ALBA debate projeto sobre requalificação de antiga fábrica abandonada em Paripe



Sob a responsabilidade do deputado Marcelinho Galo (PT), foi realizada, na tarde desta quarta-feira (22), uma apresentação pública no Plenarinho Deputado Coriolano Sales da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com o objetivo de avaliar a viabilidade da criação de um parque urbano na área que pertencia a antiga Companhia de Cimento de Salvador (Cocisa), localizada no bairro Paripe, no Subúrbio Ferroviário da capital baiana. O parlamentar detalhou que o projeto visa criar um parque urbano denominado Parque Cocisa, onde atualmente se encontra apenas a antiga estrutura da fábrica.

Para discutir a viabilidade do projeto, foi composta uma mesa com os seguintes participantes: Cláudia Passos, uma das idealizadoras do Projeto Parque Cocisa; o empresário do ramo de eventos, Hugo Leonardo Assis; a deputada Maria del Carmen (PT), o chefe de gabinete do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Welton Rocha e o presidente da Associação Náutica da Bahia, Santiago Campos.

A representante da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Governo do Estado, Cristiane Amado, e a representante da Secretaria do Mar, Camilla Dávila, participaram da mesa em nome de Augusto Vasconcelos e de Andrea Mendonça, respectivamente. O assessor técnico do deputado José de Arimateia (Republicanos), Eduardo Macário, também prestigiou o evento, representando o parlamentar.

Na ocasião, discutiu-se a requalificação urbana da fábrica de cimento abandonada, que foi inaugurada na década de 1960 e desativada na década de 1980. A finalidade é promover lazer, cultura, empreendedorismo, educação ambiental, qualificação profissional e estudo tecnológico na região, além da geração de emprego e renda, transformando o que hoje é um terreno baldio de 40 hectares de extensão, em um espaço para comunidade.

Segundo as idealizadoras, que também são ex-moradores do bairro, a estimativa é que cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos sejam gerados. O empreendimento beneficiará, sobretudo, os pescadores, marisqueiras e a duas comunidades quilombolas próximas a região da antiga fábrica, além de trabalhadores que dependem da atividade marinha para o seu sustento.

O deputado Marcelinho Galo (PT) destacou que abrir o espaço para o debate é uma forma de retribuir à população o que já lhe pertence. “Essa é uma demanda muito importante, porque temos um espaço em ruínas, passível de ser invadido de outras formas, e a oportunidade de ocupá-lo de forma qualificada que traga benefícios para a comunidade. Portanto, temos que discutir a proposta apresentada e, na medida do possível, apoiar para que ela se concretize na prática”.

De acordo com Fernanda Gabriela Lopes, arquiteta e urbanista do projeto, a proposta é integrar novas construções com os prédios já existentes no local. “O projeto abrange diversos setores que atingem diretamente a sociedade: o desenvolvimento econômico, a educação, a sustentabilidade e a atividade náutica, que também fomenta a economia”.

“Acho importante esta apresentação hoje para que possamos discutir com as pessoas que podem de fato viabilizar este projeto: a sociedade civil, os empresários, e aqueles que cuidam da gestão pública da nossa cidade. A comunidade será diretamente beneficiada com esse projeto, pois a proposta que entregamos ali no parque é justamente para suprir carências que sabemos existir na nossa região hoje”, concluiu Fernanda.



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