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Rede de Consultores Internos completa 14 anos com economia de R$ 3,1 milhões para o Estado


Rede de Consultores Internos completa 14 anos com economia de R$ 3,1 milhões para o Estado
Rede de Consultores Internos completa 14 anos com economia de R$ 3,1 milhões para o Estado

Foto: Acervo/Edivânia Landim

O governo baiano economizou mais de R$ 3,1 milhões dos cofres públicos ao substituir a contratação de empresas de consultoria externa pelo trabalho de servidores efetivos qualificados para disseminar tecnologias de gestão em órgãos e entidades públicas. O ganho financeiro é apenas um dos benefícios da criação da Rede de Consultores Internos (RCI), que está completando 14 anos de atuação no Estado como uma ferramenta estratégica de apoio às lideranças em tomadas de decisão e na melhoria de processos de gestão.

Desde o início do projeto, vinculado à Secretaria da Administração do Estado (Saeb), a Rede de Consultores Internos já prestou apoio a 47 diferentes unidades integrantes de 29 órgãos públicos estaduais, com a realização de 1.552 oficinas. “A iniciativa permitiu  reduzir a dependência do Estado do serviço de consultorias externas,  além de estimular o protagonismo de servidores efetivos, fomentando o desenvolvimento e a retenção da inteligência técnica”, assegura a coordenadora de Disseminação de Soluções em Gestão da Saeb, Daniela Svec.

“A RCI fortalece a gestão pública ao implantar tecnologias que contribuem para o alcance das metas do governo e consolidam a cultura de gestão no Estado, gerando resultados concretos para a sociedade”, complementa a diretora de Soluções em Gestão, Juliana Galvão.
A visão é referendada pelo depoimento dos profissionais de órgãos atendidos. “A Rede  tem sido fundamental para fortalecer uma cultura de gestão mais moderna e eficiente dentro do Estado”, acredita a diretora do Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência (Cepred), Normélia Quinto. “A gestão do Cepred amadureceu muito graças à Rede: nossas equipes acumularam aprendizado e, como resultado, a gestão da nossa unidade se tornou mais técnica”, testemunha a diretora.

Histórico
Criada em 2011, a RCI surgiu como uma alternativa da Saeb para atender ao aumento na demanda por consultorias em tecnologias de gestão. “A proposta era ampliar a capilaridade das ações já desenvolvidas pela Secretaria, sem abrir mão da centralidade técnica, do rigor metodológico e da coerência institucional”, relata Daniela.

O primeiro processo seletivo e de formação foi realizado ao longo de 2010 e 2011. Após passarem por uma bateria de atividades como prova objetiva, dissertação, miniaulas e avaliação didática, 87 funcionários públicos estaduais foram selecionados para atuar como consultores.  Em 2018, para preencher as vagas remanescentes em função de desligamentos e aposentadorias, um novo processo seletivo resultou no ingresso de mais 24 servidores.

Atualmente, a RCI reúne 27 consultores ativos espalhados em oito órgãos do Poder Executivo Estadual que atuam na disseminação das tecnologias de gestão Planejamento Estratégico Organizacional (PEO), Gestão de Projetos (GP) e Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM).

Só entre as consultorias recém-finalizadas ou em andamento, a Rede contabiliza  serviços para seis diferentes órgãos do Estado, incluindo a própria Saeb, Corpo de Bombeiros Militar e as secretarias de Administração Prisional (Seap) e  Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

Para o futuro, estão previstas iniciativas visando tanto uma maior integração da atuação da Rede com estratégias de governo mais amplas, como o fortalecimento da formação e capacitação continuada dos consultores.  Além disso, já está em andamento a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) nos processos de consultoria interna.  “Temos a intenção de obter a certificação ISO 9001:2015 até o final de 2025, o que vai reforçar ainda mais a qualidade do trabalho realizado pela RCI”, relata a coordenadora Daniela Svec.

Trajetórias
A consultora Clarissa Meira, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídrico (Inema) integrou a turma do primeiro processo seletivo. “Sempre gostei do tema Gestão Pública, então vi nesse trabalho uma possibilidade de aprofundar meus conhecimentos, e o meu interesse só cresceu ao longo dos anos”, conta Clarissa. Na Rede desde 2012, ela já desenvolveu 15 trabalhos, em órgãos como Fapesb e as secretarias de Planejamento, Saúde e Ciência Tecnologia e Inovação.

Em sua opinião, os consultores internos do Estado têm um papel fundamental para as organizações que buscam melhorias. “Optar por um consultor da Rede não é só mais acessível e menos custoso, como também permite aos órgãos disporem de um profissional que vivencia questões muito próximas às suas, que está inserido no dia a dia da máquina pública e conta com experiência acumulada”, argumenta Clarissa.

“O papel dos consultores internos no Estado é estratégico e multifacetado: nós atuamos como agentes de transformação, contribuindo para a melhoria da gestão pública, o fortalecimento institucional e a eficiência dos serviços oferecidos à sociedade”, complementa Tatiana Eleutério, Major da Polícia Militar do Estado (PMBA). Na RCI desde 2018, ela conta que o que a atraiu neste trabalho foi a possibilidade de unir duas paixões: o desejo de ajudar pessoas e instituições a alcançarem seus objetivos e o gosto por planejamento estratégico e processos de negócio.

“Ser consultora me permite estar em constante aprendizado, lidar com diferentes desafios e contribuir diretamente para o crescimento da gestão pública: é uma atuação dinâmica, que exige empatia, visão analítica e muita adaptabilidade, exatamente o que me motiva todos os dias”, resume a consultora.

O mesmo entusiasmo pelo ofício pode ser notado no depoimento de Edivânia Landim. Hoje atuando de forma autônoma como assessora em planejamento e gestão, Edivânia foi consultora interna desde a formação da RCI, em 2011, até a sua aposentadoria, em 2019. Quando deixou o Estado, foi a vivência na Rede que fez a diferença na sua vida profissional, garantindo a continuidade no mercado do trabalho. Agora, Edivânia aguarda com expectativa a regulamentação da Lei no  14.799/2024, que permite aos servidores continuarem atuando como instrutores internos do Estado após a aposentadoria.

“Ser reintegrada à RCI é um dos meus objetivos, quero continuar contribuindo para inovações na gestão pública e para mudanças de cenários na realidade da população baiana”, afirma Edivânia. “A aposentadoria não pode ser o fim de uma trajetória na rede, mas a possibilidade de recomeço de novos projetos, de novos sonhos e, para transformar, é fundamental sonhar com uma visão de futuro promissora para a gestão pública do poder executivo da Bahia”, conclui.  

Fonte: Ascom/Saeb


Caminhada e roda de conversa fortalecem luta pela inclusão e contra o capacitismo


Caminhada e roda de conversa fortalecem luta pela inclusão e contra o capacitismo
Caminhada e roda de conversa fortalecem luta pela inclusão e contra o capacitismo

Foto: Cleomário Alves/SJDH

A luta pela inclusão e por uma sociedade anticapacitista foram mensagens deixadas pelas pessoas com deficiência na Caminhada da Inclusão, realizada nesta terça-feira (9), no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. O ato integra a programação do Setembro Verde, mês dedicado à promoção da equidade, cidadania, respeito e oportunidades para as pessoas com deficiência. Gestores públicos, ativistas, entidades da sociedade civil, conselheiros e o público PCD clamaram em defesa de direitos, no percurso entre a Assembleia Legislativa e a sede da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).

A Bahia é o quarto maior estado do país em população, com 1.093.719 pessoas com deficiência. Através da Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Sudef), e do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coede), a SJDH participou da atividade, que visa conscientizar a sociedade sobre o cuidado e proteção dos direitos dos PCD’s, respeito às diferenças e pelo fim do capacitismo.

“É uma atividade muito importante porque traz à tona, não só a presença, mas as manifestações da população com deficiência do Estado da Bahia em celebração e reflexão ao Setembro Verde, que é o mês de luta da pessoa com deficiência. Precisamos estar unidos para promover a cultura da inclusão e combater todas as formas de discriminação contra as pessoas com deficiência. A SJDH tem feito esforços para que as políticas públicas em favor desse público sejam eficientes para garantir direitos”, afirma o superintendente da Sudef, Marcelo Zig.

“A caminhada de hoje foi extremamente positiva. Passamos em várias secretarias trazendo falas sobre os direitos da pessoa com deficiência. É extremamente importante esse ato e outros que acontecem durante o mês para mostrar que as pessoas com deficiência querem seus espaços, precisam ocupar seus espaços e que precisam ter os seus direitos respeitados”, ressaltou o presidente do Coede-Ba, Sidnei Borges.

Também participaram da caminhada entidades como a sociedade civil como Associação Fábrica do Ser, Associação Pestalozzi de Sapeaçu, Amigos do Autista de Valença (AMA Valença), Associação de Pais e Mestres Inclusiva de Ipirá (APMI Ipirá), Associação Beneficente Grupo da Esperança (ABGE – Ipirá), Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Ipirá (COMPEDE – Ipirá) e a Associação Feirense de Síndrome de Down.

Fortalecer a luta
Antônio Jorge de Jesus, pai de Laís de Jesus, 26 anos, uma das assistidas da Associação Feirense de Síndrome de Down, destacou que o ato fortalece a luta das pessoas com deficiência. “É um prazer estar aqui, participando mais uma vez dessa caminhada do Setembro Verde, em busca dos direitos das pessoas com deficiência. Eu tenho a Laís que é PCD, Síndrome de Down, e que faz parte da Associação Baiana de Síndrome de Down, e estamos aqui para fortalecer o movimento. A caminhada reforça a luta para garantir os direitos de quem mais precisa”, reiterou Antônio Jorge.

Roda de Conversa
A performance artística da ‘Afrodef e a Cadeira de Som’ trouxe música e alegria para falar de capacitismo para os estudantes do Colégio Estadual Barros Barreto, no bairro de Paripe, em Salvador. A roda de conversa “Anticapacitismo nas Escolas” promoveu um espaço importante dialogar sobre os desafios de enfrentar o capacitismo e como conscientizar a sociedade sobre inclusão. Idealizado pelo superintendente de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcelo Zig, o Afrodef e a Cadeira de Som é um artista/super-herói ancestral que luta contra o capacitismo. A cadeira de rodas se torna um pequeno palco com música, trazendo uma mensagem sobre respeito às diferenças e valorização da cultura. O projeto, realizado há mais de 20 anos, foi a forma encontrada por Zig para dialogar com a comunidade escolar e a sociedade sobre os desafios da temática PCD.

O diretor do Colégio Estadual Barros Barreto, Rui César Cerqueira, aponta que atividade traz um senso de responsabilidade para comunidade escolar pela causa das pessoas com deficiência. “É muito importante para nossa escola, uma palestra como essa para que toda a comunidade possa ter mais empatia com as pessoas com deficiência. Precisamos dizer não ao capacitismo”, afirmou o gestor escolar, Rui César Cerqueira.

O estudante do 2ª ano, Lucas Querino, de 16 anos, reiterou que a pauta é fundamental para auxiliar na formação dos jovens. “Achei muito interessante porque é um assunto muito importante conversar sobre os alunos, porque, às vezes, o aluno não tem consciência. É muito importante as pessoas se conscientizarem, saber e aprender com as pessoas com deficiência. Os jovens estão saindo para o mercado de trabalho, vai para um mercado, por exemplo, uma empresa que pode ter um empregado PCD e ele tem que saber se relacionar com ela, e trabalhar a inclusão”, finalizou.

Fonte: Ascom/SJDH


Osba apresenta obras de Tchaikovsky em concerto gratuito no Santuário Nossa Senhora de Fátima


Osba apresenta obras de Tchaikovsky em concerto gratuito no Santuário Nossa Senhora de Fátima
Osba apresenta obras de Tchaikovsky em concerto gratuito no Santuário Nossa Senhora de Fátima

Foto: Caio Lirio

A Orquestra Sinfônica da Bahia apresenta, neste domingo, 14 de setembro, às 11h, um concerto gratuito no Santuário Nossa Senhora de Fátima, localizado no Colégio Antônio Vieira, no bairro do Garcia, em Salvador.

Sob a regência do maestro convidado Eduardo Salazar e com solo do spalla da Osba, Francisco Roa, a apresentação destaca duas obras do compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Romeu e Julieta (Abertura Fantasia) e o Concerto para Violino, Op. 35. O evento integra a Série Manuel Inácio da Costa, iniciativa que leva a OSBA a espaços religiosos e culturais de Salvador. A entrada é franca, sujeita à lotação do espaço.

Obra emblemática para violino

Composto em 1878, o Concerto para Violino, Op. 35, de Tchaikovsky, é uma das obras mais emblemáticas do repertório violinístico. Considerado exigente tanto tecnicamente quanto emocionalmente, o concerto combina momentos de virtuosismo intenso, lirismo melancólico e energia contagiante, características que o tornam uma peça desafiadora e ao mesmo tempo muito cativante para o público.

“O primeiro movimento é cheio de virtuosismo, com passagens difíceis e até ‘pirotécnicas’ para o violino; o segundo é marcado por uma melancolia muito bonita, de caráter mais introspectivo; e o terceiro explode em energia, como uma dança russa vibrante, culminando em um final de arrepiar”, destaca Francisco Roa.

Embora tenha sido inicialmente rejeitado por críticos e até pelo violinista a quem foi dedicado, Leopold Auer, o concerto foi resgatado no século XX e hoje ocupa lugar central no repertório. Para Roa, essa trajetória só reforça o valor da obra: “Este concerto é considerado atualmente um dos pilares da literatura violinística e qualquer grande solista o tem em seu repertório. De uma peça inicialmente rejeitada, tornou-se uma das obras mais celebradas para este instrumento”.

Completa o programa a Abertura-Fantasia Romeu e Julieta, também de Tchaikovsky, inspirada na tragédia do dramaturgo inglês William Shakespeare. Composta originalmente em 1869 e revisada em 1870 e 1880, esta obra é um poema sinfônico, estruturado em forma de sonata, com introdução e epílogo bem definidos. Tchaikovsky utiliza nesta música três elementos temáticos principais: o de Frei Lourenço, o da rivalidade entre Capuletos e Montéquios, e o do amor entre os jovens, todos orquestrados e integrados em uma narrativa musical intensa.

Sobre a Osba | Criada em 30 de setembro de 1982, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) é um corpo artístico do Teatro Castro Alves e que teve seu processo de publicização consolidado em abril de 2017. Desde então, a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA) – entidade sem fins lucrativos qualificada como Organização Social (OS) – realiza a gestão da OSBA, que permanece como corpo artístico público, sendo mantida com recursos diretos do Governo do Estado da Bahia, através da sua Secretaria de Cultura (Secult-BA) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).

Serviço:

14/set (domingo) – Série Manuel Inácio da Costa

Horário: 11h

Local: Santuário Nossa Senhora de Fátima (Colégio Antônio Vieira), Garcia.

Regente: Eduardo Salazar

Solista: Francisco Roa (violino)

Entrada: gratuita (sujeita à lotação do espaço. Acesso ao local a partir das 10h30)

Programa:

Tchaikovsky- Romeu e Julieta (Abertura Fantasia), TH 42

Tchaikovsky – Concerto para violino, Op. 35


Bahia leva propostas eleitas na IV Conepir para Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial


Bahia leva propostas eleitas na IV Conepir para Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial
Bahia leva propostas eleitas na IV Conepir para Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial

Foto: Erlon Sousa – Ascom/Sepromi

Depois de três dias de intensos debates, oficinas e manifestações artísticas, a IV Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir) foi encerrada com 15 propostas sistematizadas, organizadas nos eixos temáticos Democracia, Justiça Racial e Reparação. Realizada no Hotel Fiesta, entre os dias 20 e 22 de agosto, o evento foi resultado de um processo preparatório amplo e descentralizado, envolvendo todas as regiões do Estado da Bahia. A etapa estadual elegeu 116 delegados(as) para a etapa nacional, assegurando paridade de gênero (58 mulheres e 58 homens).
Encaminhadas para a V Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que acontece de 15 a 19 de setembro, em Brasília, com o mesmo tema da etapa estadual — Igualdade, Democracia, Reparação e Justiça Racial —, as propostas tratam desde o fortalecimento dos Conselhos de Promoção da Igualdade Racial e da aplicação efetiva das Leis 10.639/03 e 11.645/08, até a criação de fundos de reparação histórica, regularização fundiária de comunidades tradicionais, combate à violência contra a juventude negra e políticas de sustentabilidade em territórios de identidade.
Realizada pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), com apoio do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), do Conselho Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT) e do Conselho Estadual dos Povos Indígenas da Bahia (Copiba), a conferência contou com ampla representatividade de povos indígenas, comunidades quilombolas, povos de terreiro, população cigana, juventude, pessoas idosas, população LGBTQIAPN+, além de representantes de órgãos municipais e estaduais de promoção da igualdade racial. Foram credenciados 586 delegados(as), 100 convidados(as) institucionais e mais de 300 observadores(as), totalizando quase 1.000 participantes diretos.
“Este momento é um dos capítulos importantes da história da promoção da igualdade racial no Brasil, e todas estas propostas, assim como o envolvimento e a expressiva participação do povo da Bahia, demonstram como nosso Estado segue sendo referência no esforço coletivo e de décadas pela emancipação de todos os povos. A IV Conepir reforça que a luta por igualdade racial na Bahia é permanente, coletiva e articulada”, destacou a secretária da Sepromi, Ângela Guimarães.
Delegado do povo cigano, Jucelho Dantas veio de Feira de Santana para participar da conferência. “Essa Conepir teve um significado especial para nós, povo cigano, assim como os irmãos das comunidades de povos tradicionais têm destacado. A retomada da conferência é especialmente importante para nosso povo, pois estamos trazendo o maior número de delegados, resultado da maior conscientização em empreender a luta para conseguirmos avançar. Esperamos, agora, levar as mesmas demandas que trouxemos aqui para a conferência nacional”, afirmou.
Após doze anos de interrupção, a etapa estadual representou um marco histórico de reflexão, diálogo e construção coletiva, reunindo lideranças do movimento negro, povos e comunidades tradicionais, juventudes, entidades da sociedade civil, gestores públicos, instituições acadêmicas e organismos internacionais, reafirmando o compromisso da Bahia com a democracia, a promoção da igualdade racial e o enfrentamento ao racismo.
Já a cacica Ana Paula Tupinambá, de Jequié, ressaltou a importância da realização para todos os povos: “Nós precisávamos estar aqui, discutindo, debatendo não só sobre um território, mas sobre a existência desses povos, como os povos originários e as comunidades tradicionais.”
Jornada antirracista

O desfecho positivo da IV Conepir foi consequência de um amplo processo democrático e participativo, que envolveu encontros macroterritoriais em todos os 27 Territórios de Identidade da Bahia, responsáveis por promover reflexões, alinhamentos e mobilizações em todo o estado.

Além dessas ações, também foram realizadas sete conferências temáticas — Povos de Terreiro, Fundo e Fecho de Pasto, Povos Indígenas, Povos Ciganos, Comunidades Quilombolas, Marisqueiras e Pescadores(as) Artesanais, e Mulheres Negras — que mobilizaram aproximadamente 560 participantes. Somaram-se ainda quatro conferências livres, com destaque para os temas Saúde da Mulher Negra, Empreendedores Negros, Capoeira e Trabalhadores Negros, com engajamento de diferentes coletivos e movimentos sociais. Ao todo, o processo envolveu cerca de 17.500 pessoas em toda a Bahia, demonstrando a força da mobilização social e institucional.
 


Ponto Novo recebe pacote de ações da SDR para fortalecimento da agricultura familiar e preservação da Caatinga


Ponto Novo recebe pacote de ações da SDR para  fortalecimento da agricultura familiar e preservação da Caatinga
Ponto Novo recebe pacote de ações da SDR para fortalecimento da agricultura familiar e preservação da Caatinga

Foto: Gilson Barbosa/SDR

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), lançou no último sábado (6), no município de Ponto Novo, editais estratégicos que vão fortalecer a agricultura familiar e promover o desenvolvimento sustentável no Semiárido. O evento também marcou outras entregas importantes para o fortalecimento da produção rural, como perímetro irrigado, contratos de concessão de lotes e equipamentos agrícolas, reforçando o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento rural e a segurança alimentar na região.

O edital Palmas para Agricultura Familiar vai formar uma reserva nutricional para alimentação animal em períodos de estiagem, com produção e distribuição de 10 milhões de mudas de palma forrageira, beneficiando 10 mil famílias em 24 territórios. A ação também inclui 50 campos municipais de multiplicação de palma com irrigação por microaspersão, assistência técnica e a implantação de 2,5 milhões de mudas adicionais.

Já a Biofábrica da Caatinga, vinculada ao edital Candeeiros da Caatinga, vai produzir e distribuir 1 milhão de mudas, que vão beneficiar 10 mil famílias, em 245 municípios de 15 territórios de identidade. O projeto inclui uma unidade central de plantação, com gestão de 10 viveiros descentralizados, além de cursos e oficinas, contribuindo para a recuperação e preservação do bioma Caatinga.

“Estamos muito felizes com esse pacote de ações anunciado pelo governador Jerônimo, que representa cerca de R$ 13 milhões em investimentos da Superintendência de Agricultura Familiar (SUAF/SDR). Essas iniciativas fortalecem a segurança alimentar, a produção no campo e a preservação do bioma Caatinga, beneficiando milhares de famílias em todo o estado”, celebrou Maicon Miguel Vieira, diretor de Apoio e Fomento à Produção (DAFP) da SUAF.

Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, os editais fortalecem a agricultura familiar no Semiárido. “Esses editais projetam o futuro da agricultura familiar no Semiárido, garantindo reserva estratégica de alimento para o rebanho e promovendo a recuperação do bioma Caatinga. São ações que unem produção, sustentabilidade e o compromisso do Governo do Estado com quem coloca comida de qualidade na mesa do povo baiano”, afirmou.

Mais entregas em Ponto Novo
Além dos editais, foi inaugurado o Perímetro Irrigado da Barragem de Ponto Novo, estruturando 120 hectares para a agricultura familiar. A ação, executada pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR/SDR), vai beneficiar diretamente 60 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

“Esse perímetro tem uma caminhada importante de produção de alimentos, de história, de resistência, fruto dos processos de luta e investimento de políticas e programas importantes na Bahia. Esse processo não foi feito sozinho, foi feito com muita gente, a muitas mãos, junto com a SDR, a CAR, além de parceiros e organizações da região, como o MST, em um processo de luta comum”, destacou Leila Santana, membro da direção do MPA e assentada no Assentamento Terra Nossa.

Com o objetivo de garantir segurança jurídica e fortalecer a produção de alimentos saudáveis, a Superintendência de Desenvolvimento Agrário (SDA/SDR) entregou 63 Contratos de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) para as famílias beneficiadas pela área irrigada, assim como para a Associação de Produção e Comercialização do Assentamento Nelson Mandela e a Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa da Bahia.

Ainda na ocasião, os agricultores e agricultoras familiares de Ponto Novo receberam equipamentos para ampliar a capacidade produtiva, incluindo três tratores com implementos, dois gradões, quatro máquinas forrageiras e 60 kits de apicultura e celebraram a aquisição de balança de pesagem para o Mercado do Produtor.

Fonte: Ascom/SDR