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Museu de Arte Contemporânea (MAC_BAHIA) inaugura três exposições ainda nesta semana


Museu de Arte Contemporânea (MAC_BAHIA) inaugura três exposições ainda nesta semana
Museu de Arte Contemporânea (MAC_BAHIA) inaugura três exposições ainda nesta semana

O Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA), administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), realiza nesta semana uma programação especial, que inclui atividades educativas e culturais, além da abertura de três novas exposições na sexta-feira (29).

A exposição “Mar Caymmi”, do artista Guilherme Almeida, apresenta trabalhos inéditos em telas de linho e pinturas sobre cerâmica. Inspirada na obra de Dorival Caymmi, especialmente no álbum Canções Praieiras, a mostra explora a relação entre o mar e a vida litorânea da Bahia, organizada em três camadas conceituais: Mistério, Partida e Chegada. A exposição entrará em cartaz na Galeria Três a partir das 17h.

No mesmo horário, na Galeria Quatro, a exposição “Afetos Itaparicanos”, organizada pelo Instituto Sacatar, reúne obras de artistas nacionais e internacionais que tiveram experiências de residência artística na Ilha de Itaparica, refletindo sobre identidade, território e intercâmbio cultural.

Já a partir das 19h, na Galeria Anexo, o MAC_BAHIA integra a “Temporada França-Brasil 2025” com a exposição “COLEÇÃO_FRAC no MAC_BAHIA”, que apresenta parte do acervo de videoarte dos Fonds Régionaux d’Art Contemporain (FRAC), uma das mais importantes coleções públicas francesas de arte contemporânea. A mostra coloca em diálogo produções artísticas brasileiras e francesas, promovendo aproximações entre diferentes contextos culturais.

Além das aberturas, a programação inclui ainda, em homenagem ao Mês da Fotografia, um curso de Foto Performance – Corpo, Imagem e Ação, que acontece também na sexta-feira (29), às 15h. No sábado (30), às 16h, será realizada uma roda de conversa intitulada “Prática Educativa e Fotográfica”, que integra a exposição Daqui de Dentro, mostra com imagens produzidas por pessoas em privação de liberdade. Logo após, haverá visita guiada pelo museu e uma oficina de Vídeo Arte em 60 Minutos.

O público também poderá visitar as exposições que estão em sua última semana no MAC_BAHIA: “Objeto (In)Comum – Apropriações no Acervo MAC_BAHIA”, “Casa de pai, escola de filha”, de Ieda Oliveira, e “Daqui de Dentro”, além da Galeria de Arte Urbana com a mostra “MURO”.
A exposição “COLEÇÃO_FRAC no MAC_BAHIA” fica disponível para visitação até o dia 9 de novembro de 2025. Já as exposições “Mar Caymmi” e “Afetos Itaparicanos” permanecem em cartaz até o dia 12 de outubro.

Confira a Programação Museus IPAC (28/08 a 31/08)
MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DA BAHIA (MAC_BAHIA):

EXPOSIÇÃO “OBJETO (IN)COMUM” apresentando “Apropriações no Acervo MAC_BAHIA” (Última semana)
“Casa de pai, escola de filha” de Ieda Oliveira (Última semana)
“MURO” Galeria de Arte Urbana
“Daqui de Dentro” (Última semana)
Dia 29/08 (Sexta-feira) 
15h – CURSO “MÊS DA FOTOGRAFIA”: Foto Performance – Corpo, Imagem e Ação (a partir de 16 anos)  
17h – NOVA EXPOSIÇÃO: Afetos Itaparicanos/Instituto Sacatar (Casarão – Galeria Quatro)
17h – NOVA EXPOSIÇÃO: MAR CAYMMI/Guilherme Almeida (Casarão – Galeria Três)
19h – NOVA EXPOSIÇÃO: COLEÇÃO_FRAC NO MAC_BAHIA/FRAC França (Galeria Anexo)
*Dia 30/08* (Sábado)
14h – OFICINA INFANTIL – Stop Motion (faixa etária 06 a 12 anos)
16h – RODA DE CONVERSA: “Prática educativa e fotografia” integrando a exposição DAQUI DE DENTRO
17h – VISITA GUIADA (ponto de encontro: rampa de skate)
17h30 – OFICINA: Vídeo Arte em 60 Minutos (A partir de 16 anos)
Dia 31/08 (Domingo)
16h – AULA DE CIRCO com Gio. (Faixa etária: 5 a 10 anos)
17h – VISITA GUIADA (ponto de encontro: rampa de skate)
17h – Rifa de encerramento da exposição “Casa de pai, escola de filha” de Ieda Oliveira
ENCERRAMENTO EXPOS OBJETO (IN)COMUM E IEDA OLIVEIRA + DAQUI DE DENTRO
MUSEU DE ARTE DA BAHIA (MAB):
De terça a domingo das 10h às 18h:
Fatumbi (Abertura dia 29.08 às 17h)
CARYBÉ E O POVO DA BAHIA
Bancos Indígenas do Brasil: Rituais 
CurtaMab – Sala de audiovisual com o documentário ‘Vitória: Um Corredor de Histórias’ (Todos os dias das 10h às 18h)
Dia 28/08 (Quinta-feira)
08h – FEIRA AGROECOLÓGICA DO MAB
19h – Concerto de piano de Bruno Belthoise 
Dia: 30/08 (Sábado)
8h30 – Biodança no MAB (Gratuito)
10h30 – Clube de Leitura LGBTQIAPN+ 
14h – Curso/Imersão: A função da arte? 
Todos os sábados de 16/08 à 13/12
(Inscrições via Whatsapp: 71991263143)
15h –  Leia Mulheres
15h – MAB Lírico
19h – O Vila Ocupa o MAB – Espetáculo Do Outro Lado do Mar – Ingressos no Sympla  
Dia 31/08 (Domingo)
19h – O Vila Ocupa o MAB – Espetáculo Do Outro Lado do Mar – Ingressos no Sympla   
MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA (MAM):
(De terça-feira a domingo de 10h às 18h):
Roméo Mivekanni, O AVESSO DO TEMPO – (Benin) (Abertura: 28/08 às 19h até 16/11)
“QUEM VIAJA ARRISCA – Salões de Artes Visuais da Bahia (até 26/10) 
MOSTRA DOS RESULTADOS DA OFICINA “Metodologia Espiral” com Goya Lopes
COLEÇÃO DE ARTE POPULAR LINA BO BARDI (Espaço Lina);
LINHA DO TEMPO DO MAM (Espaço Solar)
Dia 29/8 (Sexta-feira)
17h às 21h – SAPATONIZER: Instalação artística celebrando o dia da Visibilidad
Dia 30/8 (Sábado)
10h – RESIDÊNCIA ARTÍSTICA COLETIVA XILÓ – XILÓ_LAB: MULHERES QUE GRAVAM HISTÓRIAS (inscrições encerradas) 
13h30 às 16h30 – Oficina de Pintura Realista com Paula Mileni (inscrições encerradas) 
14h às 17h – CLUBE DE ESCRITA LIVRE CRIATIVA E CURATIVA COM ISA LORENA (inscrições: google forms)
18h – JAM no MAM
Dia 31/8 (Domingo)
9h às 12h – “YOGA PARA ELAS” – 8a EDIÇÃO – Prática de Hatha Yoga – especial para Pais e Mães. Seguida de roda de conversa sobre “Gênero e Bullying”
16h – YOGA NO MAM – Aula com Coletivo Ser Yoga – (Informações: 99918-9120)
OUTROS PROJETOS:
CINE MAM 
Sala de Arte | CIRCUITO DE CINEMA – SALADEARTE
Confira a programação de filmes do Circuito Saladearte, com sessões em cinemas de arte de Salvador, horários, salas, estreias e novidades.
saladearte.art.br
71 98199-2833 / @saladearte_oficial
Terça a sexta, de 10h às 15h (mediante marcação prévia) – Contação de Histórias: Atividade de leitura e contação de histórias para crianças de escolas do entorno. 
PRAÇA DAS ARTES ESTÁ EM MANUTENÇÃO. 
                                                          
Sobre o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – O IPAC é uma unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa) e atua de forma integrada e em articulação com a sociedade e os poderes públicos municipais e federais, na salvaguarda de bens culturais tangíveis e intangíveis, na política pública estadual do patrimônio cultural e no fomento de ações para o fortalecimento das identidades culturais da Bahia.
Foto: Ascom/Ipac



Dólar fecha em forte queda e Bolsa dispara 2% após Powell indicar corte de juros nos EUA



Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo
Dólar teve forte queda de 0,95% nesta sexta-feira (22) e encerrou a semana cotado a R$ 5,425 22 de agosto de 2025 | 18:30

Dólar fecha em forte queda e Bolsa dispara 2% após Powell indicar corte de juros nos EUA

O dólar teve forte queda de 0,95% nesta sexta-feira (22) e encerrou a semana cotado a R$ 5,425, após o presidente do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, abrir a porta para um corte de juros na próxima reunião, em setembro.

Embora não tenha se comprometido com a redução, a possibilidade injetou otimismo nos mercados de renda variável e de câmbio globalmente.

Na Bolsa, isso se traduziu em uma disparada de 2,4%, com o Ibovespa fechando a 137.751 pontos, segundo dados preliminares.

O Fed trabalha com um mandato duplo, isto é, observa de perto os dados de emprego e de inflação para decidir sobre a política monetária. O objetivo é levar a inflação à meta de 2% sem grandes danos ao mercado de trabalho.

No discurso, Powell fez um balanço dos riscos para cada ponta desse mandato duplo. Por um lado, o mercado de trabalho parece estar em um “equilíbrio curioso”, onde a taxa de desemprego está em relativa estabilidade por causa de uma desaceleração “acentuada” tanto na oferta e quanto na demanda por trabalhadores.

“Essa situação incomum sugere que os riscos de queda no emprego estão aumentando. E, se esses riscos se materializarem, poderão aparecer rapidamente”, disse ele.

Por outro lado, as tarifas do presidente Donald Trump, que tendem a pressionar os preços ao consumidor, “podem estimular uma dinâmica inflacionária mais duradoura”.

Esses riscos estão em equilíbrio, segundo ele, e os juros estão em um território restritivo. “Isso pode justificar o ajuste de nossa postura na política monetária”, afirmou.

Para André Diniz, economista chefe da Kinea Investimentos, a sinalização “foi o mais perto possível de dizer que vai ter um primeiro corte em setembro”.

“Seria muito improvável que ele dissesse isso com todas as letras, mas foi claramente uma mudança na leitura de riscos entre a última entrevista coletiva do Fed, em julho, e esse discurso de Jackson Hole”.

O tarifaço de Trump colocou o Fed em uma sinuca de bico. Como as tarifas tendem a aumentar os preços ao consumidor e a desacelerar as contratações, qualquer ajuste na taxa de juros terá um ônus para alguma das pontas.

Juros altos contêm a disparada inflacionária por desestimularem a tomada de empréstimos e o consumo, mas afetam as empresas, que podem reduzir o número de funcionários ou parar as contratações, resfriando o mercado de trabalho. Já um corte nos juros traria o cenário oposto: aqueceria o mercado de trabalho, mas também estimularia a inflação.

O Fed vem mantendo a taxa de juros entre 4,25% e 4,5% desde dezembro do ano passado, antes de Donald Trump ser empossado. Foram cinco reuniões neste ano que os diretores optaram pela manutenção da taxa, apesar da pressão de Trump, que defende uma redução de três pontos percentuais.

Antes do discurso, operadores precificavam pouco menos de 70% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros durante a próxima reunião, entre 16 e 17 de setembro, com os 30% restantes apostando em mais uma manutenção. Agora, a probabilidade de uma redução está em mais de 90%, segundo a ferramenta Fed Watch.

Para os mercados de renda variável e de câmbio, cortes nos juros do Fed são uma boa notícia, já que normalmente vêm acompanhados de uma injeção de recursos de investidores egressos da renda fixa norte-americana. Quando os juros por lá caem, os rendimentos dos títulos ligados ao Tesouro dos Estados Unidos também caem, levando os operadores à diversificação de investimentos.

Segundo Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, o discurso trouxe um novo grau de otimismo para esses mercados.

“Apesar de reconhecer que o ambiente macro continua desafiador, especialmente com as mudanças em imigração e políticas comerciais afetando oferta e demanda com efeitos difíceis de antecipar, o presidente do Fed afirmou que a política monetária está restritiva e sinalizou a proximidade de ajustes, o que resultou em uma resposta imediata dos ativos”, afirma.

“Os índices de ações passaram a apresentar alta firme ao considerar o discurso ‘dovish’, ou seja, indicativo de uma política monetária mais estimulativa, que melhora as perspectivas para ações e outros ativos de risco”.

O otimismo também bateu em Wall Street, onde os principais índices fecharam em alta de mais de 1%. O Dow Jones subiu 1,89%, enquanto S&P 500 avançou 1,37% e o Nasdaq Composite, 1,87%.

Para o Brasil, a perspectiva de cortes de juros pelo Fed ainda tende a favorecer o real devido à percepção de que, com a taxa Selic em patamar alto por tempo prolongado, o diferencial de juros entre Brasil e EUA permanecerá favorável para o lado brasileiro.

Por outro lado, a cena doméstica tem exercido pressão sobre o câmbio. Na segunda-feira, o ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros só têm validade no país se confirmadas pelo Supremo.

A decisão foi dada em ação sobre o rompimento da barragem de Mariana (MG) e não diz respeito diretamente à disputa entre Brasil e Estados Unidos. Na prática, porém, indica que o ministro Alexandre de Moraes, colega de corte de Dino, não pode sofrer as consequências da imposição da Lei Magnitsky, da qual foi alvo em julho pelo governo Donald Trump.

Como sinalizou o magistrado, instituições financeiras do país podem ser penalizadas se aplicarem sanções contra Alexandre de Moraes.

Relator do julgamento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado, Moraes está na mira do governo Trump desde o mês passado. O magistrado é acusado de determinar prisões de forma arbitrária e suprimir a liberdade de expressão.

Tamara Nassif/Folhapress



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BB identifica ação nas redes de bolsonaristas contra o banco e é pressionado a recorrer à PF



Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros 22 de agosto de 2025 | 19:16

BB identifica ação nas redes de bolsonaristas contra o banco e é pressionado a recorrer à PF

O Banco do Brasil identificou uma ação de bolsonaristas nas redes sociais contra a instituição, e a presidente Tarciana Medeiros passou a ser pressionada, por integrantes do Judiciário e por bancos, a tomar providências e acionar a Polícia Federal.

Em ofício enviado à AGU (Advocacia-Geral da União) sobre o caso, o BB ressaltou que o movimento de desinformação mira comprometer o Estado de direito e a segurança jurídica.

A movimentação envolve uma onda de boatos para influenciar clientes do banco a sacar o dinheiro depositado na instituição, o que pode configurar crime contra o sistema financeiro, de acordo com técnicos do BC (Banco Central) ouvidos pela reportagem.

Em nota, o BB informou que “acompanha o surgimento de publicações inverídicas e maliciosas que disseminam desinformação em redes sociais, com o objetivo de gerar pânico, e que vai tomar as providências legais cabíveis para proteger sua reputação, seus clientes e seus funcionários”.

O advogado Jeffrey Chiquini, numa fala para um canal bolsonarista no Youtube, recomenda abertamente que as pessoas tirem imediatamente o dinheiro do banco.

“Quer um conselho? Quem tem conta no Banco do Brasil, cancele, tire dinheiro imediatamente”, diz o advogado, que é defensor de Felipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro na Presidência da República.

Chiquini diz que o BB, um banco com controle estatal, acabará sendo punido pelos Estados Unidos por desrespeitar a Lei Magnitsky e atender o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino —que, nesta semana, explicitou em despacho que leis de outros países não têm validade no Brasil.

“O Banco do Brasil é 51% estatal, o Banco do Brasil vai cumprir a decisão do Flávio Dino e o Banco do Brasil vai ser sancionado pela Lei Magnitsky e vai ser desligado do sistema Swift global. Tirem imediatamente seu dinheiro do Banco do Brasil porque ele será sancionado, isso é uma certeza”, disse ele no canal.

Com sede administrativa na Bélgica, o Swift (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais) é um sistema de mensagens bancárias internacionais que permite a troca segura de informações e instruções de pagamento entre instituições financeiras de todo o mundo.

A Lei Magnitsky dos Estados Unidos foi aplicada contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A norma impõe sanções financeiras, como congelamento de bens e proibição de negócios com cidadãos e empresas americanas, a estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos. O cartão de crédito internacional de Moraes foi bloqueado.

Procurado, o advogado disse que a sua fala está longe de configurar ilícito penal. “É apenas uma constatação da realidade da legislação americana, que tem sido amplamente divulgada por juristas de todo o mundo”, afirmou

Chiquini disse que apenas respondeu a um “questionamento objetivo sobre uma possibilidade jurídica, caso as informações divulgadas pela imprensa tradicional sobre a postura do Banco do Brasil em relação às sanções da legislação estrangeira fossem confirmadas e não cumpridas”.

E concluiu: “A minha afirmação sobre ‘tirar dinheiro’ foi a respeito de retirar investimentos em ações, pois, em razão da insegurança jurídica, o investimento se tornaria imprevisível. Antecipei acertadamente o movimento do mercado que, inclusive, anunciou que as ações brasileiras despencaram em R$ 42 bilhões após os anúncios da imprensa. Um conselho de investimento em ações é legítimo —e todo investidor o faz”.

Divulgar informação falsa ou prejudicialmente incompleta sobre instituição financeira é crime previsto na lei 7.492, que define os crimes contra o sistema financeiro nacional. A pena é de dois a seis anos de prisão e multa.

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) é outro que incitou a população a retirar dinheiro dos bancos nas redes sociais. “Tirem seu dinheiro dos bancos. Moraes vai quebrar o Brasil”, escreveu em uma rede social. Procurado pela reportagem, o deputado enviou em resposta uma receita de bolo “que rende 12 porções”.

O BB informou que atua em plena conformidade à legislação brasileira, às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro.

“Com mais de 80 anos de atuação no exterior, a instituição acumula sólida experiência em relações internacionais e está preparada para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais”, diz em nota enviada à reportagem.

“Declarações enganosas ou inverídicas que tenham como objetivo prejudicar a imagem do Banco do Brasil não serão toleradas. O banco tomará todas as medidas legais cabíveis para proteger sua reputação, seus clientes e seus funcionários.”

A reportagem procurou a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e o BC, mas não obteve resposta.

Adriana Fernandes/Cézar Feitoza/Folhapress



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Zema afirma que Cemig pode ir a leilão e dinheiro usado para pagar dívida de MG com a União



Foto: Dirceu Aurélio/Governo MG/Arquivo
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) 22 de agosto de 2025 | 19:30

Zema afirma que Cemig pode ir a leilão e dinheiro usado para pagar dívida de MG com a União

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta sexta-feira (22) a um grupo de jornalistas durante evento no Rio de Janeiro que, caso o governo não tenha interesse em federalizar a Cemig, a companhia de energia mineira poderá ser leiloada e, com o dinheiro, o governo estadual pagar parte da dívida bilionária que tem com a União.

Essa é uma tese que já vinha sendo defendida por integrantes do governo de Zema. Porém, para que o leilão de privatização da empresa aconteça, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais precisa revogar legislação do estado para permitir a venda das ações da Cemig para o mercado.

A dívida de Minas com a União está em R$ 165 bilhões. O estado tem 51% do capital social da empresa, cujo valor de mercado hoje está em R$ 35 bilhões.

Mas a avaliação dos ativos da empresa para uma precificação de venda de ações da companhia será feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que possui 11,14% de participação na Cemig.

Segundo Zema, a federalização pode não ser interessante para Lula —especialmente agora que a equipe econômica briga por espaço no Orçamento para cumprir suas metas fiscais. O governo federal pode ter que desembolsar ao menos R$ 16,25 bilhões extras caso opte por essa saída.

Isso porque um mecanismo conhecido como tag along obrigaria a União a fazer ofertas para acionistas minoritários por 80% do valor pago para cada ação ordinária ao governo mineiro.

“[Isso] poderia fazer com que o governo federal tivesse uma despesa gigante após a transferência das ações”, disse o governador durante evento do Lide, grupo empresarial do ex-governador João Doria. Por isso, Zema já considera o leilão de privatização, tanto da Cemig quanto da Copasa, estatal de saneamento na qual, segundo ele, o governo Lula não tem interesse.

“Nós estamos levando ambos os processos [Cemig e Copasa] adiante. Se o governo não tiver interesse nas ações, as empresas seriam leiloadas e o valor utilizado 100% para quitação de dívida”, afirmou.

Stéfanie Rigamonti/Yuri Eiras/Folhapress



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