O deputado Luciano Simões Filho (UB) condenou o episódio em que um aluno da Ufba xingou, em uma reunião virtual ocorrida no dia 6 de outubro, a professora de Juliana Damasceno, docente da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ele definiu o ato como “covarde, misógino e repulsivo”, registrando sua solidariedade à profissional em moção na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
“Chamar uma professora de ‘vadia’ é mais do que um insulto: é um ato de violência simbólica e moral; é um atentado contra a dignidade da mulher; é uma afronta aos valores humanos que devem nortear toda convivência acadêmica e social”, disse o parlamentar, acrescentando ser “revoltante, inconcebível e vergonhoso” que, dentro de uma instituição que forma juristas, defensores da justiça e do Estado Democrático de Direito, tenha se praticado uma agressão verbal tão baixa e carregada de ódio de gênero.
O deputado elogiou a professora – “uma mulher brilhante, exemplar e admirada, com quem tive o privilégio de conviver durante nossa formação na Faculdade de Direito da UFBA” – lembrando que a mesma foi aluna laureada e oradora da turma, com “uma trajetória marcada pelo esforço, pela inteligência e pela postura ética impecável”, tipo de pessoa “que dignifica a universidade e engrandece o ensino jurídico”.
Para o legislador, a misoginia é uma chaga social que precisa ser exposta e combatida com rigor, ratificando que “a professora Juliana Damasceno merece, de todos nós, solidariedade, respeito e justiça”. O deputado também expressou apoio e admiração à vice-diretora da Faculdade de Direito, professora Mônica Aguiar, por tornar pública a denúncia, e anotou que a Ufba “tem o dever moral e institucional de agir com firmeza, garantindo que esse episódio não passe impune e que as mulheres daquela casa voltem a se sentir seguras e respeitadas”.
Por fim, Luciano Simões Filho ressaltou que o fato carrega o peso histórico do machismo estrutural que há séculos tenta calar, diminuir e desautorizar a voz feminina: “Em nome do mandato que exerço e do compromisso com a ética e a justiça, deixo aqui a minha voz — uma voz de repúdio, de solidariedade e de luta. Porque quando uma mulher é agredida, todas as mulheres são feridas. E quando o respeito é ultrajado, a sociedade inteira retrocede”.
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