Categoria: Bahia

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (Iceb), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -127 pontos em maio, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – indicando, assim, um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da 16ª pontuação abaixo de zero em sequência, mas se configura como o maior patamar do ano.
No mês, ao registrar -127 pontos, o Iceb indicou avanço da confiança em relação a abril (quando o indicador marcou -174 pontos). A alta em comparação ao mês imediatamente antecedente foi de 47 pontos – suficiente, portanto, para mais que compensar a queda captada em abril (recuo de 31 pontos).
O progresso da confiança de abril a maio não aconteceu de forma generalizada, visto que a Indústria expressou recuo. Por outro lado, o setor de Serviços apresentou a maior expansão.
Nenhum dos quatro setores assinalou pontuação superior a zero. Os resultados foram: Agropecuária, -85 pontos; Indústria, -159 pontos; Serviços, -120 pontos; e Comércio, -128 pontos. Enquanto o segmento de Agropecuária foi o de maior pontuação, a atividade de Indústria registrou o menor nível de confiança.
Do conjunto avaliado de assuntos, os temas crédito, juros e situação financeira foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis PIB nacional, emprego e abertura de unidades apresentaram os indicadores de confiança em situação menos desfavorável no mês.
Assim, conforme Luiz Fernando Lobo, especialista em produção de informações da SEI, “em maio, ao se mostrar mais favorável do que em qualquer outro mês do ano, a percepção do empresariado baiano quanto ao futuro começou a delinear uma trajetória ascendente, mas ainda marcada por alguns alertas: confiança ainda em patamar inferior ao observado em cada um dos meses do ano passado; aumento do pessimismo em um dos setores; indicador de confiança inferior a zero em todos os segmentos; e expectativas desfavoráveis para todas as variáveis investigadas”.
O boletim completo com as análises referentes ao mês de maio de 2025 pode ser acessado no site da SEI:  https://sei.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=621&Itemid=445&lang=pt.

Desde junho de 2021, quando a Santa Casa Ruy Barbosa assumiu a gestão, foram realizados 173 mil tratamentos de hemodiálise integralmente pelo SUS

Referência em toda a Bahia, o Instituto de Nefrologia Alayde Costa (INAC) completa mais um ano de atuação sob a gestão da Santa Casa Ruy Barbosa, iniciada em junho de 2021. Com um modelo de assistência que unifica tecnologia, estrutura e, principalmente, cuidado humanizado, o INAC tem se consolidado como centro de tratamento de doenças renais em Salvador e no estado. Atualmente, 48% dos pacientes da capital e 14% da Bahia encontram no instituto um espaço de cuidado à vida.

Em quatro anos, a instituição realizou 173 mil tratamentos de hemodiálise – todos integralmente pelo SUS, beneficiando cerca de 3.600 pacientes com doenças renais graves e necessidade de terapia renal substitutiva. Destes, 61% eram homens e 39% mulheres; 46% adultos, com idade de 15 a 59 anos, e 54% idosos com mais de 60 anos.

Equipado com 82 leitos de enfermaria, 20 leitos de UTI, Centro Cirúrgico com atendimento em cirurgia vascular, o INAC promove o cuidado à vida, já que a hemodiálise é um tratamento vital para esses pacientes renais. A atuação garante acesso, humanização e esperança para milhares de famílias que enfrentam os desafios dessa doença silenciosa.

Além do espaço hospitalar, o instituto oferece uma clínica de hemodiálise ambulatorial com 35 pontos de diálise e capacidade para atender 210 pacientes por mês, além do ambulatório especializado para pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em estágios 4 e 5, com atendimento multidisciplinar que inclui consultas com médicos nefrologistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. A marcação dessas consultas é realizada através do Whatsapp 71 98138-0656.

“A atuação da nossa equipe multidisciplinar no ambulatório de DRC é fundamental para garantir não apenas o acesso ao tratamento, mas também o acompanhamento humanizado, respeitando a singularidade de cada paciente e suas necessidades físicas e emocionais”, destaca dra. Fernanda Albuquerque, coordenadora de Nefrologia do INAC. O objetivo é proporcionar um cuidado integral e contínuo, que vá além do tratamento técnico, priorizando a escuta, o vínculo e a qualidade de vida dos pacientes.

Ela também ressalta o diferencial da unidade: “Temos uma clínica de hemodiálise situada dentro de um hospital, uma das poucas com esse perfil no SUS na Bahia. Isso nos permite atender casos mais graves, que não seriam acompanhados em outras unidades de hemodiálise”, concluiu a nefrologista.

Programação

Para celebrar, na próxima segunda-feira (2), tem ação especial de corte de cabelo para os pacientes, com a equipe voluntária da Escola de Barbeiros Duque dos Cortes. Esta parceria já rendeu bons frutos e, agora, eles retornam ao Instituto em mais uma ação social e para celebrar este dia especial haverá o almoço especial com direito a um bolo gigante para os colaboradores e convidados.

Para fechar a semana, no domingo (8), o INAC realiza um evento técnico para debate sobre a osmose e qualidade da água em centros de hemodiálise, com palestra de Elízio Júnior, e visita técnica guiada pelo especialista em Engenharia Clínica e Enfermeira Coordenadora nefrologista do INAC.
 

Garantir uma alimentação saudável nas escolas públicas e fortalecer a agricultura familiar baiana: com esse propósito, representantes de prefeituras municipais e agroindústrias familiares se reuniram na Oficina Estadual do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), realizada nesta sexta-feira (30), no Centro de Convenções de Feira de Santana.

Com o tema “Agricultura Familiar e Municípios Unidos pela Qualidade na Alimentação Escolar”, o evento foi promovido pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e da Secretaria da Educação, com apoio da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e da Federação dos Consórcios Públicos da Bahia (FEC Bahia).

O encontro teve como objetivo alinhar estratégias para ampliar a participação da agricultura familiar na alimentação escolar, promovendo geração de renda no campo e mais qualidade de vida para quem produz e para quem consome.

Fortalecimento do campo e da alimentação escolar
Para o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, o evento marca um importante momento de integração entre educação e agricultura.“A Oficina Estadual do PNAE está discutindo os avanços e os desafios que ainda precisamos superar na alimentação escolar com produtos da agricultura familiar. Um grande encontro de ideias e motivações para garantir que esses alimentos cheguem às escolas de todo o estado.”

A secretária da Educação da Bahia, Rowenna Brito, reforçou o compromisso do Estado com a alimentação saudável. “É uma alegria debater a alimentação escolar vinda da agricultura familiar, aproximando ainda mais os agricultores das unidades escolares. Já adquirimos 100% da alimentação da rede estadual via PNAE da agricultura familiar, mas queremos ampliar ainda mais esse alcance.”
Ela informou que o orçamento da alimentação escolar estadual é de R$ 500 milhões, e a meta é utilizar todo esse recurso para fortalecer o campo.

Integração com municípios e cooperativas
Para Ícaro Rennê, presidente da UNICAFES-BA, a oficina também serviu como um canal de conexão entre agroindústrias e gestores públicos. “Queremos construir uma relação ganha-ganha, em que as cooperativas da agricultura familiar possam alcançar as escolas estaduais e municipais com seus produtos.”

Já Fred Jordão, diretor comercial da Cooperativa de Produção Agropecuária de Giló e Região (Coopag), destacou a relevância econômica do programa. “Garantir essas vendas significa garantir a autonomia e a renda de agricultores e agricultoras familiares. Inserir esses empreendimentos no PNAE é garantir também alimentação saudável nas escolas.”

A oficina se consolidou como um espaço estratégico para o fortalecimento de políticas públicas voltadas à segurança alimentar e ao desenvolvimento rural sustentável. A expectativa é de que esse diálogo entre governo, municípios e agroindústrias resulte em mais alimentos frescos e saudáveis nas escolas, e em mais dignidade e renda para quem vive e produz no meio rural.

Fonte: Ascom/CAR
 

Após três dias de troca de experiências acerca de modelos de governança multinível e de debates sobre os desafios da organização dos sistemas de saúde, representantes de 12 países que participaram do seminário internacional “Governança e redes integradas de atenção à saúde em países federativos e descentralizados: experiências, trajetórias e lições para as políticas de saúde”, conheceram, nesta sexta-feira (30), duas unidades de saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

Durante as visitas, os pesquisadores, gestores e integrantes da sociedade civil puderam conhecer os modelos de atenção e de gestão do Hospital Mont Serrat – Cuidados Paliativos e da Policlínica de Saúde de Narandiba, ambos em Salvador.

No hospital, o primeiro do Brasil dedicado exclusivamente à especialidade, os participantes conheceram diversas áreas da unidade e tiveram acesso a informações sobre o funcionamento da unidade. Com 70 leitos, sendo sete pediátricos, o hospital já teve mais de 500 admissões desde a sua inauguração, em 31 de janeiro de 2025. Ao todo já foram mais de 13.460 atendimentos multiprofissionais.

Roberta Sampaio, integrante da coordenação executiva da Sesab, explica que a visita às unidades integra as atividades do seminário. “Estamos fechando hoje o encontro que começou na terça, apresentando os serviços para que os participantes enxerguem na prática o que foi dito nas discussões sobre as experiências da Bahia”, afirmou.

“Na policlínica, além do modelo de gestão de Salvador, que é coordenado pelo Estado, pudemos conversar sobre a gestão das 24 policlínicas instaladas no interior, feita de forma consorciada entre municípios e Estado”, destacou Roberta Sampaio. Na unidade, os participantes também conheceram as instalações e entenderam como se dá o acesso dos pacientes aos serviços.

Para Ernesto Bascolo, chefe da Unidade de Atenção Primária à Saúde e Serviços Integrados de Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com base em Washington, D.C, a experiência foi impressionante para todos os membros do seminário. “Pudemos compartilhar experiências sobre regionalização e sobre a configuração de redes de assistência. Esta visita complementa uma discussão que tivemos em termos teóricos sobre a conformação de redes de serviços de saúde. Pudemos aprender muito com experiências concretas da Bahia”, afirmou.

Realizado em Salvador de terça-feira (27) até esta sexta-feira (30), o seminário internacional foi promovido pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), com o apoio da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com participação do Ministério da Saúde do Brasil e entidades representativas do controle social e da gestão do SUS.