
O Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação da Bahia (CEEINFOR) Mãe Stella recebeu, nesta quinta-feira (27), a culminância dos Projetos Artísticos e Culturais das unidades de ensino do Núcleo Territorial de Educação de Salvador e Região Metropolitana (NTE 26). Entre as 244 escolas da rede estadual que integram o núcleo, 29 foram classificadas para apresentar produções em poesia, dança, teatro, artes visuais, canto e música. A programação reuniu estudantes dos 13 municípios atendidos pelo NTE, em uma tarde dedicada à criatividade e à expressão estudantil.
A diretora do NTE 26, Fátima Costa, ressaltou que a mostra marca o resultado do trabalho realizado durante todo o ano letivo e evidencia a força da arte na formação cidadã. “A diversidade de linguagens ampliou repertórios, promoveu integração e fortaleceu o protagonismo juvenil”, afirmou. Para a gestora, o evento reafirma o compromisso da rede estadual em valorizar talentos e estimular experiências educacionais transformadoras.
“Foi emocionante ver a generosidade de cada um transformando a escola pública no espaço que desejamos: vivo, artístico e cheio de valores. Hoje ficou claro que educação não é gasto, é investimento no futuro da Bahia e do Brasil. Construímos um país melhor quando fortalecemos a arte, a cultura, o conhecimento e a dedicação coletiva”, afirmou.
Protagonismo estudantil
A programação apresentou produções dos projetos estruturantes Tempos de Arte Literária (TAL), Festival Estudantil de Teatro (FESTE), Festival Anual da Canção Estudantil (FACE), Encontro de Corais Estudantis (ENCANTE), Dança Estudantil (DANCE), Educação Patrimonial e Artística (EPA) e Produção de Vídeos Estudantis (PROVE). O diretor do CEEINFOR Mãe Stella, Caetano do Sacramento, destacou que a iniciativa amplia vivências e reforça o papel da escola como espaço de criação. “A participação dos estudantes mostra que a educação vai além da sala de aula e fortalece a aprendizagem”, afirmou.
Entre os trabalhos apresentados, estudantes do Colégio Estadual Leda Jesuíno dos Santos, do Engenho Velho de Brotas, expuseram uma pesquisa sobre a história dos Orixás, desenvolvida no âmbito da Educação Patrimonial e Artística (EPA). “O projeto incentiva o respeito às crenças e utiliza materiais reciclados na criação de um livro dedicado ao tema”, explicou a estudante Thayla Saraiva, 15 anos. Ela destacou que o trabalho ampliou conhecimentos sobre cultura afro-brasileira e reforçou a importância do combate à intolerância religiosa.
A mostra também reuniu criações literárias, como a poesia “Herança Estéril”, da estudante Tassiane Sacramento Gonçalves da Silva, 17 anos, do Colégio Estadual 7 de Setembro, em Paripe. “A obra reflete preocupações ambientais inspiradas pelos debates da COP30 e propõe reflexão sobre o legado às futuras gerações”, afirmou. A estudante destacou que descobriu sua vocação para a escrita por meio dos projetos artístico-culturais, que considera fundamentais para fortalecer identidades e trajetórias estudantis.
Fonte: Ascom/SEC







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