Hilton lamenta morte de militante histórica do movimento negro



Em moção de pesar apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado Hilton Coelho (Psol) lamentou a morte de Assata Shakur, militante histórica do movimento negro norte-americano. A ativista faleceu no último dia 25 de setembro em Havana, Cuba, aos 78 anos de idade.

Conforme ressaltou o parlamentar, JoAnne Deborah Byron, conhecida como Assata, dedicou sua vida à luta contra o racismo estrutural, a violência policial e o imperialismo norte-americano. “Integrante do Partido dos Panteras Negras e do Exército de Libertação Negra, foi perseguida, criminalizada e condenada por um sistema judicial marcado pela seletividade penal e pelo racismo institucional. Sempre afirmou sua inocência, denunciando a farsa judicial que a condenou e o caráter político de sua prisão”, observou.

Ainda em sua moção, Hilton Coelho relatou que Assata escapou do cárcere injusto em 1979, quando encontrou asilo político em Cuba, onde viveu até seus últimos dias. “Ela se tornou um símbolo mundial da resistência negra e da luta anticolonial. Em sua trajetória, enfrentou um dos estados mais repressivos do mundo e transformou sua existência em exemplo de coragem, dignidade e insubmissão”, descreveu o legislador.

Assim, frisou o deputado, a morte de Assata Shakur não representa o fim de uma história. “É a confirmação de um legado que segue vivo nas lutas dos povos negros em todo o mundo. Sua vida nos ensinou que resistir é um dever histórico”, concluiu Hilton Coelho.



Fonte