“PcD na rua!” Esse foi o grito ecoado pelas pessoas com deficiência que participaram neste sábado (29), da ‘2ª Parada do Orgulho PcD’. O ato reuniu, no Campo Grande, em Salvador, representantes do segmento, do poder público e da sociedade civil, para sensibilizar a população sobre a importância da inclusão e de combater o capacitismo. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) apoiou o evento, que contou com uma programação divertida e diversificada, com apresentações artísticas, sessão de massagem feita por deficientes visuais, e feira de artesanato promovida por mães atípicas.
Representando a SJDH, o superintendente dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcelo Zig, participou do ato e defendeu a importância do reforço permanente a ações voltadas à promoção de direitos das pessoas com deficiência. Integrante da comissão organizadora da atividade, através do Quilombo PcD, Zig se emocionou ao relatar sua própria trajetória na luta por acessibilidade e inclusão do segmento.
"Estamos falando sobre orgulho, pertencimento e participação social. Que as pessoas com deficiência ocupem os espaços e sejam protagonistas da sua própria história", afirmou o superintendente. O relato antecedeu as performances artísticas de Manu Ribeiro, Matheus Malta, o forró da banda Xameguinho Bom, e o recital de poesia de Daisy Souza, do Coletivo Rua Sinalizada, que abrilhantaram a ação, carregadas de muito talento e alegria.
Salvador foi a primeira cidade do país a realizar a Parada do Orgulho PcD, em 2023. A manifestação política e cultural traz para as ruas a luta pela acessibilidade, mostrando para a sociedade que todos têm direitos e que as pessoas com deficiência podem ocupar todos os espaços que quiserem.
A vice-presidente da Parada do Orgulho PcD, Maili Santos, destacou que o ato visa trazer visibilidade para a agenda das pessoas com deficiência. "Esse é o momento de mostrar que temos orgulho de sermos pessoas com deficiência e que não somos apenas um CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde). Temos competência e somos capazes de lutar pelos nossos direitos. Essa parada vem muito para esse reconhecimento”, afirmou Maili, destacando que 98% dos organizadores da Parada são pessoas com deficiência.
A Parada do Orgulho PcD contou também com apoio do Coletivo Quilombo PCD; do Vozes Gagas; Criatípica; da Plataforma Beplay; e da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate a Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).
Fonte: Ascom/SJDH