Fapesb oferece bolsas para professores coordenadores de Clubes de Ciências

Fapesb oferece bolsas para professores coordenadores de Clubes de Ciências
Fapesb oferece bolsas para professores coordenadores de Clubes de Ciências
Fotos: Gabriel Pinheiro- Ascom/Secti

Iniciativa investirá R$ 8 milhões em até 400 projetos voltados à educação científica em escolas estaduais

Estão abertas as inscrições para o Edital de Concessão de Bolsas a Coordenadores de Clubes de Ciências, no âmbito do programa Bahia Faz Ciência na Escola. A iniciativa vai contemplar até 400 professores da rede pública estadual, responsáveis pela coordenação de Clubes de Ciências em suas unidades escolares. O edital é promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), em parceria com a Secretaria da Educação (SEC) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). As inscrições vão até o dia 10 de julho e devem ser realizadas por meio do site da Fapesb.  

O objetivo da ação é incentivar a popularização da ciência e o fortalecimento da educação científica entre os estudantes da educação básica, por meio da criação e desenvolvimento de Clubes de Ciências nas escolas dos 27 Territórios de Identidade da Bahia. Cada projeto selecionado receberá uma bolsa na modalidade Professor Pesquisador, com duração de 24 meses.

Para a secretária da Educação do Estado, Rowenna Brito, o edital é uma instância de incentivo. “A gente não está falando da bolsa só pelo valor financeiro, a gente está falando pelo valor simbólico, você aguçar que o professor se envolva com os estudantes no processo de troca, porque o professor aprende muito, o estudante, ele curioso, ele vai produzir mais ciência através dos clubes e isso vai dialogar com os projetos das escolas e permitir que as escolas desenvolvam a sua função social, que é produzir também o conhecimento científico”, destacou.

A ação prevê um investimento total de R$ 8 milhões, com prioridade para a participação de professoras, que devem ocupar pelo menos 70% das bolsas ofertadas. As propostas devem ter como finalidade a implantação e implementação dos Clubes de Ciências, que visam promover o protagonismo estudantil e aproximar os alunos do pensamento científico, contribuindo para sua formação integral.

De acordo com Handerson Leite, diretor-geral da Fapesb, a proposta do edital é oferecer condições para que as escolas desenvolvam um ambiente fértil, capaz de estimular a curiosidade e o pensamento crítico dos estudantes. “A ideia é que, no futuro, os estudantes possam trilhar caminhos mais sólidos na educação e na ciência. Esse edital traz uma possibilidade concreta de aproximar a ciência do cotidiano escolar — e o professor tem um papel central nesse processo, atuando como mediador e incentivador desse despertar científico”.

Serão contempladas até 400 propostas, e a distribuição das vagas será dividida entre diferentes modalidades de ensino: 160 bolsas serão destinadas a escolas de tempo integral, 120 para unidades com oferta de educação profissional e tecnológica, e outras 120 para escolas que oferecem o ensino fundamental (segundo ciclo) e/ou o ensino médio em tempo parcial. Todos os detalhes do edital estão disponíveis no site da Fapesb.

Trilha da Inovação

Dentro dos Clubes, será implementada a Trilha da Inovação, uma adaptação para os colégios de uma metodologia já aplicada no Parque Tecnológico da Bahia. A trilha, que será executada pela Secti e contará com parcerias como o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), SEBRAE, SESI e outras instituições, conduzirá os estudantes por quatro etapas do processo de inovação: cultura de patente, incubação, aceleração e valorização das patentes ou investimentos através do INOVATEC. A proposta é que os Clubes de Ciência atuem com foco no potencial de seus respectivos territórios, dialogando diretamente com o setor produtivo.

“O primeiro passo é ensinar o jovem a patentear sua ideia. Em segundo lugar, é incubar essa ideia e dar mentorias, sobre, por exemplo, como montar uma empresa, com noções jurídicas, financeiras e contábeis básicas, para que esse aluno possa desenvolver o plano de negócios dele. Em seguida tem a aceleração do projeto, que já é uma mentoria um pouco mais aprofundada, contando com a experiência de um profissional atuante no setor produtivo predominante no território, porque essa política é interiorizada. E, por último, ele pode escolher entre empreender, desenvolver o produto ou  vender a sua patente”, explica André Joazeiro.