Ao se congratular com a população de Pedrão pelos 63 anos de emancipação política, que serão comemorados no dia 12 de julho, a deputada Ludmilla Fiscina (PV) destacou a rica história do município. Em moção apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), ela relembrou marcos da fundação da cidade, situada a 131 quilômetros de Salvador. “É importante registrar e valorizar a memória do município de Pedrão, cuja história remonta ao século XVIII e contribui para a identidade do povo baiano”, afirmou.
No texto, a deputada resgata os primeiros registros da ocupação do território, com a chegada da família de Francisco Ferreira de Moura e Maria Mendes Bezerra. Segundo ela, foi esse núcleo familiar que ergueu a primeira casa da localidade — um sobrado construído com o sacrifício de pessoas escravizadas — e, em 1779, a primeira capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, onde hoje se localiza o cemitério da cidade.
Três anos depois, em 1782, começou a construção da atual Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus. Na mesma época, foram erguidos dois sobrados, um deles por Miguel Mendes, responsável também pelo primeiro plantio de cana-de-açúcar da região, que se estendia da Fazenda Iaçu até a Fazenda América.
O cultivo impulsionou a instalação de dois engenhos de açúcar: o primeiro na Fazenda América, em 1783, e o segundo na Fazenda Iaçu, em 1803. Esses marcos, segundo a deputada, ajudam a entender a formação econômica e cultural do município, cuja trajetória antecede em quase dois séculos sua emancipação política oficial.
Com população estimada em 6.235 habitantes, segundo o Censo de 2022, Pedrão tem seu território dividido com os municípios de Aramari, Coração de Maria, Irará, Ouriçangas e Teodoro Sampaio. Ao concluir a moção, Ludmilla Fiscina pediu ainda que o registro da homenagem seja encaminhado ao prefeito de Pedrão, ao presidente da Câmara Municipal e aos demais vereadores do município.
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