A exposição “Quando a Cor Floresce” inaugurou, nesta segunda-feira (29), a semana cultural da ALBA, trazendo 13 obras da artista plástica Rosa Rocha para o Espaço Josaphat Marinho, da Assembleia Legislativa da Bahia. Composta na técnica óleo sobre tela com espátula, a mostra representa “o desabrochar da natureza, o encanto do detalhe e a delicadeza da vida em movimento”, revela a artista, acrescentando que o abstrato que marca seu trabalho, por sua vez, expressa “aquilo que não pode ser dito em formas definidas, mas que pulsa no íntimo, no invisível e na emoção”.
Com formação em Educação, Rosa nutria o sonho da pintura desde criança, impulsionada por uma tia que vislumbrou seu talento para a arte. Nascida em Gandu, ela estudou como interna durante nove anos na Escola Taylor-Egídio, em Jaguaquara, e frequentar a Escola de Belas Artes em Salvador era uma realidade distante. O magistério, na época, era “a profissão mais viável para as moças”, relembra Rosa Rocha, que só veio a cursar a Universidade Federal da Bahia depois dos 47 anos, quando se aposentou.
Na Escola de Belas Artes, ela se apaixonou pela escultura, mas a logística e o alto custo a fizeram desistir. A pintura, pela praticidade, mostrou-se mais viável. Rosa não concluiu o curso, mas garante que isso não afetou sua trajetória nem os estudos em cursos livres. Sua primeira exposição aconteceu em 1997, ainda estudante, no Banco do Brasil do Shopping Itaigara. Na ALBA, não é a primeira vez que a artista expõe, um espaço que ela “ama” e considera glamouroso, em especial pela integração do Saguão com a Praça David Lavigne, que “inspira e enriquece” o artista.
“Quando a Cor Floresce”, complementa Rosa Rocha, traduz o “instante de revelação, quando a cor deixa de ser apenas pigmento e passa a ser energia, sentimento e memória. É nesse momento que a arte toca o espectador, porque cada cor que desabrocha pode despertar sensações únicas em quem a contempla”. A artista deseja que cada visitante encontre “nessa força e vibração das cores o seu despertar interior, como se também pudesse florescer junto com as telas”.
A exposição segue em cartaz até a próxima sexta-feira (3), e quem adquirir uma obra recebe Certificado de Autenticidade com garantia de 10 anos.
nampa.
Comentários