Legislativo presta homenagem ao Grupo Novonor e à Fundação Odebrecht

O plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) foi palco, na manhã desta quinta-feira (9), de uma sessão especial em homenagem ao 80º aniversário de fundação do Grupo Novonor e aos 60 anos de atuação da Fundação Norberto Odebrecht (FNO). A solenidade, uma iniciativa do deputado Eduardo Salles (PP), reuniu um grupo de notáveis para celebrar o legado do fundador da empresa e o impacto das organizações na infraestrutura e no desenvolvimento social, especialmente na Bahia.

A sessão especial marcou a data de nascimento de Norberto Odebrecht (in memoriam), engenheiro e empresário que deu vida às duas instituições. Os discursos na tribuna destacaram a importância da trajetória do Grupo Novonor, que, apesar das turbulências recentes, tem demonstrado um forte compromisso com a integridade, a boa governança e a recuperação, reafirmando sua atuação em diversos setores da economia e da infraestrutura.

Em seu pronunciamento, o deputado Eduardo Salles destacou a importância de reconhecer a contribuição da empresa e de seu fundador. “Hoje é um dia de grande alegria para a ALBA. Por proposição nossa e aprovação da presidente Ivana Bastos, estamos realizando uma justa e importante sessão especial pelos 80 anos do Grupo Novonor e 60 anos da Fundação Norberto Odebrecht”, afirmou o parlamentar.

Em seguida, o deputado enfatizou a origem e o alcance global do Grupo. “O grupo Odebrecht, hoje Novonor, possui DNA baiano e reconhecimento global. A empresa, fundada em 1944 pelo visionário Norberto Odebrecht, transformou-se em uma gigante da infraestrutura mundial, tendo, inclusive, liderado rankings internacionais e executado obras em diversos continentes. É uma das poucas marcas baianas que estão no mundo”.

Eduardo Salles ligou o investimento em infraestrutura ao desenvolvimento soberano. “Investir em infraestrutura não é apenas construir estradas, portos, ferrovias, pontes ou redes de energia. É gerar empregos, movimentar a economia, reduzir desigualdades regionais, integrar o território nacional e garantir que os cidadãos tenham acesso a serviços essenciais”, disse. Ele foi enfático na defesa da engenharia nacional. “Um país que depende de tecnologia e de empresas estrangeiras para realizar suas obras estruturantes abre mão de sua autonomia. O Brasil não pode abdicar da capacidade de planejar, projetar e executar suas próprias soluções para seus próprios desafios”.

O proponente da sessão exaltou também a capacidade técnica da empresa. “A história nos mostra que nenhum país se desenvolveu de forma sustentável sem uma engenharia forte e sem obras estruturantes. Hoje, a sociedade brasileira, e em especial a baiana, reconhece a enorme capacidade técnica da Odebrecht, que há mais de 40 anos atua internacionalmente e é reconhecida no planeta como detentora de uma engenharia técnica superior, sempre inovando com métodos construtivos vanguardistas”.

Os demais oradores da solenidade ecoaram o reconhecimento ao legado e à nova fase do Grupo. Marcelo Gentil, coordenador de relações institucionais da Novonor, sublinhou a identidade da companhia. “Somos um grupo empresarial orgulhosamente baiano, com atuação global há mais de quatro décadas. Quando o setor produtivo prospera, o país cresce com dignidade, autonomia e orgulho, transformando riqueza em oportunidades para todos. Continuamos sendo a maior construtora do Brasil”.

O deputado federal João Leão demonstrou admiração pessoal pelo fundador. “Odebrecht foi uma grande figura. Foi meu ídolo”.

Pela Fieb, Vicente Matos ressaltou que a longevidade da Novonor representa a capacidade de sonhar. “Oito décadas de existência representam mais que a longevidade de uma organização. Representam a capacidade de sonhar grande, de ousar em tempos incertos, de superar desafios e, sobretudo, de construir. Construir não apenas obras de engenharia, mas também relações de confiança, parcerias de longo prazo e um legado que ultrapassa fronteiras”.

Norberto Odebrecht Neto trouxe um olhar familiar, descrevendo o fundador em um tom mais íntimo. “É um dia simbólico para todos nós da família. Mostrou como ele era na família. Era atencioso, carinhoso, aventureiro e engraçado. Deixou um enorme legado para toda nossa sociedade que é tão vivo até o dia de hoje”, afirmou.

COMPROMISSO SOCIAL

Um dos pontos centrais da solenidade foi a atuação da Fundação Norberto Odebrecht. Criada em 1965, a FNO concentra seus esforços em iniciativas de educação e desenvolvimento sustentável, com projetos que já impactaram mais de 700 mil pessoas, sobretudo em comunidades de baixa renda no Baixo Sul da Bahia.

Cristiane Nascimento, representante do Grupo, destacou a essência da instituição. “Essa instituição carrega em seu DNA o compromisso com o desenvolvimento humano, social e sustentável. Ao longo de seis décadas, a Fundação tem sido um exemplo de solidez e compromisso com causas sociais importantes para o nosso país, expressando a responsabilidade social da Novonor S.A., de seus acionistas e das empresas controladas ou coligadas. São 60 anos de contribuição à Bahia, ao Brasil e à construção de um mundo mais justo e sustentável”, garantiu.

O agricultor Jailton Ribeiro, proveniente do município de Presidente Tancredo Neves e beneficiário dos projetos de educação e desenvolvimento rural da FNO, emocionou os presentes ao testemunhar a transformação que o investimento social da Fundação proporcionou à sua vida e à sua comunidade.

MESA DE HONRA

A composição da Mesa de Honra reuniu nomes importantes do cenário político, empresarial e social. O deputado Paulo Câmara (PSDB); Norberto Odebrecht Neto, membro do Conselho de Curadores da FNO e neto do fundador; Marcelo Oliveira, representando a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia; o deputado federal João Leão (PP); Marcelo Gentil, coordenador de relações institucionais da Novonor; Cristiane Nascimento, representando o Grupo Novonor; Dom Arquiabade Emanuel do Amaral; Joaquim Cardoso; Vicente Matos, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb); Humberto Miranda, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb); Clécio Fernandes, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomercio); Paulo Cavalcante; Joaci Góes, jornalista, político e empresário; Jailton Ribeiro, agricultor do município de Presidente Tancredo Neves e beneficiário da FNO; e Ângelo Calmon de Sá, ex-ministro e empresário.

 

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