Operação Safra Oeste 2025 identificou 216 ações irregulares em setembro


Operação Safra Oeste 2025 identificou 216 ações irregulares em setembro
Operação Safra Oeste 2025 identificou 216 ações irregulares em setembro

Foto: Eliezer Oliveira/Ascom Sefaz-BA

Circulação de mercadorias sem nota fiscal, ausência de pagamento do ICMS na saída interestadual de produtos e mercadorias com descritivo da nota fiscal diferente do produto transportado estão entre as principais irregularidades detectadas pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba) durante operação fiscal realizada em setembro no Oeste baiano, maior região produtora de grãos da Bahia e uma das maiores do país, que deve colher este ano 12,74 milhões de toneladas de grãos e fibras.

Voltada para coibir a sonegação de impostos na comercialização dos produtos agrícolas da região, a operação Safra Oeste 2025 identificou ao todo 216 ações irregulares a partir do monitoramento em pontos estratégicos, incluindo abordagens a caminhões de transporte de cargas e conferências de documentos fiscais.

Os principais produtos agrícolas da região são a soja, o algodão e o milho, cujas safras, de acordo com as estimativas da Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri) devem alcançar em 2025 os totais de 8,71 milhões de toneladas, 2,02 milhões de toneladas e 1,4 milhão de toneladas, respectivamente. Outros produtos monitorados pela Operação Safra Oeste incluem café, feijão, trigo, farinha de trigo, goma de tapioca, açúcar, sementes de capim, gado, madeira serrada e etanol.

O monitoramento de cargas foi realizado em diversos pontos estratégicos, alguns dos quais nos municípios de Barreiras, Muquém do São Francisco e Correntina. As abordagens continuarão a acontecer em outros locais, de acordo com a programação de fiscalização para toda a região Oeste. A ação contou com a participação de equipes especializadas da Sefaz-Ba atuando em unidades móveis e em posto fiscal implantado especificamente para a Safra Oeste 2025, em local estratégico.

O trabalho foi integrado ao monitoramento on-line realizado pela Barreira Fiscal Digital, que fez o cruzamento dos dados fiscais digitais relacionados às mercadorias transportadas com destino a estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudoeste do país, contribuindo para tornar mais eficaz a identificação de eventuais inconsistências nas informações prestadas pelos transportadores.

Estratégias

De acordo com o gerente de mercadorias em trânsito da Sefaz-Ba, Eraldo Santana, a operação teve como principal resultado o mapeamento do “modus operandi” da sonegação fiscal no segmento. Uma das estratégias utilizadas pelos sonegadores envolveu a simulação de saídas interestaduais, com suposta transferência de produtos para o mesmo estabelecimento em outro estado, de forma a evitar a tributação em território baiano.

“A documentação fiscal e diligências aos locais de origem e destino revelaram a existência de estabelecimentos criados apenas para a emissão e triangulação de Notas Fiscais Eletrônicas, com o objetivo de não realizar o pagamento do ICMS diferido”, explicou o gerente. “Para cada irregularidade flagrada, a empresa fraudadora foi notificada com multa associada e pagamento do imposto devido aos cofres estaduais”, complementou Eraldo.

As ocorrências também foram encaminhadas para conhecimento das inspetorias, com o objetivo de realizar a fiscalização das empresas e a cobrança de situações passadas.
Barreira Fiscal Digital

Realizada em paralelo aos plantões nas rodovias, a Barreira Fiscal Digital reforçou os controles no ambiente on-line por meio do cruzamento dos dados fiscais digitais relacionados às mercadorias em trânsito. Neste tipo de operação, o controle digital tem início na Coordenação de Operações Estaduais (COE) da Sefaz-Ba, que realiza os cruzamentos dos dados digitais das mercadorias, identifica as ocorrências de débitos fiscais e torna os resultados disponíveis também para as inspetorias fazendárias em todo o Estado. As inspetorias, por sua vez, utilizam os dados para planejamento de suas ações, seja com o encaminhamento de notificações aos contribuintes por meio do Domicílio Tributário Eletrônico (DT-e), seja com a mobilização de equipes de fiscalização.

Fonte: Ascom/Sefaz-Ba