A Universidade Federal da Bahia (Ufba) realizou nesta quarta-feira (04/06/2025) a exibição do documentário Inspirações que vêm do Fundo, que aborda as ações do projeto Fundo da Folia, dedicado à limpeza do fundo do mar na orla Atlântica e na Baía de Todos-os-Santos. A sessão ocorreu no auditório da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, no campus de Ondina, seguida de roda de conversa com a equipe de produção e especialistas ambientais.
Com duração de 38 minutos, o documentário reuniu estudantes dos cursos de veterinária, biologia, zootecnia e oceanografia, além de representantes da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), da Ufba, do Instituto Baleia Jubarte e do próprio projeto Fundo da Folia.
A atividade integra a programação da Semana do Meio Ambiente em Salvador, evidenciando a cooperação entre poder público, universidades e sociedade civil em iniciativas de sustentabilidade ambiental.
João Resch, diretor do Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural (Savam) da Secis, ressaltou a relevância do projeto Fundo da Folia e sua relação com a criação do Parque Marinho da Barra.
“Eles foram os precursores responsáveis pela criação desse parque, pois o trabalho deles provocou o município para o desenvolvimento desse projeto. Além disso, é mais um incentivo ao mergulho, à educação ambiental, à preocupação com a fauna e a flora do Parque Marinho, que também é um sítio histórico, com seus naufrágios. Por conta de tudo isso, é muito importante divulgar, expandir e ampliar esse trabalho, para alcançar um número maior de cidadãos e democratizar cada vez mais essas informações”, afirmou Resch.
Ticiana Schindler, produtora e diretora do documentário, destacou o objetivo de ampliar a visibilidade das ações voluntárias realizadas pelo Fundo da Folia.
“É um trabalho voluntário, que atua na limpeza do fundo do mar da Baía de Todos-os-Santos. E esse documentário narra a história desse projeto, de como ele funciona e busca inspirar e influenciar outras pessoas. E é justamente nesse gesto de inspirar a sociedade que torna isso importante”, declarou.
Bernardo Mussi, idealizador do Fundo da Folia, comentou o alcance esperado do filme, que surgiu a partir de manifestações artísticas vinculadas ao projeto.
“O documentário teve origem a partir do trabalho do Fundo da Folia, com ações envolvendo música, artes plásticas, poesia, trabalhos acadêmicos, todos inspirados nessas ações. Esperamos causar grande impacto, porque é um documentário que vai penetrar no grande público através de palestras, apresentações públicas, em escolas, universidades e afins”, afirmou Mussi.
Ele ainda ressaltou o caráter educativo do Fundo da Folia:
“É preciso entender que o trabalho realizado pelo Fundo da Folia não se resume às ações de catação de lixo do fundo do mar, mas proporcionar a transformação das pessoas por meio deste processo, inspirando e educando através do exemplo, e o documentário retrata bem essa realidade.”
Gustavo Rodamilans, coordenador do Projeto Baleia Jubarte e colaborador da produção, avaliou o filme como uma forma de reconhecimento da atuação do Fundo da Folia, que completa 15 anos em 2025.
“Este registro é uma forma de conectar ainda mais as pessoas, além de divulgar ainda mais nosso Parque Marinho. Os oceanos e mares são nossos, então precisamos fazer esse trabalho de educação ambiental, para que seres humanos e animais possam viver nestes mares mais limpos”, concluiu Rodamilans.
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