A primeira audiência do caso do duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira e Matusalém Silva Muniz, desaparecidos há sete meses após trabalharem em um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador, ocorreu nesta segunda-feira (16) com a oitiva de cinco testemunhas de acusação. Os jovens, dados como mortos pela Polícia Civil apesar dos corpos não terem sido localizados, foram vítimas de crime cujo suposto mandante é o proprietário do estabelecimento.
Marcelo Batista da Silva, empresário suspeito de envolvimento no crime, havia se entregado espontaneamente na semana anterior, mas foi liberado para responder ao processo em liberdade. Durante a audiência, as testemunhas apresentaram versões que corroboram a tese de participação do acusado no desaparecimento dos diaristas, conforme apurações da PC.
O caso, que chocou a comunidade local, completa sete meses sem que as famílias das vítimas tenham acesso aos corpos para sepultamento. A próxima etapa processual deverá analisar provas materiais e depoimentos complementares, enquanto a defesa do empresário alega inconsistências nas acusações. A polícia segue com buscas ativas pelos restos mortais na região metropolitana de Salvador.
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