Seagri reúne Câmaras Setoriais da Agropecuária para fortalecer cadeias produtivas baianas em 2026


Seagri reúne Câmaras Setoriais da Agropecuária para fortalecer cadeias produtivas baianas em 2026
Seagri reúne Câmaras Setoriais da Agropecuária para fortalecer cadeias produtivas baianas em 2026

Foto: Rebeca Falcão

A Fenagro 2025 também contará com a presença das Câmaras Setoriais Agropecuárias da Bahia, que estarão reunidas nos dias 1º e 2 de dezembro, no auditório do evento, no Parque de Exposições de Salvador, na Avenida Luís Viana Filho (Paralela). Coordenados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), os encontros trazem na pauta o balanço estratégico do ano e avanços em temas essenciais, como controle de pragas, adoção de novas tecnologias, qualificação profissional e valorização da produção baiana nos mercados nacional e internacional.

No dia 1° de dezembro, acontecem as reuniões das Câmaras Setoriais do Sisal, das 9h às 12h, e do Cacau, das 14h às 17h. No dia seguinte (2), será a vez das Câmaras Setoriais do Dendê, das 9h às 12h, e da Citricultura, das 14h às 17h.

O secretário da Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, explica que as reuniões na Fenagro além de avaliação e planejamento, também são um momento de integração entre os participantes e as novidades apresentadas no evento, a maior vitrine do agro do Norte e Nordeste. “Este encontro na Fenagro reforça nosso compromisso em construir, junto com o setor produtivo, soluções modernas, sustentáveis e alinhadas às demandas do mercado. Estamos trabalhando para que a Bahia avance ainda mais em competitividade, qualidade e inovação, fortalecendo todas as cadeias produtivas”.

Novidade – Durante a Fenagro 2025, também será celebrado um convênio entre o Governo do Estado, através da Seagri, e a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), para a prestação de serviços técnicos especializados para implantação e revitalização de até 22 Câmaras Setoriais, no prazo de 12 meses. Dentre as Câmaras estão Algodão, Carne, Leite, Florestal, Aves, Pesca e Aquicultura, Grãos, Mel, Cacau, Sisal, Citrus e Dendê.

Desenvolvimento do setor – As Câmaras Setoriais Agropecuárias da Bahia são órgãos colegiados de caráter consultivo, que reúnem representantes do poder público, setor produtivo e sociedade civil. Com atuação de forma integrada, possuem o objetivo de propor políticas públicas, programas e ações voltadas ao desenvolvimento das principais cadeias produtivas do estado.

Os membros, que variam de 34 a 66 representantes, discutem o cenário atual e propõem ações para o desenvolvimento de cada setor, que movimenta a economia e gera emprego e renda para a população. O setor sisaleiro, por exemplo, envolve 20 municípios em uma área de 21.256,50 km², fazendo com que a Bahia seja responsável por 94,5% da produção nacional.

Em 2023, o produto foi exportado em forma de fibras têxteis, cordéis para atadeiras ou enfardadeiras, fios, cordas, tapetes e revestimentos para 72 países, tendo como principal destino a China (56%). A sisalicultura é uma das poucas atividades economicamente viáveis no semiárido nordestino, permitindo a permanência das famílias no campo mesmo em regiões com baixos índices pluviométricos.

Em busca da Indicação Geográfica (IG), a região do dendê, no Baixo Sul e Recôncavo, engloba 22 municípios, 12.828 hectares de área plantada e produção total de 40.720 toneladas, fazendo a Bahia ocupar a terceira posição no ranking nacional em 2024. O produto é parte da identidade do estado, com a utilização tradicional em forma de azeite na culinária de origem africana, a exemplo do acarajé.

No ramo da citricultura, a Bahia possui a segunda maior área do Brasil, com 57.906 hectares cultivados. Desse total, cerca de 70% estão localizados no território do Litoral Norte e Agreste Baiano, onde a atividade é um dos principais motores da economia local, gerando milhares de empregos diretos e indiretos.

Concentrada nas regiões do Baixo e Extremo Sul, além de parte do Oeste, a produção de cacau na Bahia em 2024 foi de 137.028 toneladas em uma área de quase 429 mil hectares, colocando o estado como líder nacional do produto. São 69 mil estabelecimentos rurais cultivando cacau, sendo 53 mil ligados à agricultura familiar – o cenário é fruto de uma nova dinâmica de produção e políticas públicas descentralizadas, diferentes do modelo concentrado em grandes propriedades das décadas de 1970 a 1990.