceu justamente para provocar o diálogo sobre igualdade de gênero dentro e fora das escolas. E o projeto está em expansão: “Hoje temos oficinas acontecendo em escolas indígenas, quilombolas, em unidades da Fundação da Criança e do Adolescente, inclusive com meninos em privação de liberdade. A ideia é que o projeto se adapte a cada realidade — e que se torne uma política de Estado, não apenas de governo”, defende.

Cecília já leva os aprendizados do Oxe, Me Respeite – nas Escolas para a vida. Ainda não decidiu se será médica, advogada ou psicóloga, mas tem clareza sobre o caminho que quer seguir. “Quero ter minha profissão, minha casa, meus filhos quando estiver pronta. Quero dar tudo pra eles, mas principalmente o exemplo de respeito.” Para ela, o que aprendeu nas oficinas vai muito além da escola: é sobre crescer sabendo que liberdade e respeito caminham juntos — e que mudar o mundo começa pelas conversas que a gente tem, todos os dias.

Oxe, Me Respeite – Nas Escolas

O projeto Oxe, Me Respeite – Nas Escolas é realizado pela Secretaria das Mulheres do Estado (SPM), em parceria com a Secretaria da Educação do Estado (SEC), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). O projeto integra as ações do Bahia pela Paz, um programa de proteção social do Governo do Estado para a juventude.
 


Assembleia celebra 60 anos da Faeb e reforça papel do produtor rural



A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) promoveu, nesta segunda-feira (13), uma sessão especial em comemoração ao aniversário de 60 anos de fundação da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb). O evento foi conduzido pelo deputado Paulo Câmara (PSDB), autor do requerimento para a realização da homenagem, e reuniu produtores rurais, dirigentes de sindicatos e autoridades de diversos órgãos.


Fundada em 12 de dezembro de 1965, a Faeb reúne diversos sindicatos espalhados por toda a Bahia e tem como missão representar, organizar e fortalecer o produtor rural baiano, defendendo seus direitos e interesses e promovendo o desenvolvimento econômico, social e ambiental do setor agropecuário. A entidade sindical integra a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Em seu discurso na solenidade, que lotou o Plenário Orlando Spínola, Paulo Câmara renovou seu compromisso de seguir trabalhando em defesa do setor produtivo e destacou que a missão da Faeb de fortalecer e organizar a produção do campo tem sido cumprida com seriedade e comprometimento. O parlamentar saudou os dirigentes das entidades que compõem o sistema produtivo na Bahia e no Brasil e frisou a importância do setor para toda a população.

Essa celebração é um reconhecimento do trabalho de gerações que acreditam na força do campo. A Faeb é fruto da visão e da união dos produtores rurais que buscam o fortalecimento do setor. Hoje, a federação é referência nacional no apoio ao homem e à mulher do campo”, apontou Câmara. O deputado lembrou que a força do campo não está somente nos grandes polos de produção, mas também abraça a agricultura familiar.

Um tema que permeou as manifestações dos oradores na tribuna foi a insegurança no campo, especialmente no extremo sul da Bahia, onde produtores rurais lidam com invasões de propriedades.

Estamos constantemente em busca de soluções para esses graves conflitos. O direito à propriedade não pode ser permanentemente violado. É preciso separar quem luta dignamente pela terra de quem promove o caos. O produtor merece, de todos nós, o maior respeito. Garantir a segurança do campo é garantir o futuro da Bahia e do Brasil”, enfatizou Paulo Câmara em sua fala.

O secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Pablo Barrozo, representou o governador Jerônimo Rodrigues na solenidade. O dirigente da pasta relatou que o problema das invasões de propriedades rurais tem sido tratado com seriedade, verdade e o devido respeito dentro do governo.

Barrozo enalteceu a força e a pujança da agricultura e da pecuária em toda a Bahia e falou sobre a relevância do setor produtivo na vida das pessoas. Como exemplo, relatou que Barreiras, sua terra natal, há 30 anos, era uma cidade em que o único empregador era a prefeitura municipal.

As pessoas saíam da zona rural para a sede, e da sede se deslocavam para Salvador ou São Paulo. A agricultura mudou essa realidade e fez a diferença em toda a região como vetor de geração de emprego e renda”, mencionou. Além disso, o secretário destacou o investimento em estudos técnicos para melhoria e correção do solo. “Antigamente, era impensável ter três safras ao ano. Com a correção do solo, através de parcerias, a prosperidade se instalou”, contextualizou.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Em seu discurso, o presidente da Faeb, Humberto Miranda, também enalteceu a contribuição da ciência e da tecnologia para o setor produtivo. Ele mencionou o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na transformação da realidade da agropecuária baiana. “Foi a pesquisa e a ciência que transformaram as terras improdutivas. O cerrado brasileiro se tornou uma das regiões mais produtivas do país. Esse cenário permitiu que a Bahia pudesse exportar produtos para mais de 190 países”, destacou.

O dirigente da Faeb também aplaudiu o trabalho dos presidentes dos sindicatos dos produtores rurais, entidades espalhadas pelos 417 municípios baianos. “A Faeb, através dos sindicatos, chega a toda a Bahia. E deixo um registro especial porque os presidentes não recebem nada pela função. Eles dedicam seu tempo para melhorar a vida de todos os produtores”, enalteceu.

O ex-presidente da Faeb e atual presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, agradeceu à ALBA e aos deputados pela homenagem e falou da alegria de comemorar os 60 anos da federação baiana. Ele comandou a entidade durante 14 anos antes de ser eleito presidente da CNA. Martins fez uso da palavra para frisar que a Faeb e todo o sistema produtivo não possuem partido político. “O nosso partido é o produtor rural”, ressaltou.

João Martins também relatou que chegou à CNA há oito anos. “Quando cheguei lá, disse que faria uma nova classe média rural no país. Eram mais de 5 milhões de produtores que estavam à revelia da riqueza do setor produtivo. Hoje, temos 500 mil produtores com assistência técnica e rentabilidade”, afirmou.

SEGURANÇA JURÍDICA

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, ressaltou a importância da segurança jurídica para os negócios. “Esse é o grande tema transversal que une todos os sistemas produtivos. Quando temos incerteza nos negócios, surge a inviabilidade ou o aumento dos preços”, disse o dirigente, que defendeu a união de todas as entidades do setor produtivo.

Quem também reforçou a importância da unidade da classe produtiva foi Paulo Cavalcanti, presidente do Conselho Superior da Associação Comercial da Bahia (ACB). “Sem união, o Brasil não vai ter solução”, afirmou.

O presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, deputado Manuel Rocha (UB), afirmou que a Faeb é uma instituição de suma relevância para a agropecuária baiana e se firmou como parceira dos grandes e pequenos produtores rurais.

Ele relatou ações da comissão e da ALBA em prol do setor produtivo e também relembrou o caso das invasões de propriedades no extremo sul baiano. “Tivemos, aqui, uma posição firme durante os ataques a propriedades. A nossa missão é estar aqui lutando por todos os baianos e baianas, mas principalmente por esse setor produtivo”, frisou.

O deputado federal Daniel Almeida (PC do B) foi à tribuna e parabenizou a ALBA pela homenagem ao setor agropecuário. “Esse é o segmento responsável por colocar alimentos na mesa de todos os baianos. Essa trajetória de 60 anos merece ser reconhecida e valorizada. Sabemos que há muito preconceito com quem está lidando com a vida no campo. É preciso potencializar as oportunidades para todos”, defendeu.

O deputado federal João Leão (PP) também saudou a classe produtiva presente ao ato. O congressista ressaltou que a agricultura baiana se desenvolveu e se tornou referência para países como Estados Unidos e China. Ao fim de seu discurso, convocou o público que lotou o plenário a aplaudir de pé a Faeb pelos 60 anos de existência e contribuições para a agropecuária baiana.

Além dos oradores que foram à tribuna, integraram a mesa de convidados a presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Ana Elisa, e Jorge Khoury, diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na Bahia. Prestigiaram a sessão especial os deputados Sandro Régis (UB), Ricardo Rodrigues (PSD), Luciano Araújo (Solidariedade) e Rosemberg Pinto (PT).




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Pelourinho abriga a 1ª Feira Agroecológica do Raízes do Brasil, com produção saudável e debates


Pelourinho abriga a 1ª Feira Agroecológica do Raízes do Brasil, com produção saudável e debates
Pelourinho abriga a 1ª Feira Agroecológica do Raízes do Brasil, com produção saudável e debates

A Bahia deu largada na 1ª Feira Agroecológica do Raízes do Brasil, nesta quarta-feira (09), no Pelourinho, que reuniu famílias agricultoras apoiadas pelo Programa Viva Horta para comercializar produtos agroecológicos e promover debates sobre soberania alimentar e o enfrentamento às mudanças climáticas. O evento marcou um importante passo na valorização da agricultura familiar e a difusão da agroecologia como prática de vida e transformação social.

Com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FUNCEP), a feira é apoiada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), através da Superintendência de Agricultura Familiar (SUAF), em parceria com o Bahia Sem Fome. A ação integra o projeto Agroecologia Contra a Fome, desenvolvido na Região Metropolitana de Salvador, desenvolvido pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e pelo Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (SASOP).

Para a diretora estadual do MPA, Saiane Santos, a feira representa o fortalecimento da produção local e o compromisso com uma alimentação saudável. “Começamos esta feira aqui no Pelourinho, na perspectiva de escoar a produção das hortas em quatro municípios onde o Agroecologia Contra a Fome atua, que são Mata de São João, Camaçari, Lauro de Freitas e Salvador. Eu sou diabética, então pra mim é essencial ter um alimento saudável, natural e que isso vai servir para nossas crianças”, destacou.

Já Ana Maria, do Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB), ressaltou o caráter educativo e coletivo da ação, trazendo “a juventude e as crianças para esse grupo. A feira, junto com o Viva Horta, tem esse desafio de produzir alimento saudável e garantir que a população baiana tenha acesso a produtos de qualidade. Essas ações mostram o valor do nosso serviço e do nosso trabalho”, afirmou.

O diretor de Apoio e Fomento à Produção (DAFP), Maicon Miguel Vieira, destacou a importância da iniciativa como exemplo de política pública que une produção de alimentos, inclusão social e fortalecimento da agricultura familiar: “A inauguração da Feira Agroecológica do Raízes do Brasil é um grande marco para nós da SUAF/SDR. Essa parceria com o MPA, SASOP e o Bahia Sem Fome, além de outros coletivos e organizações, possibilitada pelo Projeto Viva Horta, forma uma grande aliança no combate à fome e à pobreza no nosso estado. Ficamos muito felizes em saber que o investimento do Governo do Estado retorna para a sociedade a partir da produção de alimento saudável e de base agroecológica.”

A feira reuniu produção, cultura e participação popular em um mesmo espaço, reafirmando a agroecologia como caminho de geração de renda, inclusão social e sustentabilidade no campo e na cidade.