Simulados preparam internos da Colônia Penal de Simões Filho para prova do ENCCEJA

Simulados preparam internos da Colônia Penal de Simões Filho para prova do ENCCEJA
Simulados preparam internos da Colônia Penal de Simões Filho para prova do ENCCEJA
Foto ilustrativa: Valuza Saraiva

Com o objetivo de preparar os internos do anexo do Colégio Estadual Doutor Berlindo Mamede de Oliveira, localizado na Colônia Penal Pitanga de Palmares, em Simões Filho, para a prova do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA), a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e a Superintendência de Gestão Prisional, realizará a aplicação de simulados entre os dias 4 e 17 de setembro. Destinada a pessoas que estão privadas de liberdade, a prova do ENCCEJA acontecerá nos dias 23 e 24 deste mês, oferecendo aos estudantes a oportunidade de obter a certificação dos ensinos Fundamental ou Médio.

Os simulados envolverão pouco mais de 100 inscritos e serão conduzidos pelos professores da própria Colônia Penal, que acompanham os internos ao longo do ano letivo. As atividades simulam o mesmo tempo e formato da prova oficial, permitindo que os estudantes se familiarizem com o processo.

Durante os simulados, os alunos responderão questões de cada componente curricular, incluindo Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências Naturais, e produzirão textos próprios com temas como adultização; meio ambiente e clima; e concentração de renda em relação ao capital, além de produções poéticas, como poemas livres e cordéis. As atividades visam fortalecer habilidades de leitura e escrita em diferentes níveis.

A coordenadora pedagógica da escola,  Valuza Saraiva, ressaltou a importância dos simulados para a preparação dos estudantes. “Acreditamos que simular as provas dá melhor entendimento dos tempos, das suas capacidades de domínio dos conteúdos e das possibilidades de entender em que precisam melhorar para obter bons resultados”.

A correção dos simulados ocorrerá em aulões realizados com os internos e professores, permitindo discussões aprofundadas e exploração de possíveis temas que podem aparecer no ENCCEJA.

O professor Humberto Torres, um dos idealizadores do simulado, explica como o treinamento ajuda no desempenho dos estudantes. “O trabalho tem dado resultados muito positivos. Muitos internos conseguiram até 135 dias de remissão da pena e estão cada vez mais motivados a estudar. Esse avanço só é possível graças ao empenho dos educandos, professores, coordenação e ao apoio da SEC e da Seap”.

A Secretaria da Educação considera que, com esta ação, reafirma seu compromisso com a educação no sistema prisional, investindo em ações que promovam a formação acadêmica e a ressocialização dos internos, construindo cada vez mais boas notícias na educação.