Inema apresenta modelo de governança hídrica no Fórum Brasil das Águas

Inema apresenta modelo de governança hídrica no Fórum Brasil das Águas
Inema apresenta modelo de governança hídrica no Fórum Brasil das Águas
Foto: Ascom/Sema

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) participou, na quarta-feira (7), em João Pessoa–PB, do 2º Fórum Brasil das Águas, apresentando a experiência do estado na gestão da água como direito fundamental e base para o desenvolvimento sustentável. A participação aconteceu durante o painel “Água e Desenvolvimento na Visão Geracional”, que propôs uma reflexão sobre como diferentes gerações podem colaborar na gestão eficaz dos recursos hídricos.

Durante a apresentação, a coordenadora de Gestão Descentralizada e Interação Social do Inema, Rita Braga, destacou os desafios intergeracionais na governança hídrica, defendendo a importância de integrar o conhecimento das gerações mais velhas com o protagonismo da juventude e o compromisso técnico da geração atual. A participação ativa dos jovens, especialmente em espaços como os Comitês de Bacia e Conselhos de Recursos Hídricos, foi citada como ponto essencial para a continuidade de políticas públicas eficazes.

Rita explicou que a geração atual enfrenta o desafio de implementar de forma eficaz os instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, como o enquadramento dos corpos d’água, a outorga e a cobrança pelo uso da água. Já as gerações mais antigas, segundo ela, possuem um conhecimento tradicional essencial para a gestão hídrica e devem participar ativamente do processo, enriquecendo as políticas públicas com sua experiência.

A coordenadora ressaltou ainda que a integração de saberes e a colaboração entre gerações são fundamentais para criar um modelo de governança hídrica mais inclusivo e sustentável. Segundo ela, a Bahia tem adotado um modelo de gestão que prioriza o diálogo com os territórios e a escuta qualificada das comunidades — incluindo ribeirinhas, quilombolas, indígenas e agricultores familiares — diretamente impactadas pelas políticas de água.

Como encaminhamento do painel, propôs-se aperfeiçoar a mobilização para composição dos Comitês de Bacia, com orientação às instituições indicadoras para priorizar a inclusão de jovens, mulheres e representantes de povos e comunidades tradicionais. A proposta, destacada por Rita Braga, visa fortalecer a representatividade nos espaços de decisão e garantir que os grupos mais impactados pelas políticas de recursos hídricos também participem ativamente da sua construção.

O 2º Fórum Brasil das Águas, promovido pela Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas (REBOB) com apoio do Governo da Paraíba, reuniu representantes do poder público, pesquisadores e organizações da sociedade civil para debater os rumos da política hídrica no país.