Bahia celebra protagonismo estudantil na 8ª Feira Literária de Mucugê


Bahia celebra protagonismo estudantil na 8ª Feira Literária de Mucugê
Bahia celebra protagonismo estudantil na 8ª Feira Literária de Mucugê

Foto: Emerson Santos/Ascom SEC

Até domingo (17), Mucugê, na Chapada Diamantina, sedia a 8ª edição da Feira Literária de Mucugê (Fligê), com o tema “Rios e matas da narrativa”. O evento, aberto oficialmente nesta quinta (14), reúne 29 unidades escolares de 16 municípios, além de três escolas da Educação Profissional e Tecnológica, integrando educação, cultura e desenvolvimento sustentável para reforçar a valorização da identidade cultural, da leitura e da produção literária como instrumentos de cidadania e desenvolvimento social. A programação gratuita inclui mesas literárias, lançamentos de livros, saraus, oficinas, cortejo literário e apresentações musicais e teatrais pelas ruas da cidade.

“A Fligê é um momento singular de valorização da educação e da cultura, com ampla participação das nossas escolas. A programação contempla todos os projetos estruturantes e suas diversas linguagens artísticas, permitindo que os estudantes expressem criatividade e protagonismo”, afirmou a secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito.

A Bahia se destaca nacionalmente no fomento a eventos literários. Pelo Programa Bahia Literária, coordenado pela Secretaria de Educação (SEC), Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) e Fundação Pedro Calmon (FPC), estão sendo investidos R$ 24,3 milhões em 81 eventos até 2026. Somente em 2025, 38 iniciativas foram realizadas, com outras 41 previstas até dezembro, fortalecendo a leitura, a cultura e o protagonismo estudantil.

Juventude presente

As escolas-fábricas estaduais de chocolate dos municípios de Ipiaú e Arataca e a Escola-Fábrica do Requeijão de Santa Bárbara também integram as unidades da rede estadual que participam do evento, apresentando chocolates, requeijões, cocadas, brigadeiros, geleias e outros produtos, nos stands da SEC no Bahia Presente – Espaço Casa do Governo. Para quem circula pela Fligê, os jovens mostram o resultado dos projetos de iniciação científica desenvolvidos durante o ano letivo.

A professora Hevelynn Franco Martins acompanha os alunos da Escola-Fábrica de Requeijão, do município de Santa Bárbara. Este projeto, desenvolvido no âmbito da iniciação científica, resultou na criação de diversos produtos à base de requeijão.

Como professora colaboradora, ela explica que, durante dois anos, foram produzidos 43 produtos diferentes, utilizando o requeijão como base. “O projeto se insere na territorialidade, valorizando Santa Bárbara, conhecida como a ‘Terra do Requeijão’”, explicou.

A iniciativa buscou diversificar a oferta de produtos, impulsionando as vendas e atraindo turistas. O projeto, que está localizado no Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, no município, envolve mais de 350 alunos desde 2021. Hevelynn ressalta que, entre os produtos de destaque, estão o requeijão do amor e o brigadeiro de requeijão sem lactose, demonstrando a preocupação com pessoas com restrições alimentares.

Outra atração estudantil da Fligê são as atividades culturais e os projetos estruturantes como Tempos de Arte Literária (TAL), Festival Anual da Canção Estudantil (FACE), Dança Estudantil (DANCE), Produção de Vídeos Estudantis (PROVE), Encontro de Corais Estudantis (ENCANTE) e Festival Estudantil de Teatro (FESTE), além da Fligêzinha, Fligê+ Juventudes e Fligêcine, destinados ao público infantil e juvenil.

“Os estudantes atuam como monitores da feira e têm um espaço dedicado à exposição de projetos artísticos desenvolvidos ao longo de 2025. Essa integração demonstra como os programas estruturantes incentivam a expressão artística, fortalecem a formação cidadã e promovem a aprendizagem significativa”, sublinhou a diretora do Núcleo Territorial de Educação da Chapada Diamantina (NTE 3), Elizabete Gonçalves de Souza.

Mais de três mil estudantes participam ativamente da Fligê. Uma delas é Rosileide Souza do Carmo, 18 anos, de Boninal, autora do livro “Aconteceu em Olhos D’Água do Basílio”. “Escrevi meu livro para registrar a história e as tradições da minha comunidade quilombola, a Olho D’Água do Basílio. Quero que as crianças conheçam nossas origens, vestimentas e nossos costumes, mantendo viva a memória de nossos antepassados”, disse.

Fonte: Ascom/SEC