Economistas reduzem previsão de inflação, PIB e dólar para este ano

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‘Brasil precisa abrir os olhos e mostrar um cartão vermelho aos chineses’, diz bilionário da mineração

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China admite ampliar compra de soja dos EUA e liga alerta no Brasil

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Campos Neto diz não ver hoje capacidade de o País ter taxa de juros muito abaixo do nível atual



Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil/Arquivo
O ex-presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto 25 de agosto de 2025 | 17:45

Campos Neto diz não ver hoje capacidade de o País ter taxa de juros muito abaixo do nível atual

O ex-presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 25, que não acredita que o Brasil tenha capacidade de ter uma taxa básica de juros muito abaixo do patamar atual. Durante participação no Seminário Brasil 2025 do Grupo Esfera Brasil, o ex-banqueiro central disse que a saída passa por um “choque fiscal positivo” que deve ser possibilitada por um “novo regime”.

“Um choque fiscal positivo eu poderia definir como alguma mudança na perspectiva da credibilidade fiscal … A partir de um dado momento, vai haver um novo regime, e esse novo regime com credibilidade faz com que as curvas de juros longas possam cair”, disse Campos Neto. “As curvas longas caindo, abrem espaço para a gente entrar num processo de queda de juros.”

Ele destacou que é muito difícil, utilizando a história da política monetária como contexto, visualizar o BC cortar juros quando a taxa longa está muito alta. Ele observa que, em geral, o instrumento que mede a capacidade de reduzir juros e propagar a queda ao longo da curva é justamente a sua parte longa, de modo que, se ela sobe, o espaço para cortes adicionais permanece bastante limitado.

Campos Neto ponderou que houve alguns episódios na história (2015 e 2016) em que isso aconteceu, explicando que, quando “se força” uma queda de juros com a taxa longa em alta, a queda acontece, mas depois o porcentual volta a subir, de modo que geralmente se termina em um patamar maior do que antes do início do ciclo. Por isso, ressaltou, é importante iniciar um novo ciclo com credibilidade.

“Hoje eu não vejo capacidade de o Brasil ter uma taxa de juros muito abaixo. No curto prazo, provavelmente, a gente vai poder cair os juros, mas para ter juros estruturalmente mais baixos é preciso ter um fiscal estruturalmente diferente”, continuou o ex-presidente do BC. “Quando pegamos as bases de dados de países e fazemos análise cross-section, o que vemos é cenário de crédito subsidiado bastante alto.”

Campos Neto disse que em breve os juros podem cair um pouco, mas não vai alterar a trajetória da dívida. Ele ressaltou que espera um governo com máquina e carga tributária menores, em diálogo com o Congresso Nacional e com o Supremo Tribunal Federal (STF), vide questões que podem ser “judicializadas”.

Geovani Bucci e Francisco Carlos de Assis, Folhapress



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Entidade dos EUA pede a Trump intervenção em venda de planta de níquel no Brasil para a China



Foto: Divulgação/Anglo American
Instalações da mineradora Anglo American nas imediações da cidade de Barro Alto, no estado de Goiás 25 de agosto de 2025 | 18:17

Entidade dos EUA pede a Trump intervenção em venda de planta de níquel no Brasil para a China

O Instituto Americano de Ferro e Aço (AISI) afirmou ao governo Donald Trump que a concretização da venda de plantas de níquel no Brasil para a MMG, um braço da estatal China Minmetals Corporation, daria aos chineses “influência direta” sobre grande parte das reservas internacionais e potencializaria “vulnerabilidades na cadeia de suprimentos para esse mineral crítico”.

A associação, que representa o setor do ferro e do aço nos Estados Unidos, pediu ainda que o governo americano leve à administração brasileira preocupações em relação à concretização da aquisição e aos riscos de concentração de controle de mercado.

“É essencial que o Governo do Brasil explore alternativas que preservem a propriedade orientada pelo mercado desses ativos estratégicos de níquel e garantam que o acesso futuro a esse mineral crítico continue aberto e justo”, disse o instituto, em carta endereçada ao USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA).

A manifestação da AISI foi protocolada em 18 de agosto, no âmbito de uma investigação comercial aberta pela gestão Trump contra o Brasil. O documento foi revelado pelo jornal Valor Econômico e confirmado pelo jornal Folha de S.Paulo.

“Se [a venda] for bem-sucedida, a China obterá influência direta sobre uma parte substancial das reservas de níquel do Brasil, além de sua posição dominante na produção da Indonésia, agravando as vulnerabilidades já existentes na cadeia de suprimentos desse mineral crítico”, argumentou o AISI.

A apuração do USTR mira supostas práticas injustas do Brasil nas áreas de comércio digital e serviços de pagamento eletrônico; tarifas preferenciais a outros sócios comerciais; aplicação de medidas anticorrupção; proteção da propriedade intelectual; acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal.

A investigação permitiu que até 18 de agosto empresas e associações apresentassem demandas à administração Trump sobre diversos setores no âmbito da relação bilateral com o Brasil— o que foi feito pela AISI.

A Anglo American, multinacional de origem sul-africana e britânica, decidiu vender no início deste ano sua planta de níquel em Barro Alto (GO) para a MMG. Além da unidade nessa cidade, entraram na negociação outra planta em Niquelândia (GO) e dois projetos novos de exploração, no Pará e em Mato Grosso.

O negócio avaliado em US$ 500 milhões, o equivalente a mais de R$ 2,7 bilhões, marca a entrada da chinesa MMG no mercado brasileiro de níquel, ampliando o alcance de Pequim sobre um insumo considerado vital para a transição energética.

A transação entre a Anglo American e a MMG pode virar processo em apuração pela Comissão Europeia. No Brasil, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) acaba de ser acionado.

Os riscos de uma concentração excessiva do mineral nas mãos dos chineses é o principal argumento na carta da AISI, assinada por seu presidente, Kevin Dempsey.

“As reservas globais de níquel estão concentradas em apenas alguns países, sendo a Indonésia detentora das maiores reservas, seguida pela Austrália e pelo Brasil. Como resultado de investimentos substanciais da China nas reservas e na produção de níquel na Indonésia, a China já controla uma parte significativa da produção global de níquel”, afirmou.

Ele disse ainda que as negociações no Brasil ocorrem num momento em que os EUA enfrentam “práticas distorcivas de mercado” por parte da China, especialmente na área de minerais críticos.

“Produtores americanos de aço inoxidável veem a aquisição atualmente proposta como um esforço da China para fortalecer ainda mais seu controle sobre o fornecimento global de níquel”, afirmou.

Ricardo Della Coletta/Folhapress



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Com vendas em alta, líderes do varejo nacional faturaram R$ 1,3 trilhão em 2024, aponta ranking



Foto: Divulgação
Loja do Atacadão, do Grupo Carrefour, em São Paulo 25 de agosto de 2025 | 18:45

Com vendas em alta, líderes do varejo nacional faturaram R$ 1,3 trilhão em 2024, aponta ranking

Um varejo muito pulverizado, com líderes regionais que crescem rápido e redes nacionais que se mostram resilientes a grandes solavancos macroeconômicos, como a ascendente taxa básica de juros (Selic). Essas são algumas constatações do Ranking Top 300 do Varejo Brasileiro, que será lançado na noite desta segunda (25) pelo IRTT (Instituto Retail Think Tank Brasil).

As 300 maiores varejistas do Brasil registraram faturamento de R$ 1,3 trilhão em 2024, alta nominal de 9,8% sobre o ano anterior. Na conta, entram apenas as vendas de produtos próprios, não os de terceiros —o que deixa de fora gigantes como o Mercado Livre, o maior marketplace do país. O índice de 9,8% é maior que o da média do varejo nacional, que avançou 8,2% em 2024, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os líderes do ranking são Grupo Carrefour Brasil (marcas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club), Assaí, Magazine Luiza, RD Saúde (redes Drogasil e Raia) e Grupo Boticário (dona das redes O Boticário e Quem Disse, Berenice?). Eles somaram R$ 325,9 bilhões em vendas de estoque próprio no ano passado. Juntas, essas empresas representam pouco mais de um quarto (26%) da lista do IRTT, instituto dos sócios da consultoria Varese Retail Alberto Serrentino, Eduardo Terra e Helio Biagi. O levantamento recebeu o apoio da Mastercard.

De acordo com Serrentino, o varejo como um todo avançou em 2024, apesar de certa desaceleração no segundo semestre, motivada pelo aumento da Selic. Este ano, a alta dos juros vem comprometendo em parte as vendas ou a expansão do setor.

Essa realidade foi relatada pelos presidentes de varejistas ouvidos pela reportagem no primeiro semestre deste ano, no especial Lideranças do Varejo, que entrevistou CEOs do Carrefour, Assaí, Renner, Magalu, C&A, Amazon, DPSP (Drogaria São Paulo e Drogaria Pacheco), Mercado Livre e Petz.

O CEO do Carrefour na ocasião, Stephane Maquaire, disse que poderia estar abrindo mais lojas, mas estava limitado pelo pagamento de juros. “Com a alta da Selic, gastamos mais de R$ 2 bilhões ao ano pagando juros. É muito dinheiro. Uma loja Atacadão custa, mais ou menos, R$ 60 milhões, R$ 70 milhões. São tantas lojas que não vamos abrir [cerca de 30 ao ano], por termos que pagar juros mais altos”.

Alguns varejistas regionais registram um crescimento mais acelerado que os líderes, uma vez que entendem mais profundamente o perfil e as necessidades do seu consumidor. A Pague Menos, varejista farmacêutica com presença nacional, mas 70% das lojas concentradas no Nordeste, é um exemplo dessa prática.

“O que vai determinar o cenário daqui para frente é como vão se comportar a curva de juros, a perspectiva de inflação e o impacto do que está acontecendo no mercado externo”, diz Alberto Serrentino.

O ranking do IRTT também apontou que 68 varejistas do grupo das 300 maiores empresas do setor desenvolveram projetos de inteligência artificial no ano passado, indo ao encontro de uma tendência global, já apresentada durante a NRF 2025, a megafeira do varejo realizada todos os anos em Nova York.

No Brasil, grandes varejistas como o Carrefour têm lançado mão da IA para controlar furtos, uma das dores de cabeça do setor, que consome cerca de R$ 10 bilhões ao ano, conforme pesquisa anual feita pela consultoria KPMG a pedido da Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas).

Também as grandes varejistas de moda Renner e C&A passaram a usar a IA para lançar coleções sob demanda, produzindo menos e vendendo mais, conquistando assim a redução dos estoques e maior rentabilidade. É a mesma estratégia que a asiática Shein utiliza em âmbito global.

As 300 maiores varejistas somam 80.638 pontos de venda e empregam 1,7 milhão de pessoas. Três quartos do ranking mantêm uma operação de comércio eletrônico e quase um terço (97) vendem pelo WhatsApp. Das 300, 200 vendem mais de R$ 1 bilhão por ano.

Daniele Madureira/Folhapress



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Governo federal anuncia crédito de R$ 12 bilhões para que setor industrial possa ser modernizado



Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin 25 de agosto de 2025 | 20:15

Governo federal anuncia crédito de R$ 12 bilhões para que setor industrial possa ser modernizado

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um crédito de R$ 12 bilhões para a compra de novas máquinas para o setor industrial, que já entra em vigor nesta segunda-feira (25).

Desse total, R$ 10 bilhões são do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e R$ 2 bilhões da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

Chamado de Crédito Indústria 4.0, o fundo será destinado à compra de máquinas e equipamentos para modernizar o parque industrial brasileiro.

Os juros para o crédito serão de 7,5% a 8%, além do spread. De acordo com o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a alternativa é considerada mais em conta e deve fomentar o desenvolvimento industrial e aumentar competitividade.

“Isso vem junto com depreciação acelerada. O governo está estimulando a renovação do parque industrial, do parque fabril brasileiro. Em vez de depreciar a compra de máquinas e de equipamentos em 15 anos, você deprecia em dois anos. É um forte estímulo à renovação industrial e bens e capital com juro menor”, disse ele.

O financiamento do BNDES será um misto de 60% TR (Taxa Referencial) e 40% de mercado. Já a Finep complementa a ação, alocando os R$ 2 bilhões do crédito à sua linha Difusão Tecnológica, que é exclusiva para empresas que precisem modernizar seu parque industrial localizado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“De qualquer forma, com a inflação que nós temos, essa é uma taxa de juros extremamente competitiva em qualquer economia do mundo. Então é um grande fomento, é um grande estímulo para comprar máquina”, disse o presidente do banco, Aloizio Mercadante.

A medida é resultado da Resolução nº 5.232, de julho deste ano, do CMN (Conselho Monetário Nacional), que ampliou para até 2,5% do saldo dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

O crédito também faz parte da política do Nova Indústria Brasil, política de desenvolvimento industrial do governo que completou um ano em 2025. A participação do BNDES faz parte do Plano Mais Produção, braço do programa em que instituições financeiras entram com recursos.

Mercadante aproveitou a ocasião para reforçar o pacote de apoio às empresas afetadas pelo tarifaço de 50% implantado contra produtos do Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciado pelo governo no dia 12 de agosto. Como parte o pacote, o BNDES já havia anunciado também a oferta de garantias a micro e pequenas empresas que desejarem tomar os empréstimos.

O pacote também prioriza a concessão de crédito incentivado a empresas que perderam mais de 5% do faturamento com interrupção de exportações.

Mariana Brasil/Folhapress



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Trump ameaça impor tarifas de 200% contra a China caso o país não exporte ímãs de terras raras



Foto: Reprodução/Instagram
O presidente dos EUA, Donald Trump 25 de agosto de 2025 | 20:30

Trump ameaça impor tarifas de 200% contra a China caso o país não exporte ímãs de terras raras

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira (25) a China com a imposição de tarifas de cerca de 200% sobre os produtos chineses que entrarem nos Estados Unidos caso Pequim não acelere suas exportações de ímãs de terras raras.

“Eles têm que nos dar ímãs”, afirmou Trump. “Se não nos derem, então teremos que cobrar uma tarifa de 200% ou algo assim. Mas não acho que vamos ter problemas com isso”, acrescentou o mandatário americano na presença de seu contraparte sul-coreano, Lee Jae-myung, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca.

A China é a principal produtora mundial de terras raras, utilizadas para fabricar ímãs essenciais para as indústrias automotiva, eletrônica e de defesa.

No início de abril, Pequim impôs licenças de exportação para esses materiais estratégicos, uma decisão percebida como medida de retaliação diante das tarifas americanas. Pequim e Washington embarcaram então em uma verdadeira guerra comercial, respondendo cada um aos aumentos tarifários do outro, até atingir cifras de três dígitos de ambos os lados.

Desde então, as negociações entre as duas maiores potências mundiais permitiram reduzir as tensões, e o governo chinês se comprometeu a acelerar a concessão de licenças a uma série de empresas norte-americanas.

“Acho que temos uma relação estupenda com a China, falei recentemente com o presidente Xi [Jinping] e, em algum momento do ano, deveríamos visitar a China”, disse Trump.

O presidente norte-americano acrescentou: “Eles têm algumas cartas. Nós temos cartas incríveis, mas não quero jogá-las. Se eu as jogasse, destruiria a China”.

Representantes americanos e chineses se reuniram em três ocasiões nos últimos meses a fim de resolver uma série de questões relativas às suas relações comerciais.

Após essas reuniões, ambos os países chegaram a um acordo, reduzindo temporariamente as tarifas para 30% por parte dos Estados Unidos e para 10% por parte da China. O acordo tinha validade por um período de 90 dias, que já foi prorrogado pela segunda vez até novembro.

Washington, por sua vez, já demonstrou certo descontentamento, acusando a China de retardar deliberadamente o processo de concessão de licenças para a exportação de terras raras.

Folhapress



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