Conselho Estadual de Educação aprova resolução para a Educação Infantil no Dia Nacional da Educação Infantil


Conselho Estadual de Educação aprova resolução para a Educação Infantil no Dia Nacional da Educação Infantil
Conselho Estadual de Educação aprova resolução para a Educação Infantil no Dia Nacional da Educação Infantil

Foto ilustrativa: Rafael Martins/GOVBA

O Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA) aprovou, nesta segunda-feira (25), durante sessão plenária, a Resolução Normativa que estabelece diretrizes para a Educação Infantil no estado. A decisão, tomada justamente no Dia Nacional da Educação Infantil, reafirma o compromisso da Bahia com a primeira etapa da educação básica, assegurando o direito à aprendizagem e ao desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos.

A normatização da Educação Infantil pelo Conselho se faz necessária para garantir que as instituições do Sistema Estadual de Ensino — públicas e privadas — estejam alinhadas às legislações nacionais, como a LDB e a BNCC, mas também para atender às especificidades culturais, sociais e territoriais da Bahia. A Resolução vai orientar redes e instituições públicas e privadas sobre como estruturar seus currículos, garantindo práticas pedagógicas que respeitem a diversidade das infâncias baianas.

Entre os pontos inovadores, destacam-se a exigência de currículos contextualizados aos territórios de identidade da Bahia, a formação continuada de professores, o fortalecimento da gestão democrática com participação dos municípios, e diretrizes mais rigorosas de inclusão, equidade e monitoramento.

O presidente do CEE-BA, Roberto Gondim Pires, definiu a aprovação como um marco. “A Bahia dá um passo decisivo ao aprovar esta normativa. Estamos fortalecendo esta etapa como espaço de acolhimento, desenvolvimento e justiça social, garantindo que cada criança seja reconhecida como sujeito de direitos desde os primeiros anos de vida”.

A presidente da Comissão de conselheiros que elaborou a Resolução, Anna Cristina Croesy, ressaltou a construção coletiva do texto. “Trata-se de uma resolução construída com ampla participação e diálogo com diferentes atores, incluindo a UNCME/BA, o que reforça a integração entre Estado e municípios e garante que as orientações reflitam a realidade dos territórios baianos”.

A resolução que reafirma princípios já estabelecidos pela legislação nacional — como a centralidade da brincadeira e a indissociabilidade do educar e cuidar — segue para homologação da Secretaria da Educação e entrará em vigor imediatamente após a publicação em Diário Oficial (DOE).

O que a Resolução traz de novo e desafiador
A normativa exige que os currículos da Educação Infantil considerem as especificidades culturais, linguísticas e sociais dos territórios baianos, respeitando a diversidade das infâncias no estado. Ela determina diretrizes específicas para o atendimento de crianças com deficiência e de diferentes contextos sociais, culturais e territoriais, desafiando escolas a se organizarem de forma mais flexível e inclusiva, prevendo mecanismos mais rigorosos de acompanhamento pedagógico e institucional, o que exigirá maior capacidade técnica e administrativa dos sistemas de ensino.

Ainda estabelece parâmetros que exigem maior investimento na formação continuada de professores, ampliando o desafio para municípios e instituições privadas acompanharem esse processo; e reforça o papel dos Conselhos Municipais de Educação, ampliando a corresponsabilidade entre instâncias e tornando essencial a cooperação entre Estado e municípios.

Fonte: Ascom/CEE-BA




Hospital Regional de Alagoinhas alcança mais de 80% de execução e entra na reta final das obras


Hospital Regional de Alagoinhas alcança mais de 80% de execução e entra na reta final das obras
Hospital Regional de Alagoinhas alcança mais de 80% de execução e entra na reta final das obras

Foto: Divulgação/Ascom Conder

Com uma população estimada em mais de 160 mil habitantes, o município de Alagoinhas está prestes a receber um marco para a saúde pública da região: o novo Hospital Regional de Alagoinhas. Com investimento de R$ 161,2 milhões, o hospital é fruto da parceria Bahia–Brasil e conta com recursos do Novo PAC e do Governo da Bahia. Além do município que sediará o equipamento, outras 33 cidades serão contempladas com os serviços hospitalares, a exemplo de Catu, Esplanada, Inhambupe, Aramari e Pojuca, que integram o consórcio de saúde da região.  

Localizado estrategicamente na BR-110, Km 3, entre o Parque de Exposição Miguel Fontes e a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), o hospital está sendo implantado em um terreno de 80,2 mil m², com 26 mil m² de área construída, distribuídos entre o prédio principal e anexos. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Eatdo da Bahia (Conder) segue em ritmo acelerado com as obras, que já alcançam 81% de avanço físico.

Durante vistoria técnica, o engenheiro civil da Conder, Luís Sena, destacou o estágio avançado dos trabalhos. “Estamos na fase final do prédio de internação, com execução de piso vinílico, fórmica, bate-maca (revestimento protetor para paredes), e pintura. Avançamos também na instalação de esquadrias, portas e na rede de climatização. A UTI já conta com estrutura diferenciada, garantindo conforto térmico e funcionalidade, e espaços como a brinquedoteca e a praça de alimentação estão recebendo acabamento especial para acolher da melhor forma pacientes e acompanhantes”, afirmou.

Serão disponibilizados 150 leitos de enfermaria, 20 leitos de UTI adulto e 10 leitos de UTI pediátrica, além de setores especializados para atendimento imediato, urgência e emergência adulto e pediátrica, diagnóstico por imagem, centro cirúrgico, serviço de oncologia (quimioterapia e radioterapia) e hemodinâmica. No setor de oncologia, haverá 18 poltronas e 2 leitos para terapia antineoplásica, além de um moderno acelerador linear para tratamentos oncológicos. O projeto inclui ainda tecnologias sustentáveis, como energia solar e sistemas de captação e reúso de água.

“O Hospital Regional de Alagoinhas representa um salto histórico na saúde da região, fruto de uma sólida parceria entre o Governo Federal e o Governo da Bahia, por meio do Novo PAC. Estamos entregando uma unidade hospitalar moderna, sustentável e equipada para oferecer atendimento de alta qualidade, aliando infraestrutura de ponta e compromisso com a saúde pública” afirmou o presidente da Conder, José Trindade.

O gestor destacou, ainda, o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues em acelerar os investimentos na área da saúde desde 2023, dando continuidade ao trabalho do seu antecessor. “A Conder tem assumido inúmeros desafios na área da saúde desde a gestão do ex-governador Rui Costa, implantando policlínicas e hospitais regionais em todo o estado. Com o governador Jerônimo, esse trabalho tem sido fortalecido e nós temos a honra de entregar equipamentos com padrão de qualidade reconhecido nacionalmente”, concluiu Trindade.

Fonte: Ascom/Conder


Coletiva Xiló movimenta o MAM-BA com residência artística voltada à xilogravura e às narrativas femininas


Coletiva Xiló movimenta o MAM-BA com residência artística voltada à xilogravura e às narrativas femininas
Coletiva Xiló movimenta o MAM-BA com residência artística voltada à xilogravura e às narrativas femininas

Foto: Divulgação/Coletiva Xiló

O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) recebe a Residência Artística Coletiva Xiló: Mulheres que gravam histórias. O projeto une sete mulheres de diferentes trajetórias e territórios, com a proposta de dar visibilidade à presença feminina na xilogravura – um campo historicamente marcado por ausências e silenciamentos.

A partir da troca de processos criativos, o grupo mobiliza outras mulheres a se apropriarem da xilogravura como linguagem artística. Ao longo do mês de agosto mais de 60 mulheres participaram da residência para aprender e praticar técnicas de xilogravura, fortalecendo redes e abrindo caminhos para novas criadoras.

Formada por artistas que se conheceram nas oficinas de xilogravura realizadas no próprio MAM, a Coletiva Xiló transforma o espaço museológico em um campo de experiências artísticas e de diálogo. As integrantes participantes do projeto desenvolvem iniciativas que vão do universo visual às questões sociais. “Quando mostramos que é possível fazer arte de forma coletiva, acessível e juntas, a gente se fortalece, tanto como pessoas quanto como artistas”, diz Layla Matos, uma das participantes.

Além da produção artística, a Coletiva Xiló promove encontros internos nos quais cada integrante ensina uma técnica diferente das demais, e desenvolve atividades abertas ao público, como o Xiló_Lab: Mulheres que Gravam Histórias, oficina que combina a experimentação da xilogravura com debates sobre o trabalho feminino não remunerado e o artivismo. Essa ação já reuniu mais de 30 mulheres em trocas que unem aprendizado técnico, reflexão social e expressão artística.

O impacto da proposta vai além do campo artístico. “A residência é feita por mulheres e para mulheres. É um espaço de troca e fortalecimento, que traz novas perspectivas para nós, enquanto artistas, e para quem conhece nosso trabalho. Quando mostramos que é possível fazer arte de forma coletiva, acessível e juntas, a gente se fortalece, tanto como pessoas quanto como artistas”, afirmou Matos.

Para a professora e pesquisadora da comunicação e da cultura, Natacha Canesso, a residência tem contribuído com a investigação acadêmica, potencializando o aprendizado técnico. “Tem sido uma excelente oportunidade de compreender o tema que investigo, os processos criativos, na prática. Na residência, pela sua natureza de imersão e coletividade, meu repertório nas artes melhorou rapidamente, assim como minha capacidade de aplicação dos conhecimentos. Importante também destacar os aspectos subjetivos que emergem nos encontros e debates entre as mulheres e pautam nossos processos e nossas obras. O fazer coletivo é transformador”, ressaltou.

A programação da residência segue até meados setembro, quando será aberta a mostra Xiló_Lab, apresentando o resultado das criações coletivas. O mês também contará com oficina conduzida por Gal Meirelles, explorando elementos da jaqueira no processo criativo, e o evento de encerramento da temporada.
Mais do que um projeto artístico, a Coletiva Xiló se firma como espaço de produção de conhecimento, encontro de narrativas e fortalecimento de redes entre mulheres artistas. O “fazer xilogravura” se torna também um gesto político: criar juntas, compartilhar saberes e ocupar espaços como forma de resistir, transformar e contar histórias que precisam ser ouvidas.

Fonte: Ascom/FPC