O deputado Radiovaldo Costa (PT) apresentou na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma moção de aplausos ao Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Químico, Petroquímico, Plásticos, Fertilizantes e Terminais Químicos do Estado da Bahia (Sindiquímica), em memória e reconhecimento pelos 40 anos da greve de 1985 no Polo Petroquímico de Camaçari, “e da relevante contribuição dos trabalhadores e trabalhadoras para a continuidade desta luta”.
No documento, ele aponta a greve como uma das “mais significativas da história do movimento sindical brasileiro”, lembrando que a paralisação suspendeu, por 16 dias, as atividades do maior complexo industrial de seu gênero no país.
“Essa greve representou um marco na resistência contra o autoritarismo herdado do regime militar, transcendendo as reivindicações econômicas para afirmar a luta pela dignidade operária, pelo direito à representação sindical legítima e por melhores condições de trabalho”, destacou o deputado.
Radiovaldo defendeu o “direito à memória” ao resgatar a trajetória dos grevistas que, segundo ele, enfrentaram com coragem “a violenta repressão policial”, as demissões em massa e a inclusão em listas negras que impediram a recontratação no setor, “resultando em graves prejuízos materiais e violação da dignidade dos trabalhadores”.
Ainda assim, afirmou, o movimento manteve-se “com firmeza e coesão em sua luta, demonstrando um exemplo de coragem, organização e solidariedade de classe, forjando uma identidade coletiva que redefiniu as relações de trabalho no Polo e inspirou gerações futuras”.
O parlamentar lembrou ainda que, após décadas de batalha judicial, a maioria dos trabalhadores foi reconhecida como anistiada política, com reparações econômicas e trabalhistas, “graças à atuação incansável da Comissão de Anistiantes do Sindiquímica e à resistência do movimento”.
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