Festival Movaê segue neste sábado (22) com programação dedicada a empreendedorismo negro, literatura, tecnologia e cultura popular

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Governo da Bahia institui comitê de monitoramento de operações de segurança pública para aperfeiçoar trabalho policial

Governo da Bahia institui comitê de monitoramento de operações de segurança pública para aperfeiçoar trabalho policial Foto: Matheus Landim /GOVBA A política de segurança pública da Bahia passou a contar com um novo instrumento de controle e qualificação da atividade policial: o Comitê de Monitoramento de Mortes por Intervenção Legal de Agentes do Estado (Milae). … Leia Mais


Jerônimo Rodrigues anuncia pacote de iniciativas para a população negra durante homenagem ao centenário de Mãe Stella de Oxóssi

Jerônimo Rodrigues anuncia pacote de iniciativas para a população negra durante homenagem ao centenário de Mãe Stella de Oxóssi Foto: Wuiga Rubini/GOVBA Durante a realização do concerto “Meu Tempo é Agora”, uma homenagem ao centenário de Mãe Stella de Oxóssi — uma das mais importantes lideranças religiosas, culturais e intelectuais do país — o governador … Leia Mais


SEMANA DA ALBA

Três sessões especiais de concessão de honrarias, no plenário, marcam a semana que vai de 23 a 29 na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A primeira delas, marcada para a segunda-feira (24), às 10h, será em homenagem aos 65 anos da Record Bahia e também de outorga da Comenda 2 de Julho à jornalista Jessica … Leia Mais



“Verivérbio”: novo espetáculo do BTCA busca inspiração na potência da comunicação e da palavra


"Verivérbio": novo espetáculo do BTCA busca inspiração na potência da comunicação e da palavra
“Verivérbio”: novo espetáculo do BTCA busca inspiração na potência da comunicação e da palavra

Foto: Jean Teixeira

O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) está em processo de construção de sua nova montagem “Verivérbio”, uma criação inédita que investiga a força da fala, da escuta e das múltiplas linguagens que atravessam o corpo. A obra, que tem concepção, coreografia, dramaturgia e direção assinada pelos convidados Michael Bugdahn e Denise Namura, aprofunda a política de intercâmbio e colaboração artística que o BTCA vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos. A nova montagem tem estreia marcada para o período de 29 de novembro e 05 de dezembro, no Sesc Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador.

Nesta nova criação, o ponto de partida é o ato de falar: não apenas como emissão de palavras, mas como expressão integral do corpo, do gesto, do pensamento e do silêncio. A proposta explora a comunicação como campo estético e político, atravessando o riso da farsa, a magia da palavra encantada e as pausas que também dizem. A dança emerge como uma “fala sem voz”, capaz de revelar sentidos que muitas vezes escapam ao discurso verbal.

“O ponto de partida dessa criação é falar sobre a fala, sobre a comunicação. Trabalhamos com línguas do mundo todo, incluindo aquelas que existem no território brasileiro. Algumas estão vivas, outras correm risco de desaparecer. Isso nos leva a refletir sobre o que se perde quando uma língua desaparece”, explica Michael Bugdahn, convidado pelo BTCA para a concepção do espetáculo.

Verivérbio provoca o público a refletir sobre como nos comunicamos e como deixamos de nos comunicar. A obra tensiona os limites entre corpo e linguagem, abordando desde a diversidade linguística do Brasil, onde coexistem centenas de línguas indígenas, até questões contemporâneas como a perda da escuta, a aceleração das conversas e a mediação constante pelas redes e tecnologias.

Denise Namura, que faz dupla com Michael na concepção da montagem, reforça a reflexão sobre a fala e o movimento, as expressões das palavras e do corpo: “É sobre língua, palavra, comunicação e não comunicação. Sobre como hoje as pessoas falam umas sobre as outras, não se escutam mais. E sobre o que o corpo consegue dizer quando a palavra falha”.

A trilha do espetáculo é inspirada majoritariamente em músicas de Caetano Veloso, cuja relação poética com som e significado dialoga com o universo da criação. “Caetano é um mágico quando brinca com as palavras. Ele traz delicadeza, força e invenção para a cena”, afirma Bugdahn.  

O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) é corpo artístico mantido pelo Teatro Castro Alves (TCA), Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (Secult-BA).  

Michael Bugdahn – Bailarino e coreógrafo alemão radicado em Paris e cofundador da Companhia À Fleur De Peau (1989). Ao lado de Denise Namura, criou cerca de cinquenta coreografias para companhias no Brasil e na Europa, incluindo São Paulo Companhia de Dança, Balé da Cidade de São Paulo, Cisne Negro e Bernballett. Seu trabalho circula internacionalmente, com apresentações em mais de vinte países e participação em grandes festivais.

Denise Namura – Bailarina e coreógrafa brasileira radicada em Paris desde 1981, fundou em 1989 a Companhia À Fleur De Peau, onde cria e interpreta obras em parceria com Michael Bugdahn. Juntos, produziram cerca de cinquenta coreografias apresentadas no Brasil e na Europa e também atuam como coreógrafos convidados. Premiada diversas vezes, mantém um repertório em circulação internacional e, desde 1984, dedica-se ao ensino de dança para profissionais, amadores e crianças. 


Estado fortalece participação territorial na construção do PDI 2050, em seminário na Uesc


Estado fortalece participação territorial na construção do PDI 2050, em seminário na Uesc
Estado fortalece participação territorial na construção do PDI 2050, em seminário na Uesc

Foto: Lucas Pondé/ Ascom Seplan

O secretário estadual do Planejamento, Cláudio Peixoto, o reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes, e representantes de cinco Territórios de Identidade do Sul e Extremo Sul da Bahia participaram, nesta quarta-feira (19), em Ilhéus, da sexta edição dos Seminários Macroterritoriais do Plano de Desenvolvimento Integrado – PDI Bahia 2050. O encontro, realizado no auditório da Uesc, reuniu lideranças regionais para discutir desafios e oportunidades de desenvolvimento a partir dos ativos e vocações econômicas, sociais e ambientais dos Territórios Litoral Sul, Baixo Sul, Costa do Descobrimento, Extremo Sul e Vale do Jiquiriçá.

O secretário da Seplan, Cláudio Peixoto, ressaltou a parceria com a Uesc e o engajamento dos setores da sociedade na construção do PDI Bahia 2050, destacando que esse processo reafirma a posição da Bahia como referência nacional em planejamento e participação social. 

“A Bahia, sob a liderança do governador Jerônimo Rodrigues, se destaca no cenário nacional em um momento em que o planejamento retoma seu papel central na gestão pública, especialmente com a Estratégia Brasil 2050. Nosso estado é referência não apenas pela política de desenvolvimento que fortalece os territórios de identidade, mas também pela construção coletiva dos nossos instrumentos legais, a exemplo do PPA Participativo.”

O reitor da Uesc, Alessandro Fernandes, destacou que o planejamento de longo prazo se fortalece com a participação ativa da sociedade e com o papel estratégico das universidades, além de parabenizar o Governo da Bahia pelo reforço no orçamento do ensino superior. 

“Este é um momento muito importante para nossa região, para os nossos territórios de identidade, mas eu diria que é um momento importante, substancialmente, para o estado da Bahia. Quando o Governo do Estado se propõe — e de fato o faz — a ir aos territórios de identidade para realizar escutas sensíveis com a sociedade, com as instituições e com suas representações, demonstra um cuidado e uma maneira diferente de fazer planejamento. É importante que nós discutamos isso”.

Etapas do PDI avançam com ampla participação social

Durante o encontro, o superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Barreto, apresentou um panorama do estágio atual do PDI Bahia 2050, destacando que as fases de diagnóstico, prospecção de cenários e construção da visão de futuro já foram concluídas, com forte participação social — incluindo mais de 50 mil contribuições na consulta pública realizada na etapa de Visão de Futuro. Ele enfatizou que os seminários macroterritoriais têm papel decisivo para territorializar os objetivos e consolidar prioridades regionais. Nos próximos passos, serão definidas as estratégias, os indicadores e metas, e, ao final, estruturada a Carteira de Projetos Estratégicos do PDI.

Governança e desafios estruturantes em pauta

O coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Jonas Paulo, reforçou em sua intervenção que o desenvolvimento regional depende do enfrentamento de desafios estruturantes como infraestrutura e logística, oferta de energia, conectividade e segurança hídrica. Ele observou que os territórios têm demonstrado clareza sobre esses gargalos e contribuído para uma visão compartilhada de futuro.

Indicadores sociais reforçam necessidade de novas oportunidades

O pesquisador da Fundace, Rosembergue Valverde, apresentou a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre 2013 e 2023, destacando avanços importantes nas áreas de educação e saúde nos cinco territórios do sul e extremo sul. Ele observou que, para consolidar esses progressos, é fundamental ampliar oportunidades econômicas e de inclusão produtiva, sobretudo para a juventude.

Prioridades estratégicas integradas ao PDI Bahia 2050

Nos debates territoriais, Litoral Sul, Baixo Sul e Costa do Descobrimento convergiram em prioridades relacionadas ao fortalecimento das micro e pequenas empresas, ao desenvolvimento agrícola sustentável e à conservação ambiental. Esses territórios também destacaram o papel do turismo, da cultura e da economia solidária na dinamização econômica, além da importância de ampliar o acesso a serviços públicos essenciais, como saúde, e estruturar modelos de governança colaborativa para qualificar a participação social.

No Extremo Sul e no Vale do Jiquiriçá, as discussões enfatizaram a sustentabilidade do financiamento das políticas públicas, o acesso ampliado à saúde e o fortalecimento da agricultura familiar como eixo estruturante. Esses territórios também reforçaram a necessidade de fomentar inclusão produtiva, valorizar a cultura e a memória regional e impulsionar iniciativas econômicas integradas, com o turismo se consolidando como vetor de desenvolvimento em ambos os contextos.

Compromisso com o desenvolvimento regional

O seminário contou ainda com a presença da assessora especial do governador, Adélia Pinheiro, dos prefeitos de Barro Preto, Juraci Dias, e de Almadina, Marciel Pinheiro, além de secretários municipais, a exemplo do secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Itabuna, João Carlos Oliveira, de representantes de colegiados territoriais, universidades, consórcios públicos e organizações da sociedade civil. A participação das diferentes instâncias de governo e da sociedade reforçou o compromisso coletivo com a construção de um planejamento estratégico de longo prazo que reflita as demandas, potencialidades e desafios do Sul e Extremo Sul da Bahia.

Fonte: Ascom/Seplan-BA


Comissão de Educação promove audiência sobre a Marcha das Mulheres Negras



Às vésperas do Dia da Consciência Negra, mulheres negras de diversos movimentos e setores da sociedade baiana se reuniram em audiência pública, realizada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, para discutir e elaborar uma agenda de demandas e lutas a serem levadas à Marcha das Mulheres Negras que vai acontecer no dia 25 deste mês, em Brasília.

O evento, focado na perspectiva das políticas públicas de educação, cultura, ciência e tecnologia e dos serviços públicos, foi proposto e coordenado pela presidente do colegiado, deputada Olívia Santana (PC do B). A parlamentar ressaltou a importância de receber as mulheres negras baianas na Casa do Povo, para ouvir suas agendas, antes da marcha do segmento na capital brasileira levando, ao Congresso Nacional e ao presidente Lula, uma agenda de reivindicações. “É uma marcha por direitos, de vida digna contra os feminicídios, contra a morte dos nossos filhos nas favelas, nas periferias. Queremos uma política de vida, não uma política de chacina, de morte, de desemprego, de vida precária. Então, as mulheres negras vão dar o grito pela nossa liberdade plena”.

Durante a audiência, diversas questões foram colocadas, a exemplo dos problemas enfrentados pelas baianas de acarajé, com relação à aquisição do azeite de dendê, imprescindível na comida baiana, cuja produção na Bahia figura em menos de 2%, e o ingrediente tem que ser adquirido do Pará. Já Rita Santos, presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingaus, Receptivos e Similares (Abam), falou sobre a ocorrência de mortes das profissionais, provocadas pela exposição à fumaça despendida pelo azeite. “Nós estamos morrendo de câncer de pulmão, por conta do dendê que estamos utilizando, em mês de abril, perdemos cinco baianas”, lamentou.

Chefe de gabinete da Sepromi, Daniele Costa reconheceu a necessidade do momento de escuta das áreas em que o Estado precisa avançar, para fazer valer as demandas do maior segmento da população baiana. Sobre a violência que atinge a juventude negra, ela destacou o empenho do Governo da Bahia com a apresentação do Plano de Redução da Letalidade Policial, “que precisa ser mais debatido, para que saia do documento para a materialidade da ação da polícia nas periferias”, a meta de utilização das câmeras nas operações e o Comitê da Paz, cuja agenda objetiva a potencialização e fortalecimento da juventude negra.

CONCENTRAÇÃO FUNDIÁRIA

Para Lucinha do MST, um dos maiores desafios a ser enfrentado pela população negra – especialmente pela mulher negra, que em geral é a chefe de família -, é o enfrentamento à grande concentração fundiária no país, que acaba empurrando as famílias para os piores lugares. Ela ressaltou os avanços conquistados nos assentamento, com o reconhecimento de áreas, mas lamentou a demora para a efetivação das políticas.

Um dos caminhos, segundo ela, é alterar a concentração da propriedade, “porque quem tem é quem não precisa dela” e ajudar o governo na elaboração das políticas públicas, “entendendo a nossas diversidades nos assentamentos, nas aldeias indígenas, nos quilombos, nos bairros periféricos, onde as realidades são diferentes. Nossa mobilização nos ajudará e apontará caminhos”.

Ednólia Mendes, comerciante da feira de São João Joaquim, enfermeira e estudante de Direito, falou sobre o tratamento dado ao segmento, com a falta de apoio e estrutura para trabalhar. “Uma categoria que tem uma história nesse nosso país, uma história de construção, uma história na economia, e até hoje é vista de forma muito desigual”, disse.

Na opinião de Ednólia, houve conquistas, mas poucas, “porque a gente precisa ter um olhar mais voltado para essas mulheres na questão da saúde, da qualidade de vida, do amparo aos seus filhos, porque, queira ou não, é uma categoria diferenciada. É uma mulher que, muitas vezes, faz trabalho braçal, sustenta a casa”, pontuou.

PROPOSTAS

Após as falas dos participantes, foram sistematizadas propostas que serão encaminhadas à Marcha das Mulheres Negras em Brasília. Elas demandaram políticas de reflorestamento do dendê, para aumentar a produção do azeite na Bahia, material fundamental para a garantia da sobrevivência das baianas de acarajé e dos terreiros de candomblé e para a elaboração da comida típica baiana; a realização de pesquisa pela Fiocruz sobre a saúde das baianas de acarajé, sobretudo em relação ao impacto da fumaça do óleo queimado no surgimento de doenças respiratórias; a implantação urgentemente da Frente Parlamentar de Apoio ao ofício das Baianas de Acarajé na Assembleia Legislativa; efetiva política de titulação de terras quilombolas e de reforma urbana, com regularização fundiária e reurbanização nas favelas e comunidades nas cidades e no campo, preferencialmente sob a responsabilidade das mulheres chefes de família.

Elas também reivindicaram políticas de enfrentamento aos feminicídios, de educação para a igualdade de gênero e de amparo às crianças órfãs do feminicídio; a aprovação do projeto Ana Luiza de apoio às famílias das vítimas inocentes de operações policiais letais; políticas públicas de comunicação antirracista e de enfrentamento às desigualdades de gênero; de ampliação da representação das mulheres negras nos espaços de poder; pela aprovação da PEC 27, que prevê um fundo de 20 bilhões para investimento em projetos de enfrentamento ao racismo estrutural e promoção de melhores condições de vida para a população negra no Brasil; mais investimento na saúde das mulheres negras e na conscientização e reeducação antirracista dos profissionais de saúde; e a incorporação do Movimento de Mulheres Negras no Fórum Estadual de Educação, para acompanhar na elaboração do planos estadual e nacional de Educação.

A mesa dos trabalhos foi composta pela vereadora de Lauro de Freitas, Luciana Tavares; a presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingaus, Receptivos e Similares (Abam), Rita Santos; a socióloga, cientista política e chefe de gabinete da Sepromi, Daniele Costa; a ex-deputada Lucinha do MST; a vice-presidente estadual da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Andreia Almeida; a coordenadora do Movimento Negro Unificado na Bahia (MNU-BA), Samira Soares; a representante do Instituto das Mulheres Negras Luiza Mahin, Tatiane Anjos; a feirante da Feira de São Joaquim, Ednólia Mendes, a integrante do Quilombo do Engenho da Ponte, de Cachoeira, Maria Abade; e as representantes da Cooperativa de Coleta Seletiva, Processamento de Plástico e Proteção Ambiental (Camapet), Jeane e Michele Almeida.



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Antonio Henrique propõe ambulatório para doença falciforme em Barreiras



O oeste da Bahia pode se tornar um polo regional no diagnóstico e na prevenção de complicações graves da doença falciforme. É o que defende o deputado Antonio Henrique Júnior (PP), que apresentou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma indicação ao governador Jerônimo Rodrigues solicitando a implantação de um ambulatório para realização do exame de Doppler Transcraniano (DTC) na unidade da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) em Barreiras.

A doença falciforme é a hemoglobinopatia hereditária mais prevalente no Brasil e apresenta alta incidência na Bahia. Entre suas complicações mais severas — especialmente na infância — está o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que pode causar sequelas irreversíveis ou levar ao óbito.

Segundo ele, o DTC é considerado padrão-ouro internacional para identificar o risco de AVC em crianças com doença falciforme. “Incorporado às diretrizes do Ministério da Saúde, o exame é rápido, não invasivo, de baixo custo e essencial para determinar quem necessita de terapias preventivas”, contou o deputado. Estudos e protocolos oficiais indicam que o rastreamento precoce por meio do DTC, aliado ao tratamento adequado, pode reduzir em até 90% a incidência de AVC nesse público.

Antonio Henrique Jr. explicou ainda que, a unidade da Hemoba em Barreiras atende mais de 26 municípios do oeste e acompanha 718 pacientes com hemoglobinopatias. Estimativas locais apontam que entre 250 e 300 crianças, de 2 a 16 anos, precisam anualmente de rastreamento preventivo com Doppler Transcraniano. “Atualmente, a ausência do DTC na rede pública regional força os pacientes a percorrer longas distâncias até Salvador, impondo deslocamentos onerosos e fisicamente exaustivos”, afirmou.

“Essa dificuldade logística muitas vezes inviabiliza o acompanhamento contínuo, expondo a população a riscos evitáveis de graves sequelas neurológicas, diminuição da qualidade de vida ou, em casos extremos, morte. Além disso, a falta de prevenção resulta em custos muito maiores ao sistema de saúde, com internações e reabilitação.”

O parlamentar acrescenta que a instalação do equipamento e a criação do ambulatório representam um avanço essencial para o adensamento tecnológico da unidade e para a interiorização da assistência especializada. “A medida fortalece a equidade no cuidado e concretiza a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. Assim, será possível garantir decisões clínicas mais precisas e melhorar significativamente os desfechos em saúde para centenas de crianças e suas famílias no interior do Estado”.



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Governo do Estado entrega Coletivo Bahia pela Paz na Liberdade e fortalece cuidado com juventude negra


Governo do Estado entrega Coletivo Bahia pela Paz na Liberdade e fortalece cuidado com juventude negra
Governo do Estado entrega Coletivo Bahia pela Paz na Liberdade e fortalece cuidado com juventude negra

Foto: Joá Souza/GOVBA

Com maior parte da população  afrodescendente, o bairro da Liberdade, em Salvador, agora conta com um Coletivo Bahia pela Paz, não apenas um espaço físico, mas um território de acolhimento, escuta qualificada e construção de projetos de vida. O equipamento, entregue pelo governador Jerônimo Rodrigues nesta quarta-feira (19), integra as ações do Novembro Negro e oferece atendimento psicossocial, acompanhamento familiar, formação cidadã, articulação com serviços públicos, além de programas de esporte, cultura, lazer e qualificação profissional. O ato contou também com a participação do vice-governador Geraldo Júnior, do secretário da SJDH, Felipe Freitas, do secretário de Segurança (SSP), Marcelo Werner e outras autoridades.

“A Liberdade é um bairro estratégico, importante, de população negra, marcado pela cultura. E fazer essa entrega na véspera do 20 de novembro é simbólico. Teremos aqui como marca forte do conceito de coletivo, além de polícia e segurança pública, nós estamos falando da nossa responsabilidade com a cultura”, afirmou o governador.

O objetivo do novo Coletivo é garantir que a juventude negra, entre 12 e 29 anos, tenha tempo, lugar e ferramentas para construir um futuro digno. “Esse compromisso do poder público com nosso bairro é maravilhoso. Aqui onde a população negra prevalece. Que bom termos esse coletivo”, pontuou a moradora do bairro, Angélica Maria de Matos.

Política pública para vidas negras

O Coletivo Bahia pela Paz é uma política de Estado para o enfrentamento da violência e da exclusão juvenil, concentrando-se especialmente em territórios marcados pelo racismo estrutural e pela vulnerabilidade social. O programa é regulamentado pela Lei Estadual nº 14.730/2024 e o trabalho é conduzido por uma equipe multidisciplinar – psicólogo, assistente social e educador, em colaboração com várias secretarias estaduais.

“Esse coletivo é mais um dos 24 coletivos que vão ser inaugurados na Bahia até 2026, mais de 10 cidades do estado da Bahia que vão ser contempladas pelo Bahia Pela Paz, numa iniciativa que articula educação, cultura e direitos humanos a favor da prevenção à violência”, ressaltou o secretário Felipe Freitas.

O protagonismo juvenil é estimulado não apenas pelo atendimento, mas também pela participação ativa dos próprios jovens na construção de diagnósticos e ações dentro do bairro. São eles que indicam caminhos, identificam problemas e articulam soluções em parceria com profissionais e lideranças, ajudando a desenhar atividades, cursos, rodas de conversa e intervenções que dialogam diretamente com a realidade da Liberdade.

Coletivos em funcionamento

Atualmente, 12 Coletivos Bahia pela Paz já estão em funcionamento em diferentes municípios do estado. Até o final de 2026, a previsão do programa é alcançar a marca de 24 unidades implantadas, ampliando ainda mais a oferta de acolhimento, promoção da cidadania e garantia de direitos para milhares de jovens e famílias em situação de vulnerabilidade em toda a Bahia. A expectativa é que o reflexo seja sentido especialmente na segurança pública.

Repórter: Joci Santana/GOVBA