Ato na ALBA alerta sobre mortalidade da juventude indígena em aldeias da Bahia



Um ato contra a mortalidade da juventude indígena baiana foi realizado, na tarde desta quarta-feira (1º), no Auditório Jornalista Jorge Calmon da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). O encontro teve o apoio do mandato da deputada Olívia Santana (PC do B) e contou com a participação da vice-presidente da ALBA, deputada Fátima Nunes (PT). 

As parlamentares receberam uma carta, entregue pelos representantes de 35 povos indígenas de todas as regiões do estado, cobrando providências para a demarcação de terras e a questão das mortes, em razão do aumento do número de suicídios, do avanço do crime organizado e também dos conflitos fundiários. A Bahia é o segundo estado brasileiro com o maior número de indígenas, atrás apenas do Amazonas, segundo Censo do IBGE (2022). 

“Vou ler esta importante carta no plenário da Casa Legislativa, para que todos os parlamentares fiquem cientes desta situação que aflige os povos indígenas. Através do bom debate, todos nós, deputados e deputadas, devemos somar forças para garantir a segurança e combater a violência que causa mortes nas aldeias indígenas”, destacou a vice-presidente da ALBA. 

De acordo com Olívia Santana, o ato foi convocado pelo Conselho da Juventude Indígena da Bahia (Cojiba), criado para ser uma ferramenta de luta firme, organizada e coletiva para transformar a realidade atual. “Este encontro é muito providencial e nós legisladores devemos assumir uma atitude mais pró-ativa em defesa dos povos originários, repudiando o Movimento Invasão Zero, que é dos latifundiários. Vocês são os verdadeiros donos das terras, que precisam ser demarcadas, no sentido de garantir o direito de existência digna, com água, terra e comida, além de um plano de desenvolvimento para as comunidades indígenas. Somos irmãos na luta da comunidade negra e dos povos indígenas pelo direito de viver com dignidade”, declarou a deputada.



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