
Nesta quinta-feira (11), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) participaram do lançamento do Plano Setorial da Saúde para Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, documento que vai orientar o Sistema Único de Saúde (SUS) ao longo da próxima década a prevenir e responder a eventos como ondas de calor, secas, enchentes e o avanço de doenças sensíveis ao clima.
O evento, promovido pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), reuniu técnicos, gestores, pesquisadores e instituições parceiras. A Sema e o Inema têm papéis fundamentais na produção de dados ambientais, no monitoramento climático e na articulação intersetorial que possibilitou a construção do plano.
O documento, o primeiro do gênero no país, reúne diretrizes e ações que incluem o fortalecimento da vigilância em saúde, a ampliação do monitoramento ambiental, a criação de protocolos de resposta rápida e a capacitação de equipes em todo o estado. A proposta, que inicialmente foi apresentada durante a COP30, pretende oferecer ao SUS ferramentas para agir com agilidade diante de situações cada vez mais frequentes, como chuvas intensas, elevação das temperaturas e mudanças no comportamento de vetores como o mosquito da dengue.
Também estão previstas iniciativas que integram saúde, meio ambiente, recursos hídricos, saneamento e defesa civil, garantindo respostas mais eficientes e maior proteção para a população.
Sema e Inema reforçam integração e apoio ao plano
Representando o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Sodré, a superintendente de Inovação e Desenvolvimento Ambiental, Maiana Pitombo, destacou a importância da cooperação entre os órgãos estaduais na elaboração e implementação do plano.
“Foi com muita satisfação que participamos da elaboração deste plano, um instrumento essencial para o Estado. A contribuição técnica da Sema reforça nosso compromisso com a agenda climática e a saúde ambiental”, afirmou.
Representando o diretor-geral do Inema, Eduardo Topázio, o coordenador de Estudos de Clima e Projetos Especiais, Aldirio Almeida, ressaltou os contrastes ambientais da Bahia e seus impactos diretos sobre a saúde pública. “A Bahia convive com secas no semiárido, enxurradas e movimentos de massa no litoral e na Chapada, além de ondas de calor cada vez mais intensas. Esses fenômenos afetam diretamente a saúde da população, seja pelo aumento de doenças sensíveis ao clima, seja pelos impactos dos desastres naturais”, destaca.
Aldirio explicou ainda a importância de integrar diferentes áreas do governo para fortalecer a resiliência do estado. “A transversalidade deste plano é muito importante. Porque ele integra meio ambiente, saúde, recursos hídricos e gestão de riscos, e o Inema cumpre papel estratégico ao fornecer monitoramento, dados e análises que fortalecem a resposta do Estado”, completou.
Além de apoiar tecnicamente a elaboração do plano, o Inema contribui com dados meteorológicos, hidrológicos e ambientais essenciais para antecipar riscos e orientar decisões que impactam diretamente a saúde da população.
Com metas para os próximos dez anos, o Plano Setorial da Saúde coloca a Bahia entre os estados brasileiros que estão se preparando de forma estruturada para os desafios impostos pelas mudanças do clima. A iniciativa reforça o compromisso do governo estadual em proteger populações vulneráveis, fortalecer territórios suscetíveis a eventos extremos e integrar políticas de saúde, ambiente e segurança climática.
Fonte: Ascom/Sema







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