Vereador quer criar Sambódromo em Salvador e reforça importância do samba no Carnaval 2026


O vereador Téo Senna (PSDB) apresentou, na Câmara Municipal de Salvador, o Projeto de Indicação nº 381/2025, que propõe a criação de um Sambódromo, espaço permanente para apresentações de grupos e escolas de samba da capital baiana. A iniciativa busca valorizar a tradição cultural de Salvador e garantir infraestrutura adequada para que essa manifestação artística siga crescendo e ganhando reconhecimento nacional.

De acordo com o parlamentar, a proposta ganha ainda mais força diante da escolha do samba como tema oficial do Carnaval de 2026. “Salvador é o berço do samba no Brasil e merece um espaço próprio para celebrar esse patrimônio cultural. O sambódromo será um marco para os amantes da música e da cultura popular, além de um equipamento turístico capaz de atrair visitantes e movimentar a economia”, destacou Senna.

A sugestão do vereador é que o equipamento seja implantado na região do Comércio, local de fácil acesso e com infraestrutura já consolidada para grandes eventos. A escolha do espaço considera ainda a revitalização da área central da cidade, que pode se beneficiar do aumento da circulação de turistas e da realização de eventos durante todo o ano, não apenas no período carnavalesco.

Senna também ressaltou que a criação do Sambódromo dialoga com o Programa Viver Salvador, lançado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult). O projeto pretende fortalecer a identidade cultural da capital baiana e, segundo o vereador, a construção de um espaço dedicado ao samba está em sintonia com essa política pública.

“Trata-se de uma oportunidade de preservar nossas raízes, apoiar as escolas de samba que resistem com dificuldade e projetar Salvador ainda mais no cenário nacional como capital da diversidade cultural”, concluiu.

Embora o Carnaval de Salvador seja reconhecido pelos trios elétricos, blocos afro, afoxés e bandas de Axé, o samba sempre esteve presente na cidade. Bairros como Liberdade, Pero Vaz e Engenho Velho da Federação mantêm longas tradições de rodas e blocos de samba. Nos anos 1970 e 1980, Salvador chegou a ter desfiles de escolas de samba, mas o modelo perdeu espaço com o tempo.

Hoje, grupos como a Escola de Samba Unidos de Itapuã, Bloco Alvorada, Bloco Alerta Geral, Bloco da Saudade e Diplomatas de Amaralina mantêm viva a tradição, funcionando muitas vezes mais como blocos culturais do que como escolas de samba no formato competitivo do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Fonte