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Reportagem: Nilson Marinho/Secom PMS
Os filhos dos ambulantes que trabalharam durante o Carnaval de Salvador 2025 contaram com um local seguro para permanecer enquanto os pais estavam nos circuitos da folia, abastecendo os foliões. Na quarta-feira de Cinzas (7), antes de voltarem para casa, as crianças receberam um kit da Prefeitura de Salvador. Foram entregues cerca de 600 mochilas com materiais didáticos para auxiliar nos estudos.
Além disso, a garotada também ganhou uma bolsa do Programa Direito e Cidadania, contendo livros lúdicos e educativos. A ação foi realizada em parceria entre as secretarias da Educação (Smed) e de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).
De acordo com a titular da SPMJ, Fernanda Lôrdelo, o programa Salvador Acolhe tem um papel essencial no Carnaval, especialmente para os trabalhadores que estão em situação de vulnerabilidade social. A principal preocupação é garantir que os vendedores tenham a tranquilidade de saber que os filhos estarão seguros e bem cuidados durante a festa.
“Eles contaram com um espaço lúdico-pedagógico, além do acompanhamento de equipes médicas, psicossociais e odontológicas, recebendo toda a atenção das políticas públicas voltadas para eles. Não podemos permitir que crianças fiquem expostas ao sol ou a situações de conflito, tornando-se ainda mais vulneráveis. Por isso, é essencial garantir a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente, e esse espaço proporciona exatamente isso”, destacou a secretária.
Adesão – A iniciativa proporciona tanta segurança para os pais e mães trabalhadores que o número de crianças e adolescentes acolhidos vem crescendo todos os anos. Para se ter uma ideia da adesão ao Salvador Acolhe, neste ano, o número aumentou 16,81% em relação a 2024 e 49,59% comparado a 2023. Ao todo, 549 crianças e adolescentes de até 17 anos ficaram nos cinco centros disponíveis ao longo dos seis dias oficiais da folia soteropolitana.
As estruturas do Salvador Acolhe funcionaram em escolas municipais próximas aos circuitos. Na Barra/Ondina, por exemplo, foram três centros disponíveis: Casa da Amizade (Jardim Apipema), Oswaldo Cruz (Rio Vermelho) e Santa Terezinha (Chame-Chame). Já no Circuito Batatinha (Pelourinho), a Escola João Lino, e no Circuito Osmar (Centro), a Escola Hildete Lomanto (Garcia) ficaram responsáveis por abrigar os filhos dos ambulantes.