
A Fenagro 2025 também contará com a presença das Câmaras Setoriais Agropecuárias da Bahia, que estarão reunidas nos dias 1º e 2 de dezembro, no auditório do evento, no Parque de Exposições de Salvador, na Avenida Luís Viana Filho (Paralela). Coordenados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), os encontros trazem na pauta o balanço estratégico do ano e avanços em temas essenciais, como controle de pragas, adoção de novas tecnologias, qualificação profissional e valorização da produção baiana nos mercados nacional e internacional.
No dia 1° de dezembro, acontecem as reuniões das Câmaras Setoriais do Sisal, das 9h às 12h, e do Cacau, das 14h às 17h. No dia seguinte (2), será a vez das Câmaras Setoriais do Dendê, das 9h às 12h, e da Citricultura, das 14h às 17h.
O secretário da Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo, explica que as reuniões na Fenagro além de avaliação e planejamento, também são um momento de integração entre os participantes e as novidades apresentadas no evento, a maior vitrine do agro do Norte e Nordeste. “Este encontro na Fenagro reforça nosso compromisso em construir, junto com o setor produtivo, soluções modernas, sustentáveis e alinhadas às demandas do mercado. Estamos trabalhando para que a Bahia avance ainda mais em competitividade, qualidade e inovação, fortalecendo todas as cadeias produtivas”.
Novidade – Durante a Fenagro 2025, também será celebrado um convênio entre o Governo do Estado, através da Seagri, e a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), para a prestação de serviços técnicos especializados para implantação e revitalização de até 22 Câmaras Setoriais, no prazo de 12 meses. Dentre as Câmaras estão Algodão, Carne, Leite, Florestal, Aves, Pesca e Aquicultura, Grãos, Mel, Cacau, Sisal, Citrus e Dendê.
Desenvolvimento do setor – As Câmaras Setoriais Agropecuárias da Bahia são órgãos colegiados de caráter consultivo, que reúnem representantes do poder público, setor produtivo e sociedade civil. Com atuação de forma integrada, possuem o objetivo de propor políticas públicas, programas e ações voltadas ao desenvolvimento das principais cadeias produtivas do estado.
Os membros, que variam de 34 a 66 representantes, discutem o cenário atual e propõem ações para o desenvolvimento de cada setor, que movimenta a economia e gera emprego e renda para a população. O setor sisaleiro, por exemplo, envolve 20 municípios em uma área de 21.256,50 km², fazendo com que a Bahia seja responsável por 94,5% da produção nacional.
Em 2023, o produto foi exportado em forma de fibras têxteis, cordéis para atadeiras ou enfardadeiras, fios, cordas, tapetes e revestimentos para 72 países, tendo como principal destino a China (56%). A sisalicultura é uma das poucas atividades economicamente viáveis no semiárido nordestino, permitindo a permanência das famílias no campo mesmo em regiões com baixos índices pluviométricos.
Em busca da Indicação Geográfica (IG), a região do dendê, no Baixo Sul e Recôncavo, engloba 22 municípios, 12.828 hectares de área plantada e produção total de 40.720 toneladas, fazendo a Bahia ocupar a terceira posição no ranking nacional em 2024. O produto é parte da identidade do estado, com a utilização tradicional em forma de azeite na culinária de origem africana, a exemplo do acarajé.
No ramo da citricultura, a Bahia possui a segunda maior área do Brasil, com 57.906 hectares cultivados. Desse total, cerca de 70% estão localizados no território do Litoral Norte e Agreste Baiano, onde a atividade é um dos principais motores da economia local, gerando milhares de empregos diretos e indiretos.
Concentrada nas regiões do Baixo e Extremo Sul, além de parte do Oeste, a produção de cacau na Bahia em 2024 foi de 137.028 toneladas em uma área de quase 429 mil hectares, colocando o estado como líder nacional do produto. São 69 mil estabelecimentos rurais cultivando cacau, sendo 53 mil ligados à agricultura familiar – o cenário é fruto de uma nova dinâmica de produção e políticas públicas descentralizadas, diferentes do modelo concentrado em grandes propriedades das décadas de 1970 a 1990.







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